CaixaBank com lucros de 4.801 milhões de euros ajudado pela integração do Bankia

  • Lusa
  • 29 Outubro 2021

O grupo espanhol, dono do português BPI, revelou que, excluindo estas variações extraordinárias, o lucro ajustado seria de 2.022 milhões, quase três vezes mais do que no ano anterior.

O CaixaBank teve um lucro de 4.801 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, quase sete vezes mais do que no mesmo período em 2020, devido aos impactos extraordinários associados à fusão com o Bankia.

Na informação que transmitiu esta sexta-feira ao mercado, o grupo espanhol, dono do português BPI, revelou que, excluindo estas variações extraordinárias, o lucro ajustado seria de 2.022 milhões, quase três vezes mais do que no ano anterior, que foi muito influenciado pelas elevadas provisões feitas para lutar contra a pandemia de Covid-19.

Estes impactos não recorrentes, que aumentaram o lucro do banco em 2.779 milhões de euros, incluem uma contribuição contabilística de 4.300 milhões de euros do fundo negativo de comércio e o custo líquido de 1.521 milhões de euros do processo de reestruturação do emprego e outras despesas associadas à integração do Bankia.

O CaixaBank concluiu em finais de março as formalidades legais para a sua fusão com o Bankia, após registar a escritura de integração no Registo Mercantil em Espanha, uma operação que representou a criação da entidade líder do setor financeiro no país, com cerca de 20 milhões de clientes e mais de 623 mil milhões de euros em ativos.

O grupo CaixaBank informa que consolidou o seu volume de negócios em mais de 963.000 milhões de euros e os depósitos dos clientes ascendem a 607.331 milhões de euros, mais 46,2% após a incorporação do Bankia (+7,5% de mudança orgânica excluindo a integração).

O presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, congratula-se, numa declaração feita, pelo balanço “muito positivo” que a entidade bancária obteve nos primeiros nove meses do ano.

O responsável bancário atribui a boa evolução à forma como está a ser feita a integração do Bankia, de forma “rápida e em linha com o previsto” e pelo “bom comportamento” da atividade comercial num contexto ainda difícil.

Gonzalo Gortázar fez ainda uma referência ao “bom comportamento do BPI, que mantém uma trajetória de crescimento e de melhoria das quotas de mercado assim como uma sólida contribuição para os resultados do grupo”.

O CaixaBank, com um rácio de capital CET1 de base de 13% no final de setembro, tinha o saldo dos empréstimos de qualidade duvidosa e o rácio de crédito malparados no trimestre de 3,6%, o mesmo nível que tinha em junho, mas três décimas de ponto mais elevado do que em dezembro de 2020, devido à integração do Bankia.

Os créditos malparados atingiram 13,955 milhões de euros, menos 50 milhões de euros do que no final do trimestre anterior, com um rácio de cobertura de 64%.

No que diz respeito às moratórias totais sobre hipotecas e empréstimos concedidos pelo grupo aos seus clientes durante a pandemia, apenas 5.034 milhões de euros permaneceram pendentes em 30 de setembro e praticamente todos eles vencem antes do final do ano.

“As moratórias mantêm um bom comportamento de pagamento e os saldos em atraso representam apenas 0,5% da carteira de crédito”, assegurou o CaixaBank.

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