Relação não quis tomar partido no recurso das medidas de coação de Mexia e Manso Neto no processo EDP

O Tribunal da Relação de Lisboa considerou "inútil" pronunciar-se sobre os recursos interpostos, há seis meses, pelos ex-líderes da EDP e EDP Renováveis, António Mexia e Manso Neto

O Tribunal da Relação de Lisboa considerou “inútil” pronunciar-se sobre os recursos interpostos, há seis meses, pelos ex-líderes da EDP e EDP Renováveis, António Mexia e Manso Neto quanto as medidas de coação aplicadas no âmbito do processo CMEC/EDP.

Em Julho do ano passado, o juiz de instrução Carlos Alexandre aplicou as medidas de coação a António Mexia e João Manso Neto de suspensão de funções e a prestação de uma caução de um milhão de euros, a cada um dos arguidos. Não satisfeitos, os advogados de defesa João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa — da Vieira de Almeida — fizeram chegar ao Tribunal da Relação de Lisboa um recurso alegando a ilegalidade das medidas. Mas a decisão do tribunal de segunda instância demorou a decidir e, entretanto, o juiz de instrução Ivo Rosa — que deixou a exclusividade do processo da Operação Marquês e por isso voltou a ‘pegar’ neste processo — decidiu pela extinção destas medidas de coação extintas. Mas apesar de Mexia e Manso Neto já não estarem sujeitos às mesmas, a defesa considerava ser pertinente a Relação pronunciar-se sobre a legalidade das decisões tomadas por Carlos Alexandre.

A decisão da juíza relatora Conceição Gonçalves foi conhecida esta quarta-feira. No despacho, a que o ECO teve acesso, a magistrada argumenta que “seria uma apreciação puramente histórica, sobre eventos extintos”, porque não alteraria nada de concreto. “A decisão de mérito que os recorrentes pretendem neste momento deste Tribunal não iria alterar em nada o seu estatuto coativo, nem lhes iria conceder ou retirar qualquer direito. Seria, para todos os efeitos teóricos e práticos, uma decisão inútil”, explica a desembargadora.

A decisão argumenta que essa inutilidade se verifica, porque as medidas de coação impostas aos arguidos haviam sido declaradas extintas por terem excedido o seu máximo temporal
previsto na lei. A decisão omite, todavia, que no momento em que caíram, pelo decurso do tempo, as primeiras medidas de coação (proibição de contactos, proibição de ausência para o estrangeiro e proibição de entrada nas instalações da EDP), já havia sido excedido e por vários meses, o prazo máximo que a lei impõe para se conhecer do recurso das medidas de coação. Omite, igualmente, que mesmo após a extinção, pelo decurso do tempo, dessas primeiras medidas de coação, se passaram mais dois meses até ao momento em que caiu, também pelo decurso do tempo, aquela que era a medida de coação que todos os especialistas, unanimemente, reputaram como inadmissível e que constituía o mais flagrante atropelo aos direitos dos Arguidos: a suspensão de funções na administração de uma empresa privada.

António Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção ativa e de participação económica em negócio no caso dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) em que terão, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), pago luvas a Manuel Pinho.

 

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Mudança operacional na Danone afeta 160 postos de trabalho em Portugal e Espanha

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

O novo modelo operacional da Danone tem três objetivos principais: responder às exigências do consumidores, reinvestir poupanças e ganhar quota de mercado.

A “mudança de modelo operacional” da Danone irá afetar cerca de 160 postos de trabalho do grupo em Espanha e em Portugal, adiantou esta quarta-feira a empresa em comunicado enviado à Lusa.

Sem revelar quantos destes postos serão em Portugal, a empresa disse que “a mudança de modelo operacional implica uma transformação organizacional que afetará aproximadamente 160 postos de trabalho em Espanha e Portugal”.

“Tal como a Danone tem feito ao longo da sua história, fiel à sua transparência e compromisso com o diálogo social, estas mudanças na organização serão realizadas de forma transparente, com diálogo e em acordo com os representantes dos trabalhadores e terão lugar nos próximos meses”, garantiu o grupo na mesma nota.

A Danone pretende “adaptar as suas filiais de Espanha e de Portugal ao novo modelo operacional que a companhia está a delinear” com o objetivo de “ganhar agilidade para responder às exigências do consumidor e dos clientes, reinvestir as poupanças nas marcas e em inovação, com o objetivo recuperar quota de mercado, volume de vendas e regressar ao crescimento rentável e sustentável”.

