Regulador europeu considera “vital” ter vacinação completa para adequada proteção contra variante Delta

O regulador europeu avisa que é "vital" completar o esquema vacinal contra a Covid-19 para assegurar uma proteção adequada contra a variante Delta, como mostram os estudos preliminares . 

A Agência Europeia do Medicamento (EMA na sigla em inglês) insistiu esta quarta-feira que os estudos preliminares indicam que é “vital” completar o esquema vacinal contra a Covid-19, isto é, tomar as duas doses do fármaco (no esquema vacinal mais comum) para assegurar uma proteção adequada contra a variante Delta.

Em comunicado, o regulador europeu relembra que a variante Delta (associada à Índia) ” é uma variante de preocupação” e que está a ganhar tração na Europa, pelo que “pode prejudicar seriamente os esforços para conter a pandemia”.

Nesse sentido, a entidade liderada por Emer Cooke considera ser “essencial” que os países “acelerem” os processos de vacinação, dado que se estima que esta estirpe seja entre 40% a 60% mais transmissível que a variante Alpha (associada ao Reino Unido) e que possa “estar associada a um maior risco de hospitalização”. Além disso, a EMA alerta que as estimativas do Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC) apontam para que a prevalência da variante Delta represente “90% dos casos de infeção na União Europeia” já em agosto.

Perante este cenário, o regulador europeu apela a que os cidadãos completem o esquema vacinal contra a Covid-19, por forma a desenvolverem uma “proteção adequada” contra esta estirpe. “A adesão ao esquema de vacinação recomendado, de acordo com as informações do produto, é vital para se beneficiar do mais alto nível de proteção contra o vírus”, sinaliza o regulador, na nota de imprensa.

Nesse contexto, a EMA destaca que os estudos preliminares sugerem que “a toma das duas doses das vacinas da Comirnaty [nome comercial da vacina da Pfizer/BioNTech], Spikevax [Moderna] ou da Vaxzevria [AstraZeneca] são vitais para fornecer uma proteção adequada contra a variante Delta”.

Combinação de vacinas diferentes? EMA ainda não tem posição definitiva

Depois de a cientista chefe da Organização Mundial de Saúde ter vindo desaconselhar a mistura e combinação de vacinas de diferentes fabricantes e após vários países estarem a fazê-lo, — incluindo Portugal com a vacina da AstraZeneca em combinação com a vacina da Moderna e Pfizer e cujos estudos demonstram que era seguro –, tanto a EMA como o ECDC sublinham que há “bons fundamentos científicos para esperar que esta estratégia seja segura e eficaz”, tal como sucedeu anteriormente com outras vacinas.

Não obstante, as duas entidades admitem que “não estão em posição de fazer quaisquer recomendações definitivas” sobre a combinação de vacinas de diferentes marcas contra a Covid-19.

Quanto à necessidade de uma eventual dose de reforço, o regulador reitera que “prematuro” dizer com exata certeza se será necessário, uma vez que ainda não passou tempo suficiente para determinar com exatidão a duração da proteção das vacinas.

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