UE quer usar big data para acelerar eficiência energética dos edifícios

  • Capital Verde
  • 28 Maio 2021

A UE lançou um novo projeto chamado Matrycs para acelerar a transição energética nos edifícios europeus. A iniciativa tem uma verba de 4,5 milhões de euros e em Portugal é coordenada pela Coopérnico.

Chama-se Matrycs e é o novo projeto da União Europeia que tem como missão digitalizar os serviços de energia e melhorar a eficiência energética dos edifícios no continente que ambiciona ser neutro em carbono até 2050. A iniciativa tem uma verba de 4,5 milhões de euros, financiada pelo programa Horizonte 2020, para testar ferramentas inovadoras em 11 projetos-piloto de diferentes países da Europa.

Tendo em conta que os edifícios representam quase 40% do consumo de energia da UE, o projeto Matrycs é 100% vocacionado para o setor da construção, que deve desempenhar um papel fundamental para a eficácia da política climática.

A meta desta iniciativa europeia é conseguir analisar, até 2023, mais de 350 terabytes de dados provenientes de mais de 60 fontes diferentes, com o objetivo de facilitar a descarbonização de toda a cadeia de valor dos edifícios, bem como de cidadãos, PME e governos locais.

A Portugal, o Matrycs chegou pela mão da Coopérnico – Cooperativa portuguesa de energias renováveis. O projeto envolve parceiros e projetos-piloto de larga escala em outros nove países europeus – Itália, Espanha, Grécia, Alemanha, Eslovénia, Polónia, Letónia, Bélgica e República Checa.

Por cá a Coopérnico ambiciona lançar um projeto-piloto no final de 2021, que irá envolver 850 cidadãos no desenvolvimento de soluções focadas em facilitar a instalação de novos sistemas de produção fotovoltaica, reduzir os consumo elétricos e encontrar sinergias entre membros de comunidades locais.

“As entidades e pessoas envolvidas vão partilhar dados de consumo elétricos com os parceiros do projeto, que irão transformá-los em informações e dicas para reduzir os consumos dos prédios. A análise dos dados será feita através das ferramentas do projeto que serão desenvolvidas e melhoradas no decorrer do projeto.” esclarece Ana Rita Antunes, coordenadora executiva da Coopérnico, em comunicado.

Além de ser responsável pelos processos de recolha e disponibilização de dados para os parceiros tecnológicos do projeto, a Coopérnico irá acompanhar o desenvolvimento de novos serviços desde a definição das necessidades até o envolvimento dos utilizadores finais.

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