Carlos César acusa BE e PCP de “jogos de poder”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 25 Outubro 2021

Para Carlos César, ninguém sai a ganhar com a reprovação do Orçamento do Estado para 2022. "Não devia nem tinha que ser assim", lamenta o presidente do Partido Socialista.

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, acusou esta segunda-feira o BE e o PCP de “jogos de poder” nas negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). Numa publicação na sua página no Facebook, o socialista alude ainda à realização de eleições antecipadas, garantindo que o PS respeitará “a vontade do povo”.

“BE e PCP preferiram os jogos de poder! Podia, até, ser um jogo do gato e do rato entre PCP e BE. Mas não. O jogo era outro!“, lê-se logo no começo da publicação. Segundo o presidente do PS, o Governo “tornou clara a inexatidão da comunicação do BE sobre as razões” que anunciaram para o voto contra o OE, através das explicações do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro. Esta segunda-feira, o mesmo governante deu explicações para o caso do PCP, admitindo que o Executivo nunca tinha ido tão longe no diálogo com os comunistas como este ano.

Face a essas condições, Carlos César questiona “que mais podiam fazer o Governo e o PS” se, “de cada vez que o Governo avançava nas negociações ou se aproximava de um acordo, eles [BE e PCP] faziam por ignorar ou davam novos passos adiante para ficarem sempre mais longe de um consenso mínimo”.

Para o socialista, a esquerda procurou “sempre uma agenda inaceitável e irrealizável no curto prazo” e para um país como Portugal. Nesse sentido, dá como exemplo a exigência feita pelo PCP para a subida do salário mínimo nacional para 850 euros já no próximo dia 1 de janeiro. “Se assim fosse, íamos ver pequenas e médias empresas a caírem, um pouco por todo o país, como castelos de cartas, transformando salários em subsídios de desemprego e falências empresariais”, justifica. E acrescenta: “Só ‘por magia’, por ‘magia negra’, era possível contornar essa via de insensatez”.

Carlos César considera ainda que “ninguém ganha com a reprovação do Orçamento do Estado”, muito menos o país. “Bem precisávamos, agora, de prosseguir sem interrupção, com normalidade e com confiança a concretização dos novos projetos de investimento e das medidas do Orçamento e do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]. Não devia nem tinha que ser assim”, lamenta.

Rematando, por fim, que o PS cá está e cá estará, “respeitando a vontade do povo”, o presidente dos socialistas deixou ainda um elogio ao primeiro-ministro: “O PS continuará a trabalhar para recuperar Portugal e prosseguir na consolidação do percurso de crescimento que já estamos a fazer, com a liderança competente e rigorosa do nosso primeiro-ministro António Costa”.

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