Portugal tem quarta maior subida de horas trabalhadas na UE
O número de horas trabalhadas durante o segundo trimestre deste ano aumentou 10,2% em Portugal, o que coloca o país na quarta posição entre as maiores subidas registadas na União Europeia.
Os europeus estão a trabalhar mais horas. Entre abril e junho, o número de horas trabalhadas no emprego principal no conjunto dos países da União Europeia (UE) subiu 3% em relação ao primeiro trimestre. Este indicador aumentou na maioria dos Estados-membros, sendo que Portugal registou a quarta maior subida.
Entre a população empregada, dos 20 aos 64 anos, o número de horas trabalhadas pelos europeus, sem contar com segundos empregos, aumentou 3% no segundo trimestre. Já a nível nacional, verificou-se um aumento das horas trabalhadas de 10,2%, para uma média de 38,4 horas semanais, revela o Eurostat.
Portugal é, deste modo, o quarto país da UE a registar a maior subida no número de horas trabalhadas no segundo trimestre, ficando apenas atrás da Grécia (+18%), da Eslováquia (+12,4%) e da Irlanda (+10,8%).
Em contrapartida, as maiores quedas foram registadas na Bélgica (-3,6%), Holanda (-2,8%), França (2,2-%), Estónia (-1,7%), Bulgária (-1,3%) e Luxemburgo (-0,2%). Isto significa que a generalidade da população ativa destes seis países trabalhou menos horas no emprego principal entre abril e junho deste ano.
De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, estes dados poderão ser explicados à luz das “medidas tomadas pelos Estados-membros para travar a propagação da pandemia de Covid-19”, dado que algumas das quais tiveram um efeito direto ou indireto sobre o número de horas trabalhadas pelos cidadãos europeus.
Na generalidade dos países da UE, as mulheres trabalharam mais horas do que os homens, tendo este indicador registado uma subida de 3,3% face aos 2,7% registados no sexo masculino. No entanto, em alguns países há uma discrepância significativa entre géneros, como é o caso da Grécia, onde o número de horas trabalhadas pelas mulheres aumentou 23,9%, contra o aumento de 14,5% no caso dos homens.
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