PSI 20 abre sessão a subir 0,28%

  • Lusa
  • 5 Outubro 2021

Depois dos máximos de segunda-feira, a bolsa de Lisboa abriu em alta.

O PSI 20, índice principal da bolsa de Lisboa, abriu esta terça-feira, dia 5 de outubro, a subir 0,28% para 5.527,51 pontos, mantendo a tendência de subida vinda de segunda-feira, que tinha registado um máximo de três anos. Os títulos da Jerónimo Martins, BCP, Galp Energia e EDP Renováveis estavam a registar ganhos.

Na segunda-feira, o PSI 20 contrariou a tendência europeia e registou uma subida de 0,63% para 5.511,84 pontos. Das 19 cotadas que integram o PSI20, 11 ficaram em alta, cinco em baixa e três terminaram inalteradas, tendo a Galp avançado 3,54% para 10,07 euros, num dia em que o preço do petróleo sobe nos mercados internacionais.

Na segunda-feira, as bolsas europeias fecharam em queda, com Frankfurt a perder 0,79%, Paris 0,61%, Milão 0,60%, Londres 0,23% e Madrid 0,09%.

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Wall Street encerra dia no vermelho após problemas no Facebook

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

O Facebook perdeu 4,89% depois da plataforma e as aplicações Instagram, WhatsApp e Messenger terem registado uma quebra geral em várias partes do mundo.

A bolsa de valores de Nova Iorque fechou esta segunda-feira no vermelho, tendo o Dow Jones (DJI) caído 0,94%, num dia negativo para a tecnologia, devido à subida dos juros da dívida pública e aos problemas do Facebook.

De acordo com os dados do final da sessão em Wall Street, o Dow Jones caiu 323,54 pontos, para 34.002,92, enquanto S&P 500 caiu 1,30% para 4.300,46 pontos.

O índice Nasdaq, que engloba as principais empresas de tecnologia, foi o mais afetado, com perdas de 2,14% para 14.255,49 pontos.

Depois de revelar um fraco mês de setembro e de recuperar na sexta-feira, na estreia de outubro, a bolsa de valores de Nova Iorque apostou nas vendas no setor tecnológico, que caiu 2,36%, e no das comunicações, 2,11%.

Entre as empresas do dia esteve o Facebook, que acordou no vermelho após conhecer-se a identidade de uma ex-funcionária que partilhou documentos internos com o The Wall Street Journal, denunciando as práticas da rede social.

O Facebook perdeu 4,89% depois da plataforma e outras aplicações (Instagram, WhatsApp e Messenger) terem registado uma quebra geral em várias partes do mundo e que ainda não havia sido resolvida até ao encerramento da bolsa.

O setor da saúde (-1,49%) e dos bens não essenciais (-1,07%) também caíram.

Por sua vez, o setor da energia subiu 1,63%, coincidindo com a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e com os aliados, incluindo a Rússia, que decidiram manter os planos de aumentar a produção em 400 mil barris de Brent por dia.

Quase todas as empresas cotadas no Dow Jones terminaram o dia em queda, destacadas pela Visa (-2,49%), Apple (-2,46%), Microsoft (-2,07%) e Salesforce (-1,60%).

No verde, sobressaiu-se a farmacêutica MSD (Merck nos Estados Unidos e Canadá), que ganhou 2,09% após já ter disparado 8% na sexta-feira, ao anunciar resultados prometedores em relação ao seu medicamento oral contra a covid-19.

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Bruxelas apresenta em dezembro novo pacote energético

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

O comissario europeu Paolo Gentiloni avançou que Bruxelas está a estudar se pode ter um papel "na aquisição de gás" ou "nova iniciativa em matéria de armazenamento de gás".

A Comissão Europeia vai apresentar, em dezembro, um pacote de iniciativas sobre o setor energético, admitindo, perante a escalada dos preços da eletricidade devido aos aumentos globais no gás, intervir para reforçar as reservas da União Europeia (UE).