O grupo estima “que esta mudança operacional assente em três pilares fundamentais, com o objetivo de gerar poupanças que possam ser reinvestidas para recuperar quota de mercado e volume de vendas”, começando por uma “mudança organizacional que simplifica o modelo de operação das três filiais” permitindo “ganhar velocidade operacional”, lê-se na mesma nota.

Além disso a Danone aposta em “agilizar a tomada de decisões operacionais dentro da organização, o que significa dotar os países de maior poder e responsabilidade” e em criar “uma plataforma de análise de dados, de digitalização de processos e de reforço da inovação, que ajude a empresa a melhorar a sua capacidade de antecipação e de resposta às necessidades dos clientes e consumidores e impulsione os segmentos de elevado crescimento”.

“Globalmente, a Danone Company prevê que esta transformação afete cerca de 1.850 funcionários em escritórios centrais e locais”, recordou o grupo.

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Portugal alerta países que decisões sobre vacina da AstraZeneca “afetam todos”

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

Portugal alertou esta quarta-feira os Estados-membros que “decisões individuais afetam todos”, pelo que pede uma “posição o mais coordenada possível” relativamente à vacina da AstraZeneca.

A presidência portuguesa da União Europeia alertou esta quarta-feira os Estados-membros que “decisões individuais afetam todos” relativamente ao uso da vacina da AstraZeneca, envolta em riscos de coágulos sanguíneos, pedindo uma “posição o mais coordenada possível” entre os 27.

Num comunicado divulgado após a reunião virtual dos ministros europeus da Saúde, convocada de emergência e presidida pela ministra portuguesa da tutela, Marta Temido, lê-se que “a Comissão Europeia e a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia apelaram a todos os Estados-membros para que procurem uma posição o mais coordenada possível na UE”.

Citada pela nota, Marta Temido sublinha: “Não devemos esquecer que as decisões individuais afetam todos”.

A presidência portuguesa do Conselho da UE promoveu esta quarta-feira uma reunião de emergência, por videoconferência, dos ministros europeus da tutela, que se realizou depois do anúncio público das conclusões do relatório do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento (EMA) sobre a segurança da vacina AstraZeneca.

A agência europeia divulgou que existe uma “possível relação” entre a vacina contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca e a formação de “casos muito raros” de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários, dada a gravidade da pandemia.

“Esta é uma decisão técnica, não uma decisão política. Devemos continuar a seguir a melhor informação científica disponibilizada pela EMA nos seus pareceres”, adianta Marta Temido na declaração divulgada à imprensa no final da reunião.

A diretora executiva da EMA, Emer Cooke, participou nesta reunião virtual, tendo garantido aos ministros da tutela que o regulador europeu vai “continuar a acompanhar eventuais efeitos secundários, desta e de todas as vacinas contra a Covid-19, atualizando recomendações em caso de necessidade”, segundo o comunicado.

A nota dá ainda conta, sem precisar, que “os Estados-membros da UE partilharam diferentes interpretações sobre as conclusões do relatório, tendo procurado, no entanto, clarificar com a EMA aspetos relacionados com a segurança da Vaxzevria”, o novo nome do fármaco da AstraZeneca.

“Todos concordaram na necessidade de mais estudos de farmacovigilância para grupos específicos”, indica o comunicado divulgado pela presidência portuguesa do Conselho.

É ainda referido que, “estando os planos de vacinação nos Estados-membros numa fase crucial da sua concretização, os ministros assumiram o compromisso de prosseguir com prioridade a discussão de matérias relacionadas com todo o processo europeu e o seu planeamento futuro”.

Nesta investigação, a EMA verificou que estes casos muito raros de coágulos de sangue ocorreram, principalmente, em mulheres com menos de 60 anos de idade, no prazo de duas semanas após a vacinação, embora não tenha chegado a qualquer conclusão sobre fatores de risco específicos. Uma possível explicação poderá estar na baixa resposta imunológica destas pessoas, mas também no facto de mais mulheres estarem a ser vacinadas na Europa.

Haverá uma nova atualização da informação sobre a vacina, dadas as conclusões divulgadas esta quarta-feira. Dados divulgados pela Comissão Europeia revelam que, até esta manhã, 15,4% dos adultos europeus receberam uma primeira dose da vacina contra a Covid-19, havendo 6,4% foram totalmente vacinados.

Ao todo, mais de 108 milhões de doses foram entregues à UE, num ritmo médio de mais de um milhão de vacinações que ocorrem todos os dias (dadas as mais de 11 milhões de doses foram administradas na última semana).

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE pela EMA: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria (novo nome da vacina da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará em distribuição em meados deste mês de abril).

