Donald Trump recebeu ajuda do Deustche Bank em empréstimo para hotel

Banco alemão permitiu que Trump atrasasse em seis anos pagamento de empréstimo de 170 milhões de dólares para Trump International Hotel.

O ex-Presidente dos Estados Unidos teve um tratamento especial por parte do Deutsche Bank, que facilitou um empréstimo para um hotel que Donald Trump adquiriu enquanto estava na Casa Branca, revela um relatório do Comité do Congresso, citado pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Numa carta enviada esta sexta-feira ao responsável da Administração de Serviços Gerais, dois democratas do Comité de Supervisão acusam Donald Trump de ter fornecido “informações enganadoras” sobre os prejuízos que do Trump International Hotel, em Washington, e de ter ocultado centenas de milhões de dólares em dívidas próprias, refere o FT.

O hotel de cinco estrelas, — inaugurada em setembro de 2016, semanas depois de Trump ter sido nomeado — tem sido alvo de várias acusações de conflitos de interesse. Carolyn Maloney, presidente do Comité de Supervisão, e Gerald Connolly, responsável do subcomité de Operações do Governo, dizem ter tido acesso a documentos que mostram favorecimentos entre o Donald Trump e o Deutsche Bank, atualmente um dos seus maiores credores.

De acordo com o relatório elaborado, o Deutsche Bank, em 2018, permitiu que Donald Trump atrasasse por seis anos o pagamento do principal empréstimo de 170 milhões de dólares (147 milhões de euros) que este tinha contraído para o hotel. “Sem esse adiamento, o hotel pode ter precisado de pagar dezenas de milhões de dólares adicionais ao Deutsche Bank, num momento em que já enfrentava grandes perdas”, diz o relatório.

Além disso, afirma o documento, Donald Trump “não divulgou publicamente este benefício significativo de um banco estrangeiro enquanto ele era Presidente”.

A Organização Trump não poupa nas críticas a este relatório, classificando-o como “intencionalmente enganador, irresponsável e inequivocamente falso”. Em relação ao empréstimo do banco alemão, acrescentou que, “em nenhum momento, a empresa recebeu qualquer tratamento especial de qualquer credor”. O próprio Deutsche Bank também refutou as conclusões do Comité, falando em “várias declarações imprecisas”.

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