Há um trabalho em curso para tentar identificar propostas […], nomeadamente se poderemos desempenhar um papel particular na aquisição de gás ou se poderemos adotar uma nova iniciativa em matéria de armazenamento de gás e este trabalho [de avaliação] está a decorrer”, declarou o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni.

Falando em conferência após uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, na qual a atual crise energética que afeta a UE foi debatida, o comissário europeu precisou que iniciativas como estas estarão “num novo pacote energético que será apresentado em dezembro”.

Antes, já nos próximos dias, a Comissão Europeia vai apresentar uma caixa de ferramentas que, de acordo com Paolo Gentiloni, “assenta numa comunicação que fará um balanço da origem desta crise e na qual se esclarecerão os instrumentos que estão disponíveis para os Estados-membros usarem como resposta a esta situação”.

Em causa estão “soluções originais que podem ser utilizadas de acordo com as leis europeias e respeitando as regras da UE” para assim “mitigar o impacto” desta crise energética, referiu o responsável italiano.

“Na minha opinião, é importante que as medidas [a adotar pelos países] sejam temporárias e orientadas para respeitar o mercado único e as regras dos auxílios estatais, além de serem coerentes com a transição para uma economia descarbonizada, que é a resposta estrutural à volatilidade e à dependência dos combustíveis fósseis”, adiantou Paolo Gentiloni.

Os ministros das Finanças da zona euro debateram esta segunda-feira a escalada dos preços da eletricidade devido aos aumentos globais no gás na UE, temendo que mais encargos atrasem a recuperação económica pós-crise da covid-19.

Na ocasião, países como França defenderam medidas como o reforço das reservas de gás e o recurso a tarifas reguladas.

A subida dos preços ameaça exacerbar a pobreza energética em toda a UE, nomeadamente numa altura em que os cidadãos ainda recuperam da crise da covid-19 e que poderão ter dificuldades em pagar as suas contas de aquecimento neste outono e neste inverno.

Além de medidas imediatas que poderão ser adotadas pelos países (como impostos especiais de consumo, apoio direto aos consumidores e alívio para agregados familiares e pequenas empresas vulneráveis), a UE deverá reforçar compromissos para o aumento da eficiência energética, a utilização de energia de fontes renováveis e o combate à pobreza energética.

Em julho passado, aquando da apresentação do pacote climático “Objetivo 55”, o executivo comunitário propôs a criação de um fundo social para a ação climática, através do qual os Estados-membros poderiam apoiar investimentos em eficiência energética, em novos sistemas de aquecimento e arrefecimento e numa mobilidade mais ecológica.

Também no âmbito dessas iniciativas para permitir à UE atingir os seus objetivos climáticos, a Comissão Europeia sugeriu na altura uma revisão do regime de comércio de licenças de emissão da UE para que as receitas daí provenientes sejam utilizadas pelos Estados-membros para mitigar o impacto da subida dos preços da energia, em particular as suas consequências sociais.

Na próxima semana, a instituição vai então emitir diretrizes para ajudar os Estados-membros a lidar com a atual crise do setor energético, dentro do âmbito dos atuais regulamentos da UE.

Será uma comunicação sobre os preços da energia que funcionará como caixa de ferramentas para orientar os Estados-membros na adoção de medidas ao nível nacional.

O tema estará ainda em debate na sessão plenária do Parlamento Europeu na quarta-feira, visando determinar quais os instrumentos a que a UE e os Estados-membros devem recorrer para fazer face a esta escalada dos preços.

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Marcelo quer “estabilidade governativa” até às legislativas em 2023

  • ECO
  • 4 Outubro 2021

O Presidente da República admite que seja "estabilizador a mais" e continua a defender a estabilidade governativa até às legislativas de 2023.

A “estabilidade governativa” até às legislativas de 2023 é uma prioridade para o Presidente da República, mesmo que venha a ser conhecido como “estabilizador a mais”. Em entrevista ao jornal das 8 da TVI, esta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa disse que os próximos três-quatro meses serão de reflexão nos partidos depois dos resultados das autárquicas.