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Acionistas da Altri podem receber até 5% da Greenvolt em dividendos

Número de ações a entregar aos acionistas será aquele "que, à data do IPO, representar no máximo 5% do capital social e dos direitos de voto da subsidiária integralmente detida", a Greenvolt.

A Altri vai levar o IPO da Greenvolt à reunião magna agendada para 30 de abril. A operação ainda está a ser estudada, mas a administração da empresa pretende aprovar nesta assembleia geral uma proposta que prevê que os atuais acionistas da cotada possam vir a receber até 5% do capital da cotada que será liderada por Manso Neto através sob a forma de dividendos em espécie.

“O Conselho de Administração da Altri está a avaliar a possibilidade de proporcionar aos seus acionistas, na proporção das ações representativas do capital social da Altri de que sejam titulares em determinada data a definir oportunamente, a aquisição, por via de uma distribuição de dividendos em espécie/distribuição de bens aos sócios de ações representativas do capital social da Greenvolt“, refere a empresa em comunicado enviado à CMVM.

"[Número de ações a entregar aos acionistas será aquele] que, à data do IPO, representar no máximo 5% do capital social e dos direitos de voto da subsidiária integralmente detida, a Greenvolt.”

Altri

Em votação estará, assim, uma proposta que prevê “a distribuição de dividendos em espécie (podendo revestir a forma de distribuição antecipada de lucro ou a atribuição de um dividendo extraordinário aos acionistas)/distribuição de bens aos sócios (…) até ao máximo global de cinco milhões de ações” da potencial nova cotada.

Estes cinco milhões de títulos poderão ser, no final, menos. A Altri diz que o número de ações será aquele “que, à data do IPO, representar no máximo 5% do capital social e dos direitos de voto da subsidiária integralmente detida”, a Greenvolt.

“A aprovação desta proposta pela Assembleia Geral dependerá sempre da realização da referida operação que (…) poderá culminar na admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon da totalidade das ações representativas do capital social da Greenvolt e da concretização dessa admissão à negociação até 31 de dezembro de 2021”, nota a Altri.

Foi a 18 de março que a Altri revelou que contratou a Lazard Asesores Financieros e a Lazard Frères Banque, mas também que mandatou a Vieira de Almeida & Associados para estudar um IPO da Greenvolt, isto no mesmo dia em que anunciou a contratação de Manso Neto, que foi CEO da EDP Renováveis, para liderar a subsidiária para as energias renováveis que a Altri.

A admissão à negociação da Greenvolt, ainda em estudo, dará mais visibilidade ao negócio de energias renováveis da Altri. A empresa “tem atualmente em funcionamento cinco centrais de produção de energia termoelétrica a partir de biomassa florestal, com cerca de 97 MW de potência instalada”, revelou a empresa à data.

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Wall Street fecha misto, com Fed a sinalizar manutenção da política monetária

As bolsas norte-americanas terminaram a sessão mistas, no dia em que foram reveladas as atas da última reunião da Fed. Reserva Federal dos EUA deixou claro que vai manter política monetária.

Os principais índices norte-americanos tiveram uma sessão mista, no dia em que a Reserva Federal dos EUA divulgou a ata da última reunião e na qual deixou clara a intenção de manter a política monetária atual.

Na sessão desta quarta-feira, as atenções estiveram viradas para a divulgação das atas da reunião da Reserva Federal dos EUA (Fed). Tudo indica que a instituição vai manter a política monetária (leia-se taxas de juro inalteradas), até os dados do emprego e da inflação se tornarem mais consistentes, não mudando de posição com base em previsões, segundo a CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Neste contexto, esta quarta-feira o índice de referência S&P 500 subiu 0,13% para 4.079.37 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valorizou 0,03% para os 33.440,17 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq é o mais penalizado, recuando 0,10% para 13.684,47 pontos.

Entre as cotadas que se destacaram nesta sessão, esteve o Facebook que ganhou 2,23% para os 313,09 dólares, a Apple ganhou 1,34% para os 127,90 dólares e a Alphabet, dona da Google, somou 1,35% para os 2.239,03 dólares.

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Altri propõe pagamento de dividendo de 25 cêntimos por ação

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

Os acionistas da Altri vão votar, na assembleia-geral marcada para 30 de abril, a distribuição de dividendos de 51,2 milhões de euros.

Os acionistas da Altri vão votar, em assembleia-geral, no dia 30 de abril, a proposta de aplicação dos resultados de 2020, que prevê o pagamento de um dividendo de 25 cêntimos por ação, foi comunicado ao mercado esta quarta-feira.

