João Leão diz que há apoios à economia preparados “em função das medidas” contra a Covid-19

O ministro das Finanças não antecipa que as restrições que venham a ser impostas para mitigar a propagação do vírus pandémico afetem a atividade das empresas, mas garante que há apoios preparados “em função das medidas que forem tomadas”. Em entrevista ao Público (acesso condicionado) e à Renascença (acesso livre), João Leão explica, por outro lado, que o Governo tem margem para fazer aumentos na Função Público, mesmo em duodécimos, por causa do subsídio de Natal e de férias.

“Neste momento, temos apoios preparados em função das medidas que forem tomadas. Não antecipamos a necessidade dessas medidas, mas se a pandemia começar a afetar a atividade das empresas e a receita, as medidas estão em vigor“, sublinha o governante, no dia em que o Executivo decidirá em Conselho de Ministros que medidas serão adotadas para travar a recente tendência crescente de infeções.

Noutros temas, João Leão admite que o Governo pode expandir o programa IVAucher a mais setores, garante que será possível injetar 990 milhões de euros na TAP, admite que entendimentos com PSD são difíceis no pós-eleições e explica que o Governo tem margem para fazer aumentos na Função Pública, mesmo estando a governar em duodécimos, por causa do subsídio de Natal e de férias. “No que toca a despesas com pessoal, aplicamos 1/12 em cada mês, sabendo que, devido aos subsídios de férias e de Natal, aplica-se menos do que 1/12, que nos dá aqui a margem necessária para fazer a atualização regular dos salários (0,9%) em função do valor da inflação”, esclarece.