Polícia Judiciária já abriu 216 inquéritos por suspeitas de irregularidades no processo de vacinação
A Polícia Judiciária já abriu 216 inquéritos crime por suspeitas de desvios ou fraudes relacionadas com o processo de vacinação contra a Covid-19.
A Polícia Judiciária já abriu 216 inquéritos crime por suspeitas de desvios ou fraudes relacionadas com o processo de vacinação contra a Covid-19, informou esta sexta-feira o organismo, em comunicado.
“Na sequência das notícias vindas a público e persistindo factos que levantam suspeitas da continuação de eventuais desvios ou fraudes no processo de vacinação contra a Covid 19, comunica-se que foram, até ao momento, iniciados 216 inquéritos crime, de norte a sul do país, incluindo regiões autónomas, sobre esta matéria” aponta a Polícia Judiciária, em comunicado.
Além disso, a PJ aponta ainda que deste total de 216 inquéritos, “há cerca de trinta” cujas investigações desenvolvidas já foram “concluídas e assim remetidas aos respetivos titulares”.
Ao mesmo tempo, na sequência destas investigações foram constituídos arguidos mais de 50 pessoas, “estando em causa indícios da prática dos crimes”, que envolvem “recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, peculato, apropriação ilegítima ou abuso de confiança“, detalha a PJ. Estas investigações “prosseguem, sob a tutela do Ministério Público, coadjuvado pela Polícia Judiciária”, conclui o organismo.
Por fim, a entidade explica ainda que o facto de existir uma natureza protegida de alguns dados, “a coberto do sigilo médico ou da proteção de dados”, requer o recurso a medidas processuais para ultrapassar tais constrangimentos, tendo impacto da velocidade dos processos em curso.
Esta sexta-feira, a task force confirmou que avançou com uma queixa à Polícia Judiciária e à Inspeção-Geral da Saúde da região Norte por suspeitas de vacinação indevida no Centro de Vacinação do Cerco, no Porto. Entretanto, este caso já levou à suspensão da diretora do agrupamento de centros de saúde do Porto Oriental.
(Noticia atualizada às 16h19)
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