De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a proposta do Conselho de Administração da empresa para a aplicação dos resultados prevê que dos 95.148.555 euros de lucro, 51.282.918 euros sejam destinados ao pagamento de dividendos e 43.865.637 euros transferidos para as reservas livres.

“A distribuição de lucros do exercício e de reservas livre ora proposta implicará o pagamento de um dividendo bruto de 0,25 euros por ação”, indicou.

Em cima da mesa vai estar também a possibilidade de autorizar o Conselho de Administração a proceder à distribuição de dividendos em espécie e de bens aos sócios até um máximo de cinco milhões de ações ou até 5% do capital social e direitos de voto da sociedade, no âmbito da admissão à negociação da totalidade das ações da sua subsidiária Greenvolt – Energias Renováveis.

Os acionistas da Altri vão ainda votar uma alteração aos estatutos, as contas individuais e consolidadas da empresa, deliberar sobre a apreciação geral da administração e fiscalização e sobre a concessão de autorização ao Conselho de Administração para comprar e vender ações e obrigações próprias até ao limite legal de 10%.

Adicionalmente, vão eleger o revisor oficial de contas e votar a declaração da comissão de remunerações dos órgãos sociais.

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Relação entre vacina AstraZeneca e coágulos “plausível mas não confirmada”, diz OMS

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

"São necessários estudos especializados para compreender plenamente a potencial relação" da vacina AstraZeneca com coágulos sanguíneos, diz a OMS.

Uma ligação entre a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e o desenvolvimento de uma forma rara de coágulos sanguíneos é “plausível mas não confirmada”, indicou esta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Com base na informação atual, uma relação causal entre a vacina e a ocorrência de coágulos de sangue com plaquetas baixas é considerada plausível, mas não é confirmada. São necessários estudos especializados para compreender plenamente a potencial relação entre a vacinação e os possíveis fatores de risco”, diz a OMS num comunicado do Comité Consultivo sobre a segurança das vacinas.

O organismo, diz no comunicado, analisou casos, raros, de coágulos no sangue com plaquetas baixas após a vacina da AstraZeneca, e analisou também as últimas informações da Agência Europeia do Medicamento (EMA) e da Agência de Medicamentos e outros Produtos de Saúde do Reino Unido.

Os peritos da OMS acrescentam que vão continuar a recolher mais dados mas salientam que, embora preocupantes, os casos em avaliação são “muito raros” entre as quase 200 milhões de pessoas que em todo o mundo receberam a vacina da AstraZeneca.

A OMS salienta que é preciso avaliar o risco desses “acontecimentos adversos” em relação ao risco de morte por contrair a doença covid-19, doença que no mundo já matou pelo menos 2,6 milhões de pessoas.

Afirmando que são comuns efeitos secundários nos três dias após a vacina a OMS refere vários sintomas que devem levar as pessoas a procurarem um médico.

“A OMS está a monitorizar cuidadosamente o lançamento de todas as vacinas covid-19 e continuará a trabalhar em estreita colaboração com os países para gerir os riscos potenciais, e a utilizar a ciência e os dados para impulsionar a resposta e as recomendações”, refere a organização no comunicado.

O Comité Conjunto de Vacinação e Imunização, um organismo de apoio ao governo britânico, defendeu que as autoridades devem oferecer uma vacina alternativa à AstraZeneca contra a covid-19 às pessoas com menos de 30 anos, devido aos sinais crescentes de que pode provocar tromboembolismos.

Também esta quarta-feira, a EMA divulgou que existe uma “possível relação” entre a vacina contra a covid-19 da farmacêutica AstraZeneca e a formação de “casos muito raros” de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco devido às graves consequências da pandemia.

A presidência portuguesa da União Europeia promove hoje uma reunião de emergência sobre a estratégia de vacinação comunitária após a divulgação das conclusões sobre o fármaco da AstraZeneca.

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Governo vai pagar reforço dos apoios aos trabalhadores independentes em maio

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

O ministério de Ana Mendes Godinho adianta que as mudanças no apoio, que entram esta quinta-feira em vigor, serão pagos durante o mês de maio.

As alterações ao apoio à redução da atividade dos trabalhadores independentes e sócios-gerentes que entram em vigor na quinta-feira vão refletir-se no pagamento de maio, disse esta quarta-feira fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“A Segurança Social vai implementar estas alterações, com a consequente adaptação do sistema informático, o que implicará mudanças estruturais”, indica à Lusa o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho.

Estas mudanças terão impacto no mês de referência de abril, que é pago em maio”, acrescenta a mesma fonte.