“As autárquicas têm uma leitura nacional”, disse o Presidente ao jornalista Miguel Sousa Tavares, recordando o caso da demissão do então primeiro-ministro António Guterres, em 2001, e de Passos Coelho de líder da oposição em 2017. Quanto às autárquicas de 26 de setembro deste ano, Marcelo preferiu repetir que não ia comentar nem os resultados, nem a campanha, mas reforçou que “até às legislativas tem de haver estabilidade governativa”.

Nos próximos três-quatro meses os “partidos vão ter de fazer a sua leitura dos resultados” das autárquicas, disse o Chefe de Estado, assinalando que uma democracia ganha quando “existe uma alternativa forte” ao Governo. “A leitura que os partidos fizerem à esquerda e à direita destas autárquicas vai determinar a sua estratégia para as legislativas”, acrescentando, depois, que “para haver uma alternativa plausível e forte no centro-direita e à direita, o problema não é apenas, não é sobretudo de liderança, é um problema de estratégia”.

Num país com “tendência para uma auto-estima baixa” e uma “sociedade civil tradicionalmente fraca”, Marcelo acredita que Portugal pode reforçar a posição no mundo. “Temos de crescer mais, ter menos desigualdades, ter melhor formação, fazer mais compromissos”, disse, antes de lembrar o papel do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e dos fundos comunitários para criar “mudanças estruturais” no país. “O PRR não é monopólio do PS, nem de outros partidos. É do país”, ressalvou.

Em cerca de meia hora de entrevista, Marcelo foi também evasivo quanto aos casos controversos da última semana, entre os quais a demissão abortada do chefe de Estado Maior da Armada e a fuga de João Rendeiro à justiça. “Não houve demissão nem pode haver sem a minha assinatura”, disse, sem esclarecer no entanto os “equívocos”, que levaram o primeiro-ministro António Costa a pedir uma audiência urgente em Belém, na qual foi acompanhado do ministro da Defesa.

Sobre a fuga do banqueiro à justiça, Marcelo reconhece que “há um risco na posição do julgador”. Ainda que destaque o esforço para prevenir e combater a corrupção, o Chefe de Estado admite que existem “muitos problemas na justiça” e até “sinais contraditórios”.

(atualizado às 22h16)

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Maiores de 65 anos serão vacinados com a terceira dose a partir de 11 de outubro

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

“Iniciaremos pelas faixas mais vulneráveis, nomeadamente pelas estruturas residenciais para idosos, pela faixa acima dos 80 anos", disse António Lacerda Sales.

Os portugueses com mais de 65 anos vão começar a ser vacinados com a terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir de 11 de outubro, anunciou esta segunda-feira o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

António Lacerda Sales avançou que a Direção-Geral da Saúde (DGS) vai emitir nas próximas horas uma norma com “o suporte técnico para essa terceira dose” contra a covid-19 ou dose de reforço, ressalvando que a vacina vai começar por ser administrada a pessoas residentes em lares de idosos e com mais de 80 anos.

Iniciaremos pelas faixas mais vulneráveis, nomeadamente pelas estruturas residenciais para idosos, pela faixa acima dos 80 anos e depois iremos de uma forma decrescente até à faixa igual ou superior aos 65 anos, como foi feito quando foi a primeira fase de vacinação covid”, disse aos jornalistas o secretário de Estado à margem da assinatura do acordo de cooperação entre o INEM, Liga dos Bombeiros Portugueses e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Lisboa.

O governante sublinhou também que esta dose de reforço deverá ser administrada a partir de 11 de outubro.

O secretário de Estado afirmou que se estava à espera da decisão da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que foi conhecida esta segunda-feira, para que “a DGS pudesse também tomar a sua decisão técnica” e para que Portugal pudesse avançar com essa dose de reforço ou terceira dose.

A EMA indicou que doses de reforço da vacina anticovid-19 da BioNTech/Pfizer “podem ser consideradas” para pessoas com mais de 18 anos, após seis meses da segunda dose, para aumentar os anticorpos.

A EMA decidiu também que uma terceira dose da vacina anticovid-19 da BioNTech/Pfizer e da Moderna só deverá ser administrada na União Europeia (UE) a pessoas com “sistemas imunitários gravemente enfraquecidos”, após 28 dias.

