BRANDS' ECOSEGUROS A Gestão de Risco Empresarial
Empreender é aceitar riscos, no entanto, é necessário ser consciente e não aceitar o intolerável, explica Sebastião Correia Barros, assessor da administração da Amplitude Seguros.
O risco é como um condimento, tanto pode transformar um alimento num prato apetitoso, como o pode tornar amargo ou indigesto. Empreender é aceitar riscos, no entanto, é necessário ser consciente e não aceitar o intolerável.
Existem noções diversas de risco, sendo que a Gestão de Risco Empresarial considera risco qualquer evento que possa afetar negativamente a realização dos objetivos da empresa.
A metodologia da Gestão de Risco Empresarial utiliza quatro fases sucessivas: a identificação dos riscos; a sua análise e avaliação; o controlo ou redução e finalmente a transferência.
Ao identificar risco, encontramos acidentes com pessoas; cataclismos da natureza; incêndio; queda de estruturas; avaria de máquinas; danos causados a terceiros; defeito em produtos depois de vendidos; ataques cibernéticos; perda de fornecedores ou de clientes; deterioração do relacionamento com financiadores ou franchisadores; danos ao ambiente e muitos outros.
O estudo dos incidentes permite a identificação dos riscos que lhes deram origem e a sua análise, redução ou contenção de modo a que ocorra o menor número de acidentes possível e com a menor gravidade. A regra prática é a de que por cada vinte e cinco incidentes há um acidente.
Na análise e avaliação de cada risco estudamos a frequência e a gravidade e o seu possível impacto no património ou imagem da empresa.
"Para cada risco há um método próprio de contenção, sendo exemplos a construção antissísmica que permite reduzir o impacto do sismo e a divisão de uma unidade industrial em vários compartimentos separados por estruturas corta-fogo que permite reduzir a perda máxima possível nessa unidade.”
Um exemplo de dano à imagem da empresa é a ocorrência de um acidente mortal, que poderia ter sido facilmente evitado. Outro exemplo é o afundamento propositado de uma grande plataforma marítima como ocorreu há anos. O público reagiu com um grande boicote na compra dos produtos dessa empresa e os prejuízos foram tais que a obrigaram a vender várias operações, nomeadamente a da Península Ibérica.
O controlo ou redução do risco tenta minimizar ou, se possível, anular o mesmo.
Os Planos de Emergência e Planos de Contingência, são elementos muito valiosos na contenção e redução do risco. O primeiro organiza e rentabiliza os recursos existentes, o segundo permite que a empresa retome a sua atividade normal no menor espaço de tempo e que o dano à sua imagem seja o menor possível.
Para cada risco há um método próprio de contenção, sendo exemplos a construção antissísmica que permite reduzir o impacto do sismo e a divisão de uma unidade industrial em vários compartimentos separados por estruturas corta-fogo que permite reduzir a perda máxima possível nessa unidade.
Depois de identificar, avaliar e conter ou reduzir os riscos, a empresa pode reter ou transferir a parte que não conseguiu anular. A retenção pode ser efetuada através de franquias aplicadas a contratos de seguro ou, caso a empresa tenha capacidade financeira para absorver o risco, pela não colocação do seguro para determinados riscos. Por exemplo, uma frota automóvel de muito grande dimensão não justifica a colocação do seguro da cobertura de danos próprios ou apenas a justifica se houver uma minoria de veículos com valor muito mais elevado que os restantes. Nesse caso apenas se coloca a cobertura de danos próprios para as viaturas de valor muito elevado.
Se a empresa tiver uma dimensão e dispersão de risco considerável, pode assumir uma parte significativa do risco através de uma seguradora cativa.
Não podemos esquecer que as seguradoras são também empresas, pelo que o seu objetivo é obter lucro com a aceitação de riscos. Daí que todo o risco que a empresa possa aceitar, sem pôr em causa o seu equilíbrio financeiro, representa um lucro.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
A Gestão de Risco Empresarial
{{ noCommentsLabel }}