O Ministério refere ainda que a Segurança Social “aplicará a legislação aprovada pelo parlamento nos exatos termos em que foi aprovada” pelo que o diploma produz efeitos a partir de quinta-feira.

O apoio à redução da atividade económica foi reativado em janeiro pelo Governo com o novo confinamento, devido à covid-19, mas foi alterado pelo parlamento, numa votação em que apenas o PS votou contra.

O diploma foi promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e publicado esta quarta-feira em Diário da República, mas o Governo vai pedir a fiscalização sucessiva ao Tribunal Constitucional por considerar que as alterações violam a ‘lei-travão’, aumentando despesa não orçamentada.

Com as alterações, a base de cálculo do apoio passa a considerar “o rendimento médio anual mensualizado do ano de 2019″ (ano anterior à crise causada pela pandemia) em vez média da remuneração registada como base de incidência contributiva dos últimos 12 meses.

Segundo o Governo, esta alteração poderá levar a um aumento da despesa em 40 milhões de euros por mês e implica uma mudança estrutural e alterações profundas no sistema informático da Segurança Social, uma ideia que os partidos da oposição refutam.

O apoio é conferido a trabalhadores independentes, aos empresários em nome individual, com e sem contabilidade organizada e independentemente de terem trabalhadores a cargo, aos gerentes, e aos membros de órgãos estatutários com funções de direção, cujas atividades tenham sido suspensas ou encerradas.

Este apoio varia entre 219,4 euros e os 665 euros para os trabalhadores independentes.

Neste momento os requerimentos que permitem pedir o apoio extraordinário à redução da atividade económica relativos a março estão disponíveis na Segurança Social até dia 12.

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Allianz já faz reembolso online nos seguros Multirriscos Habitação

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2021

Através da otimização dos serviços digitais do produto Allianz Casa, as despesas de sinistros Multirriscos Habitação vão poder ser pagas de forma mais célere.

A Allianz Portugal lançou uma nova funcionalidade online que torna mais rápidos os reembolsos de despesas e pagamentos dos sinistros aos titulares de apólices Multirriscos Habitação.

Disponível no eCliente e no AZNET, a funcionalidade “tem como objetivo otimizar a regularização de sinistros, dando ao Cliente e ao Agente mais autonomia, garantindo que o processo é mais ágil e o pagamento aos Clientes mais rápido”, anunciou a companhia.

Para os clientes Allianz, “basta consultar a aplicação em allianz.pt, no portal eCliente, onde é agora possível não só participar um sinistro, mas também solicitar o reembolso das respetivas despesas. Tudo de forma simples e com explicação detalhada de como os clientes devem proceder para obter o seu reembolso online”, esclarece a seguradora em comunicado.

O lançamento da nova funcionalidade “é mais um passo no caminho da digitalização da Allianz Portugal que continua a apostar numa maior eficácia, maior rapidez e acima de tudo num melhor serviço aos seus Clientes”, complementa a entidade.

Adicionalmente, para potenciar a utilização da nova ferramenta, a seguradora vai fazer uma campanha de divulgação, com o envio de comunicações via email e sms dirigidas a clientes multirriscos, bem como publicações nas redes sociais.

Um vídeo disponibilizado pela companhia ajuda a perceber, “de forma simples e rápida”, os passos necessários para preenchimento dos formulários e completar o processo.

Para os pedidos de reembolso dos sinistros, os clientes devem ter consigo relatório técnico, faturas ou orçamento, fotografia dos danos e comprovativo de IBAN da conta para o pagamento. O ficheiro multimédia que explica o procedimento para os reembolsos online pode ser descarregado aqui.

 

 

 

 

 

 

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APS ensina conceção e inovação de produtos nos seguros. Há mais 12 cursos em abril e maio

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2021

Conceção e Inovação de Produtos nos Seguros, Controle Interno, Provisões Técnicas Vida e Não Vida, Governo e Gestão Integrada de Riscos são algumas das próximas formações ministradas pela APS.

A Associação Portuguesa de Seguradores já divulgou o calendário de formações que irá realizar durante os meses de abril e maio. Ao todo serão 13 cursos, ministrados em formato digital (via Zoom) e destinados sobretudo colaboradores do setor de seguros.

Entre eles está um dedicado à conceção e inovação de produtos, onde se pretende explicar a eficácia de metodologias como o Design Thinking e o desenvolvimento da criatividade e inovação estratégica no desenho de novos produtos de seguros. Decorrerá de 18 a 21 de maio, durante a manhã, e será ministrado pelas formadoras Teresa Carvalho, jurista e consultora independente, e Carmen Almeida, HR Consultant e Design Thinking Facilitator.

