Nas notícias lá fora: Fed, cheque-combustível e Evergrande

  • ECO
  • 22 Outubro 2021

A Fed já reagiu ao escândalo de Powell e apertou as regras de conduta e a gigante chinesa Evergrande conseguiu evitar o default que uma grande emissão em dólares que vencia este sábado.

A crise dos combustíveis afeta todas as economias a nível mundial e os governos tentam encontrar soluções para evitar que a escalada dos preços comprometa a retoma pós-pandemia. O Governo francês vai dar a partir de dezembro um “cheque-combustível” único de 100 euros a cerca de 36 milhões de condutores que ganham menos de 2.000 euros por mês. Outra crise foi a gerada pelo facto de o presidente da Reserva Federal Jerôme Powell ter feito importantes transações na bolsa durante a atual crise económica, à semelhança de dois outros ex-dirigentes da instituição. Para evitar que a situação se repita a Fed impôs um conjunto de restrições aos investimentos que os seus dirigentes podem fazer. Outra reação, mas desta feita à decisão do Governo brasileiro de pedir uma autorização para ultrapassar o limite estabelecido pelo teto de gastos para financiar um programa social, foi a demissão dos quatro secretários que lideravam a área orçamental do Ministério brasileiro da Economia, ou seja, os setores diretamente relacionados com os gastos públicos.

The Wall Street Journal

Fed aperta regras éticas para investimentos de dirigentes

A Reserva Federal (Fed) impôs um novo e alargado conjunto de restrições aos investimentos que os seus dirigentes podem fazer, em resposta a transações polémicas recentes que já forçaram duas demissões. O banco central dos EUA anunciou que os seus dirigentes e quadros superiores seriam proibidos de investir em títulos individuais, tanto ações como obrigações. Têm ainda de avisar com 45 dias de antecedência, e esperar pela aprovação, qualquer transação que tencionem fazer. E têm de manter o título em que investiram durante pelo menos um ano. Estes dirigentes e quadros superiores vão ter de vender todas ações e obrigações que agora possuam, bem como qualquer categoria de títulos, incluindo obrigações municipais, que a Fed está a comprar, como parte do seu programa de estímulos económicos.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

TF1

França dá a partir de dezembro “cheque-combustível” de 100 euros

França vai dar a partir de dezembro um “cheque-combustível” único de 100 euros a cerca de 36 milhões de condutores que ganham menos de 2.000 euros por mês devido à escalada dos preços do gasóleo e da gasolina. A medida, que abrange trabalhadores dependentes e independentes, desempregados à procura de emprego e reformados, foi anunciada pelo primeiro-ministro, Jean Castex, que, em declarações transmitidas na cadeia de televisão TF1, disse tratar-se de “uma resposta excecional para uma situação excecional”. O apoio financeiro será concedido uma única vez e surge após um crescente descontentamento público com a crise energética global, quando as famílias ainda estão a recuperar dos efeitos económicos da pandemia da Covid-19. Em setembro, o Governo francês prometeu uma assistência financeira de 100 euros para cerca de seis milhões de famílias de baixos rendimentos para as ajudar a pagar as faturas da eletricidade.

Leia a notícia completa na TF1 (acesso livre, conteúdo em francês)

Reuters

Evergrande alinha fundos para pagamento de juros e evitar incumprimento

A gigante chinesa Evergrande enviou 83,5 milhões de dólares para uma conta do Citibank esta quinta-feira, permitindo-lhe pagar a todos os detentores de títulos antes de o prazo terminar (sábado) e entrar em incumprimento, revelou uma fonte citada pela Reuters. Esta notícia deverá trazer um certo alívio aos investidores e reguladores, que estavam preocupados com uma maior repercussão desta dívida nos mercados financeiros globais. Ainda assim, a Evergrande continua sobrecarregada com 300 mil milhões de dólares de dívida e precisa de saldar uma série de outros títulos, cujo prazo se aproxima.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês)

Folha de S.Paulo

Ministério brasileiro da Economia já soma quatro demissões

Quatro secretários do Ministério da Economia do Brasil demitiram-se, num momento em que o Governo anunciou que iria pedir uma autorização para ultrapassar o limite estabelecido pelo teto de gastos para financiar um programa social. O Ministério da Economia diz estarem em causa pedidos de demissão “de ordem pessoal”. “O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração dos seus cargos ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A decisão de ambos é de ordem pessoal”, indica a nota. Também a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, “pediram exoneração de seus cargos, por razões pessoais”. Os quatro secretários comandavam a área orçamental do Ministério, ou seja, os setores diretamente relacionados com os gastos públicos.

Leia a notícia completa na Folha de S.Paulo (acesso livre)

CNBC

CDC dos EUA apoia doses de reforço de vacinas Moderna, Pfizer e Janssen

Um painel consultivo do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano apoiou a administração de doses de reforço das vacinas da Moderna, Pfizer e Johnson & Johnson (Janssen) contra a Covid-19. De acordo com o CDC, as pessoas podem escolher a vacina de uma farmacêutica diferente para a próxima inoculação. Alguns norte-americanos que receberam vacinas da Pfizer há vários meses já estavam habilitados para realizar um reforço. Agora, os consultores do CDC dizem que as pessoas que foram inoculadas com a Moderna e a Johnson & Johnson também podem receber uma dose reforçada. A agência norte-americana reguladora de medicamentos (FDA) já havia autorizado a campanha de reforço na quarta-feira, mas o CDC, coordenado pelo seu painel consultivo, tem a palavra final sobre o assunto.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

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