Popeyes quer abrir 40 restaurantes em Portugal e criar 1.000 empregos
RBI Iberia vai apostar num conceito de restaurante tipo chalet com serviços de entrega e takeaway. Marca norte-americana chega a Portugal depois da entrada há dois anos em Espanha.
A RBI Iberia está a preparar a entrada da Popeyes em Portugal. Em cinco anos, a partir de 2022, querem abrir mais de 40 restaurantes da cadeia especializada em frango, criar até mil novos empregos, num investimento superior a 50 milhões de euros. Depois de entrar há dois anos com a marca em Espanha, a RBI Iberia faz agora uma “aposta estratégica” no mercado nacional.
“Portugal é um mercado estratégico para nós e por isso temos um ambicioso plano de crescimento com restaurantes próprios e franchisados. Para o levar a cabo, queremos encontrar parceiros locais com os quais possamos fazer crescer e desenvolver a marca no país”, adianta Maria Jimenez, diretora de franchisados RBI, ao ECO.
Em Espanha nem a pandemia impediu a expansão da marca norte-americana de restauração especializada em frango. “A aceitação em Espanha tem sido muito boa. Um exemplo deste sucesso é que o nosso objetivo era fechar o ano com cerca de 30 restaurantes e afinal prevemos fechar o ano com cerca de 50. O nosso objetivo é tornarmo-nos a primeira opção quando se trata de consumir frango”, adianta Maria Jimenez.
Apesar da crise sanitária – que impôs fortes limitações à restauração – a operação da RBI Ibérica, que é master franchiser, entre outras marcas do Burger King, conseguiu resistir. “O setor da restauração tem sido um dos mais afetados pela pandemia, mas os nossos resultados não caíram tanto quanto a média do setor e isso deve-se ao reconhecimento sustentado nos últimos anos e ao desenvolvimento de canais alternativos para os restaurantes como o auto e delivery”, garante a diretora de franchisados. “Em Portugal não fechámos nenhum restaurante. Em 2020, abrimos cerca de 20 restaurantes e em 2021 planeamos abrir 30 restaurantes e criar 1.000 empregos.”
Restaurantes chalé sustentáveis
“A pandemia veio reforçar a decisão que já tomámos há alguns anos de apostar no modelo free standing (um modelo tipo chalé) que nos permite integrar canais de venda como o auto ou delivery, tão procurados agora porque requerem menos contacto. Essa será a estratégia que também seguiremos com Popeyes”, revela a responsável.
Maria Jimenez não adianta localizações para os futuros Popeyes, mas a aposta é aproximar a marca “de todos os portugueses, desde os centros urbanos às zonas mais periféricas” através de restaurantes em modelo free standing, permitindo incorporar os serviços de takeaway de carro.
Mas não só. “Os restaurantes contarão ainda com serviço de take away no balcão, sistema de pedido automático e entrega ao domicílio, este último através de plataforma de delivery própria. Desta forma, a Popeyes encarrega-se de entregar todas as encomendas através dos seus próprios estafetas, efetuadas através da app Popeyes Portugal, e através dos diversos agregadores, mantendo o controlo de todo o processo desde a produção até à entrega do produto”, adianta. Opções que dão capacidade aos espaços de – a manterem-se as mesmas regras de funcionamento do HoReCa – manter a operação em funcionamento mesmo durante fases mais agudas da crise sanitária.
O conceito dos futuros restaurantes Popeyes a nascer no País responde igualmente ao tema da sustentabilidade, hoje no topo da agenda de cadeias e consumidores. “O modelo foi concebido desde o seu design para reduzir o impacto ambiental graças a elementos que favorecem a eficiência energética”, diz. “Temos um plano de autoconsumo de energia que será implementado em todas as aberturas de restaurantes, modelos free standing e outros elementos adicionais para promover a eficiência energética. Temos materiais reciclados nas nossas fachadas, esplanadas, toalhas de mesa e zonas para crianças”, descreve. Mas não só. O abastecimento responsável faz parte dos compromissos de sustentabilidade da companhia.
Responder aos novos consumidores
“O frango é o principal produto da Popeyes e, como tal, independente do preço da matéria-prima, a nossa grande preocupação é oferecer a melhor qualidade. Trabalhamos exclusivamente com fornecedores especializados, certificados e de confiança com os quais colaboramos estreitamente, garantindo uma gestão rentável e eficiente graças ao volume gerado. Para além disso, temos o compromisso de trabalhar com parceiros locais para garantir a mais elevada qualidade de nossa matéria-prima”, diz.
“Todo o nosso frango é fresco e isso obriga-nos a controlar todo o processo e a controlar os preços. A carne de frango é uma tendência evidente em todo o setor de restauração rápida (QSR), não só em especialistas como nós, mas também por exemplo nos hambúrgueres tradicionais”, destaca.
Se a procura de frango é uma tendência na restauração rápida, outra que está a ganhar espaço é a oferta de produtos veggie ou de base vegetal. E na Popeyes como estão a responder? “Estamos constantemente a inovar e a trabalhar com os nossos fornecedores para encontrar alternativas e novos produtos que respondam as necessidades e tendências dos consumidores. Nesse sentido, lançámos o nosso frango grelhado, uma inovação em Espanha que não se encontra disponível noutros países. Faremos o mesmo em Portugal e ouviremos ativamente os consumidores portugueses para adequar a nossa oferta às suas preferências”, diz apenas Maria Jimenez.
No mercado nacional, a cadeia vai concorrer diretamente com a KFC, marca sob gestão da Ibersol, que até ao final do ano passado tinha 35 restaurantes. O que traz de novo face a uma cadeia já implementada e reconhecida pelos consumidores nacionais? “Popeyes é uma marca com mais de 45 anos de história e tradição gastronómica. É conhecida pelas suas receitas exclusivas de frango ao estilo de Nova Orleães e é uma das maiores marcas de restaurantes especializados em frango do mundo. O nosso frango é único por três motivos: pelo sabor, pela grande variedade de opções do menu e por cozinhar frango 100% fresco e nacional, não congelado”, afirma.
“Acreditamos que a marca terá uma receção tão boa em Portugal como em Espanha e que se tornará um caso de sucesso tal como o Burger King. Por isso, o mais importante para nós agora é selecionar os melhores parceiros locais para levar a cabo este processo.”
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