Axa triplica lucro para 4 000 milhões no primeiro semestre
400 milhões de euros é o custo provisório resultante da exposição da companhia às recentes cheias na Europa. A subsidiária de (re)seguro para grandes riscos (Axa XL) regressou aos lucros.
O resultado líquido da Axa alcançou 3 996 milhões de euros no final do primeiro semestre (1ºS), crescendo 191% a taxas de câmbio e perímetro constantes, lucros impulsionados pelos resultados operacionais, impacto positivo das condições favoráveis nos mercados financeiros e melhoria nas mais-valias líquidas realizadas.
O grupo consolidou 54 mil milhões de euros em volume de negócios, um aumento de 7% face a igual semestre de 2020, também a câmbios e perímetro constantes. A receita reflete crescimento de 4% nos seguros de acidentes, beneficiando do desempenho em linhas comerciais, nomeadamente através da AXA XL, cujo volume de negócios subiu 7%, até aos 10,5 mil milhões, num semestre que – por conta de reposicionamento de carteira e subida de preços – também inverteu prejuízo operacional (-843 milhões no 1ºS 2020, para lucro de 619 milhões em junho de 2021).
Além de crescer 3% no ramo Saúde, os números da Axa beneficiaram sobretudo da evolução da atividade em Vida, poupança e reforma, com progressão de 12%, para 16,9 mil milhões de euros no final do período.
A distribuição geográfica do volume de negócios do semestre aponta 18,8 mil milhões de euros no conjunto Europa (Suíça; Alemanha; Bélgica, Reino Unido e Irlanda, Espanha; Itália); 14,2 mil milhões de euros gerados em França, unidade que continua maior fonte de receita do grupo; AXA XL (filial global de (re)seguro em linhas comerciais de riscos patrimoniais, responsabilidade civil e specialty) contribuiu com 10,5 mil milhões. Outros 5,57 mil milhões geraram-se na Ásia (incluindo Japão e Hong Kong, esta a incluir o negócio da China continental); a unidade International (EME-Latam, resto da Ásia e África) com 3,2 mil milhões e “entidades transversais,” com contribuição de 1,57 mil milhões de euros para a receita semestral, detalha um comunicado da companhia.
O resultado operacional (que, segundo a entidade, exclui o impacto dos sinistros ligados à Covid-19 no semestre comparável de 2020) cresceu 101%, elevando o lucro operacional a 3,6 mil milhões de euros, sobressaindo o ramo Acidentes (+323%, para 2,2 mil milhões de euros) e Vida, poupança e reformas (1,24 mil milhões, após crescer 6%), a liderarem os ganhos semestrais. O mapa com a proveniência geográfica dos ganhos coloca o par França+Europa (respetivamente com 921 milhões e 1 424 milhões) a gerar cerca de 2 345 milhões de euros, ou 64,3% do lucro operacional alcançado no semestre, indicam os números da seguradora que é #2 da Europa atrás da Allianz.
O rácio de solvabilidade (Solvência II), estimado através de modelo interno da Axa e calibrado com base em choque bicentenário, situou-se em 212%, ou 12 p.p. acima do calculado no final de 2020.
Salientando que o rácio de solvabilidade atesta a solidez da companhia, Thomas Bruberl, diretor geral da AXA, saudou o “excelente desempenho” semestral e “dinâmica comercial,” em particular nas linhas empresariais e no ramo Vida e poupança. Sobre a AXA XL, Bruberl realçou o “bom desempenho” técnico (resultado de subscrição) e assegurou também que a unidade de negócio está no caminho certo para alcançar os 1,2 mil milhões de euros fixados como objetivo de resultado anual em 2021.
Referindo-se ao impacto das inundações que se registaram em julho na Europa (sobretudo Alemanha e Bélgica e outras partes da Europa central e oriental), a companhia francesa deu estimativa provisória, adiantando que a sua exposição aos sinistros associados às cheias representa 400 milhões de euros, antes de impostos e líquido de resseguro.
Empregando mais de 150 mil pessoas e servindo 105 milhões de clientes em 54 países, o grupo reafirma que prossegue o plano estratégico ‘Driving Progress 2023’, centrado na inovação em serviços de saúde e engajamento nas questões climáticas.
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