Todas as informações sobre os próximos cursos estão disponíveis no site da Academia APS.

Formações em abril

As próximas ações de formação serão:

Controle Interno | 13 de abril, das 14h-18h: tem como objetivo estabelecer um controlo interno avançado e alinhado com as principais práticas de referência do mercado. Destina-se a colaboradores do setor segurador das áreas de finanças, atuarial e risco. Os formadores serão Daniel Favaretto, diretor da área de negócios FCRC (Financial & Commodities Risk Consulting) da Management Solutions Brasil, e João Carlos, também da Management Solutions Brasil.

Função Compliance – Tendências | 15 e 15 de abril, de manhã: começa por descrever o enquadramento legal o organizacional da função de Compliance no setor segurador, no âmbito de funções chave determinadas por Solvência II, e evolui depois para uma caracterização detalhada da função em termos de competências e práticas. Destina-se a administradores e hierarquias de topo das seguradoras e colaboradores das áreas de compliance. A formação estará a cargo de Teresa Carvalho, jurista e consultora.

Provisões Técnicas Vida | 20 de abril, à tarde: tem como missão dar a conhecer as principais etapas de cálculos das provisões, desafios de cada fase e possíveis abordagens de cálculos; dá ainda a atender os conceitos relacionados com as provisões de Solvência II e IFRS17. O formador será Guido Chemaya, Senior Actuarial Consultant da Management Solutions Argentina.

Provisões Técnicas Não Vida | 21 de abril, à tarde: tem o mesmo objetivo, aplicado ao ramo Não Vida. A formação estará a cargo de Patrick Tiburtino, gerente da Management Solutions.

IFRS 17 – Contratos de Seguro | 23, 23, 29 e 30 de abril: pretende explorar os potenciais impactos que a norma IFRS 17 provocará ao nível dos sistemas contabilísticos e dos recursos humanos, de forma a garantir uma preparação atempada da transição para este novo normativo. Esta formação permite a atribuição de créditos aos Contabilistas Certificados por parte da OCC. Destina-se a colaboradores do setor vida e não vida nas áreas de contabilidade, fiscalidade, controlo de gestão, auditoria interna, entre outros. Maria Luís Pinhal, manager PwC, e Tatiana Marques, senior associate, serão as formadoras.

Pricing Não Vida | 27 de abril, de manhã: tem como objetivo conhecer elementos de Pricing Não Vida e entender como as companhias estão a evoluir os seus modelos de pricing no mercado europeu. O formador será Albert Paz, manager da Management Solutions.

Formações em maio

No mês de maio terão lugar os seguintes cursos:

Quem vai Comprar o Seguro de Auto Caravana | 3 e 11 de maio: Pricing Actuary com recurso ao software “R”; vai ajudar aos formandos responder às perguntas: Quem irá comprar o seguro de autocaravana usando os dados reais holandeses? Qual o perfil dos compradores deste produto? É destinado a atuarios, marketers, comerciais e consultores com formação estatística básica. A formação estará a cargo de Filipe Charters de Azevedo, CEO da Data XL.

Risco de Mercado e Risco de Iliquidez ALM | 3 e 4 de maio, à tarde: dará a conhecer as metologias de riscos de mercado e as suas medições e explicará em detalhe como funciona o risco de ALM. A formação será ministrada por Patrick Tiburtino e David Solutions, ambos da Management Solutions.

Função Atuarial | 6 de maio, de manhã: tem como objetivo explicar as responsabilidades da função atuarial e como esta se relaciona com as responsabilidades de subscrição, reservas, resseguro e gestão de riscos. O formador será Albert Paz, manager da Management Solutions.

Governo e Gestão Integrada de Riscos | 12 e 13 de maio, à tarde: pretende dar a conhecer as práticas de referência em relação às novidades de gestão de riscos, permitindo ter uma visão integral do tema e de como inserir os riscos emergentes no dia a dia da seguradora. A formação estará a cargo de Efrén Hernandez, gerente da Management Solutions.

Governo e Qualidade de Dados | 19 de maio, à tarde: tem como missão apresentar o contexto regulatório em que nos encontramos em relação a governo e qualidade de dados e, com base neste contexto, os principais pilares atuais dos temas e entender o escopo de atuação do CDO. A formação será ministrada por Dinis Ribeiro, experiência de oito anos no setor da banca, Miguel Nogueira Rodrigues, da Management Solutions Portugal, Lucas Ferrari, da Management Solutions Brasil, e Allan Rodrigo dos Santos, gestão de projetos em Data Analytics com foco em Finanças.

