BPI revê em baixa PIB de 2021 para 3,7%. Cresce 4,7% em 2022

Os economistas do banco reviram em baixa o crescimento deste ano, mas antecipam agora um crescimento mais forte em 2022. O segundo trimestre será de forte expansão.

O primeiro trimestre foi pior do que o antecipado pelos economistas do BPI/CaixaBank e, por isso, decidiram rever em baixa o crescimento do PIB em 2021 para 3,7%, alinhando-se com as previsões de outras instituições. Porém, reviram em alta o crescimento de 2022 para 4,7%, de acordo com o “Pulso Económico” publicado esta segunda-feira.

“Confirma-se que o PIB contraiu 3,3% em cadeia e 5,4% homólogo, mas o investimento teve um comportamento surpreendentemente positivo”, escreve o banco, assinalando que a “informação disponível para o segundo trimestre de 2021 sugere que a atividade registará um movimento de recuperação significativo“. Com base no indicador do Banco de Portugal, o BPI estima que haja um crescimento em cadeia a “rondar os 5%” entre abril e junho.

Assim, “embora as perspetivas para os próximos trimestres sejam positivas, o pior resultado do primeiro trimestre levou-nos a rever em baixa o crescimento em 2021 para 3,7%, -1,2 pontos percentuais do que anteriormente“. Anteriormente, a previsão de crescimento de 4,9% em 2021 era uma das mais otimistas.

No próximo ano, a economia crescerá ainda mais: 4,7%, o que representa uma subida de 1,6 pontos percentuais face à estimativa anterior. A expectativa do BPI é que o PIB atinja o nível do final de 2019 no final de 2022. “O crescimento acumulado previsto em 2020-22 é agora de 0,3% (-0,1% anteriormente)”, calcula. O Governo prevê um crescimento acumulado de 0,9%.

ISEG vê PIB a crescer até 5,1% em cadeia no segundo trimestre

Os economistas do ISEG também atualizaram as suas previsões esta segunda-feira com a divulgação da síntese de conjuntura de maio. Após terem divulgado um intervalo de previsão (de 10% a 15% em termos homólogos) mais alargado, agora mostram-se confiantes na parte superior desse intervalo: o PIB vai crescer entre 14,5% e 15,5% no segundo trimestre em termos homólogos e entre 4,2% a 5,1% em cadeia (face ao trimestre anterior).

Note-se que mesmo com este crescimento ainda ficaremos no segundo trimestre entre 3,4% a 4,3% abaixo do PIB homólogo de 2019“, relembram os economistas do ISEG.

Os economistas escrevem ainda que “devido à melhoria da situação sanitária e ao efeito base, não está em causa um forte crescimento homólogo do PIB no segundo trimestre de 2021, mas sim a que ritmo irá prosseguir a retoma posteriormente, de acordo com a evolução das diferentes componentes da procura, que neste segundo trimestre também são muito marcadas pelo efeito base”. Essa evolução terá repercussões na evolução anual do PIB.

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