Rio corta em 28% orçamento de eleições que decidem o seu futuro no PSD

Os social-democratas planeiam gastar 9,2 milhões de euros nas autárquicas, o que compara com os 12,8 milhões gastos nas eleições de 2017 em que o PSD teve o seu pior resultado de sempre.

São as eleições que vão decidir o futuro de Rui Rio à frente do PSD, mas não é por isso que o social-democrata pretende gastar mais dinheiro. Pelo contrário: o orçamento dos laranjas para as autárquicas deste ano prevê uma redução de 28% face ao que foi gasto em 2017, ano em que o PSD teve o seu pior resultado autárquico de sempre. Além disso, Rio compromete-se a um “maior rigor na gestão” das despesas da campanha eleitoral.

No que concerne ao orçamento de campanha eleitoral, o PSD apresentou orçamentos das candidaturas por si lideradas que totalizam cerca de 9,2 milhões de euros, um valor 28 % abaixo do montante de despesa das autárquicas de 2017, que se cifrou em 12,8 milhões de euros“, afirma o partido em comunicado, garantindo que “está comprometido num maior rigor na gestão das suas despesas de campanha eleitoral, tendo criado novos procedimentos de controlo prévio da realização de gastos de campanha, com validação pela sede nacional dos documentos contabilísticos”.

Além disso, “foi disponibilizado um sistema informático inédito aos mandatários financeiros locais, que permite o acesso remoto e atualizado a toda a informação contabilística pelos vários agentes intervenientes neste processo, e reforçaram-se as ações de formação descentralizadas aos mandatários financeiros locais”. Esta é a forma que o partido encontrou para antecipar a correção de erros “frequentes” que são identificados posteriormente pela fiscalização da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP).

PSD com 146 coligações e 44,5% de mulheres nas suas listas

No mesmo comunicado sobre as autárquicas deste ano, os social-democratas revelam vão integrar 146 coligações a nível nacional, “um número que surpreende pela dimensão histórica e que evidencia a capacidade do PSD em alargar a sua base de acordos com outros partidos políticos”, argumentam. Em 2017 o partido tinha integrado 78 coligações.

As listas do PSD às autárquicas integram 65.411 candidatos, dos quais 27.605 são candidatos independentes (42,2%). Relativamente ao género, os homens continuam a ter maior representação, mas a diferença é reduzida: 44,56% mulheres e 55,44% homens, de acordo com os laranjas.

“O PSD apresenta, deste modo, listas com um equilíbrio na paridade homens-mulheres acima dos mínimos legais exigidos”, nota o comunicado, referindo-se à representação mínima de 40% de cada um dos sexos definida pela lei da paridade. Em março deste ano, o presidente do PSD lamentou que o partido não consiga ter mais candidaturas autárquicas lideradas por mulheres: “Queremos ter mulheres nas listas, queremos dar destaque às mulheres, no entanto, batemos de frente com a realidade e há muito poucas mulheres disponíveis“, disse.

Em termos etários, a maioria dos candidatos encontra-se na faixa entre os 31 e os 50 anos (46,55%), seguindo-se os que têm mais de 50 anos (32%) e depois os que têm menos de 30 anos (21,4%).

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