 

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Jorge Coelho, o “estratega” da política e das empresas

O antigo governante sofreu um ataque cardíaco fulminante. Político que nunca quis ser líder do PS, fez amigos à esquerda e à direita. "Foi um estratega", recorda António Mota.

Morreu esta quarta-feira Jorge Coelho, o histórico do Partido Socialista, ministro em dois governos liderados por António Guterres e que chegou a presidente executivo da Mota-Engil. O antigo governante e gestor de empresas, de 66 anos, sofreu um ataque cardíaco fulminante na Figueira da Foz quando visitava uma casa na zona turística da cidade, de acordo com a Lusa. O presidente da República e o primeiro-ministro estiveram entre os primeiros a reagir, sublinhando o “choque” em relação ao falecimento.

Em declarações ao ECO, o presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil recorda Jorge Coelho como “um grande amigo“, referindo que é “com grande pesar, mágoa e saudade” que recebe a notícia. Ao mesmo tempo, António Mota destaca que o antigo ministro socialista era “um homem com uma qualidade extraordinária“, “um estratega” e “um homem a quem a Mota-Engil deve muito na sua última fase de internacionalização“. Jorge Coelho “deixou uma marca enorme só ultrapassável pelo fundador da empresa“. É “uma marca que ficará cá sempre”, sublinha o chairman da construtora e patriarca da família.

Nascido em julho de 1954 em Mangualde, Jorge Coelho formou-se em gestão de empresas na Universidade de Coimbra e, após o 25 de abril, foi um dos fundadores da União Democrática Popular. Oito anos mais tarde filiou-se no PS, onde fez carreira, tendo sido muito próximo de António Guterres, a quem ajudou a chegar à liderança do partido e, mais tarde, a primeiro-ministro.

​Jorge Coelho foi ministro de três pastas nos governos de Guterres: ministro Adjunto, ministro da Administração Interna e ministro da Presidência e do Equipamento Social. Em 2001, era ministro com o pelouro das infraestruturas quando a queda da Ponte de Entre-os-Rios, em Castelo de Paiva (provocando a morte de 67 pessoas) levou à sua saída do Governo. Assumiu a responsabilidade política pelo acidente e demitiu-se, afirmando que a culpa não podia ficar solteira e “não ficaria bem com a minha consciência se não o fizesse”.

Além dos mandatos como ministro, na carreira política foi também deputado, coordenador da Comissão Permanente do PS e membro do Secretariado Nacional do partido, bem como comentador político. Em simultâneo, foi também consultor, administrador e gestor de empresas, tendo-se destacado o cargo de CEO da Mota-Engil. Mais recentemente, tinha-se dedicado a negócios próprios em Viseu.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa (D) acompanhado por Jorge Coelho (C) e Eduardo Cabrita (E), durante uma arruada no âmbito da campanha eleitoral para as eleições legislativas que se realizam no dia 4 de outubro, Setúbal, 29 de setembro de 2015. ANDRÉ KOSTERS / LUSAANDRÉ KOSTERS / LUSA

Marcelo e Costa em “choque” com morte de “amigo”

“Não posso esconder o choque do conhecimento desta morte inesperada”, disse o presidente da República, em declarações à SIC, na reação à notícia. “Ao mesmo tempo recordar o amigo e, mais do que isso, a figura que esteve presente na vida pública durante três décadas como parlamentar, como dirigente político e mais recentemente como gestor empresarial“.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou o estilo próprio e antecipação das correntes da opinião pública de Jorge Coelho. “Criou laços pessoais que ultrapassavam as barreiras do seu partido, o círculo amplo dos seus amigos e teve uma influência muito grande na vida nacional”, disse. “Não tendo exercido cargos de liderança, esteve tão próximo dos centros de poder que influenciou o país”.

Após prestar estas declarações, o Presidente da República fez divulgar uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet em que lamenta “o dramático falecimento” de Jorge Coelho. “Deixou na memória dos portugueses o gesto singular de assumir, em plenitude, a responsabilidade pela tragédia de Entre-os-Rios e a capacidade rara de antecipar o sentir do cidadão comum”, lê-se na nota.

Também o primeiro-ministro disse estar chocado e sublinhou a amizade com o político, em declarações a partir do Largo do Rato. “Para todos nós socialistas é um momento particularmente doloroso porque Jorge Coelho não era só um camarada, mas um amigo de todos nós e poucos foram aqueles que conseguiram expressar tão bem a alma dos socialistas”, afirmou.

