Horta Osório quer revolucionar bónus no Credit Suisse
Banco vai apresentar uma nova política de remuneração na assembleia-geral de abril. Bónus terão em conta métricas de gestão de risco.
O presidente do Credit Suisse promete mexer na forma como são definidos os bónus dentro do banco de investimento, alinhando-os com métricas de gestão de risco e tendo em conta o custo de capital. A promessa foi deixada no FT Global Banking Summit e será proposta na próxima assembleia-geral anual, em abril.
Depois de várias decisões de investimento que penalizaram fortemente clientes e o próprio banco — casos do colapso da Greensill Capital ou da Archegos Capital (provocou perdas de 5,5 mil milhões) — António Horta Osório defende um sistema de incentivos diferente, que dê mais garantias aos investidores de que aqueles episódios não se vão repetir.
O objetivo é fazer uma mudança cultural, que torne os colaboradores e gestores do banco mais responsáveis pelas decisões de gestão de risco. O presidente do Credit Suisse defendeu também um maior peso dos incentivos de longo prazo, sobretudo para a gestão de topo, e a possibilidade de reclamar de volta bónus já atribuídos.
“A remuneração tem que estar alinhada com o setor e tem que estar alinhada com os interesses dos acionistas, com criação de valor após dedução do custo de capital”, afirmou Horta Osório.
As ações do Credit Suisse desvalorizam mais de 30% desde o colapso da Greensill, em março.
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