Costa apontou a energia e força de Jorge Coelho, tal como a capacidade de ação nos momentos mais difíceis, mas também dar uma palavra de serenidade e bom senso nos momentos de maior exaltação. “Jorge Coelho foi sempre um fator de unidade entre nós nos momentos em que as divisões nos atravessaram”, disse. “Foi um amigo de todos nós. Naqueles anos duros de oposição, na década de 90, uma força da natureza que ajudou a reerguer [o PS]“.

Antigo adversário Marques Mendes destaca “exemplo notável” de democracia

António Guterres foi um dos políticos mais próximos de Coelho. O atual secretário-geral da ONU referiu que “era um amigo queridíssimo” com “enorme dedicação à causa pública”, afirmando também o choque com a notícia. “Um homem que me acompanhou e para com quem tenho uma dívida que nunca vou poder pagar“, afirmou. “É uma grande perda para o país e sobretudo uma grande perda para os amigos. Estamos todos desolados”.

O presidente da Assembleia da República e ex-líder socialista Eduardo Ferro Rodrigues recebeu “com choque e muita tristeza”, a notícia do falecimento de Jorge Coelho, “um amigo de há longas décadas”. Lembra-o como um “homem bom e solidário”, que foi “sempre alguém que se bateu por causas, em especial pela democracia e pela igualdade” e ainda “um sobrevivente, com quem aprendi a enfrentar as adversidades”, segundo afirmou numa nota enviada à agência Lusa.

Do lado do PSD, Luís Marques Mendes e Rui Rio também lamentaram a morte. O atual líder dos social-democratas usou o Twitter para dizer que lamenta “profundamente o súbito desaparecimento” de Jorge Coelho, que diz ter sido uma “pessoa afável e de excelente trato”, com quem tinha uma “agradável” relação pessoal. “Presto-lhe sentida homenagem e envio as minhas condolências à sua família e ao Partido Socialista”, afirmou Rio.

Já o comentador político recorda o socialista como “um político carismático, determinado, convicto e que não deixava ninguém indiferente”, em declarações à SIC Notícias. “Quando há 20 anos caiu a ponte de Entre-os-Rios, ele teve uma atitude politicamente notável, que foi não se agarrar ao lugar, demitir-se, assumir responsabilidades, apesar de ele não ter culpa nenhuma naquela situação. É um exemplo notável que a democracia teve e que pouca gente, ao longo destas décadas, tem seguido“, acrescentou.

(Notícia atualizada com as declarações do Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil às 21h48)

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Não haverá sucesso no hidrogénio sem preço competitivo da energia, diz Bondalti

  • Lusa
  • 7 Abril 2021

O presidente da Bondalti referiua necessidade de incentivos ao desenvolvimento da tecnologia necessária para criar um mercado de hidrogénio.

O presidente da Bondalti, João de Mello, disse esta quarta-feira que o hidrogénio ‘verde’ ainda não é competitivo relativamente ao que provém de combustíveis fósseis e que sem a redução dos custos da eletricidade, “não haverá sucesso na estratégia do hidrogénio”.

“O hidrogénio ‘verde’ ainda não é competitivo relativamente ao cinzento. […] Se o preço da energia não for competitivo, não haverá sucesso na estratégia do hidrogénio verde”, disse o também o presidente executivo (CEO) da empresa de Estarreja pertencente ao Grupo José de Mello, que está a desenvolver um projeto de produção de hidrogénio, num investimento de 2,4 mil milhões de euros, selecionado pelo Estado português para candidatura a financiamento pela União Europeia.

João de Mello participava na conferência “O Hidrogénio nas Nossas Sociedades – Estabelecer pontes”, promovida no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE), para debater políticas e estratégias no sentido de desenvolver um mercado global de hidrogénio.

O responsável reiterou que a aposta no hidrogénio ‘verde’ é um desafio com o qual a Bondalti está comprometida, porém, elencou os principais obstáculos ao sucesso da estratégia do hidrogénio, onde se inclui o preço da eletricidade.

“Estamos todos a competir, todos os países estão a competir [e] um preço competitivo da eletricidade é um fator chave”, considerou João de Mello.

O presidente da Bondalti referiu também a necessidade de incentivos ao desenvolvimento da tecnologia necessária para criar um mercado de hidrogénio.

“Se queremos ser neutros em carvão até 2050, temos de ter a perceção de que será necessário um grande investimento”, apontou.

Por último, João de Mello sublinhou que tem de ser resolvida a questão dos produtos provenientes de carvão, de países com leis ambientais diferentes das da União Europeia, mas que são, no entanto, exportados para a UE.

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