Questionado sobre se a terceira dose da vacina contra a covid-19 pode ser administrada em simultâneos com a da gripe, António Lacerda Sales disse que se aguarda por uma decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que “muito em breve” deve pronunciar-se sobre a questão da coadministração.

“Neste momento não há essa indicação técnica, estamos a vacinar com uma diferença de 14 dias. Iniciámos a vacinação da gripe no dia 27 de setembro. A iniciar a vacinação da terceira dose, como todos esperamos, será a partir do 11 de outubro, quando se perfaz os 14 dias”, disse.

O secretário de Estado lembrou ainda que esta dose de reforço terá de ser administrada seis meses após a segunda dose.

“São estes os planos e é com este planeamento que estamos a trabalhar para podermos no dia 11 de outubro começar a vacinar com a dose de reforço ou terceira dose”, sustentou, sublinhando que Portugal já está a administrar a doentes imunossuprimidos uma dose adicional.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde atualizou, também no início de setembro, as normas para admitir uma terceira dose adicional da vacina a imunodeprimidos com mais de 16 anos, como transplantados, seropositivos e doentes oncológicos.

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Eurogrupo espera que inflação abrande no próximo ano

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Outubro 2021

Os ministros das Finanças da zona euro consideram que o aumento da inflação é temporário e que os preços deverão voltar a abrandar já em 2022.

A subida dos preços da energia nos últimos meses tem acelerado a inflação na zona euro. Porém, os membros do Eurogrupo admitiram esta segunda-feira que o aumento da inflação é temporário, pelo que os preços devem voltar a abrandar já em 2022.

Após a reunião desta segunda-feira, no Luxemburgo, os ministros das Finanças da zona euro concordaram com as previsões para a inflação do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia.

Numa conferência de imprensa depois do encontro, o ministro das Finanças da Irlanda e atual presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, afirmou que houve também concordância sobre o facto de o pico da inflação não servir de argumento contra a transição para fontes de energia renováveis, uma das medidas previstas na nova lei do Clima da União Europeia (Pacto Ecológico Europeu), que tem por objetivo alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, disse, na mesma conferência de imprensa, que o efeito do aumento dos preços da energia será sentido a curto prazo, sendo “essencial” monitorizar a inflação. Nesse sentido, o responsável apelou a uma coordenação entre os países da zona euro.

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Renováveis avançam judicialmente contra despacho do Governo

  • ECO
  • 4 Outubro 2021

Caso o despacho de junho deste ano seja implementado, as empresas de energia eólica da Península Ibérica arriscam-se a perder entre 165 e 372 milhões de euros.

Várias empresas de energias renováveis da Península Ibérica, entre as quais a EDP Renováveis, a Iberdrola e a Finerge, avançaram judicialmente contra um despacho de junho do secretário de Estado da Energia, João Galamba, que ameaça cortar a remuneração das eólicas, revela o Expresso.

O despacho em causa, com data de 16 de junho, determina que “se promova a regularização das compensações recebidas entre 2013 e 2020 e das remunerações já pagas aos centros eletroprodutores em regime de extensão de remuneração, acrescido dos juros devidos”.

No entanto, as empresas não contavam com esta interpretação de disposições do diploma de 2013, já que o próprio Governo assume que, aplicando a metodologia apontada no despacho de junho, irá gerar-se “uma poupança líquida para todos os consumidores portugueses, hoje estimada, entre os 165 e os 372 milhões de euros“.

É este intervalo de valores que as eólicas correm o risco de perder, em remunerações futuras (durante sete anos), caso o despacho de junho seja implementado.

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APAVT e CEAV exigem que companhias aéreas devolvam montantes que devem às agências

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

A "recusa em pagar estes montantes constitui uma violação dos direitos dos passageiros portugueses e espanhóis", lembram as associações em comunicado conjunto.

A Associação Portuguesa de Agências de Viagens (APAVT) e a confederação homóloga espanhola consideram “inaceitável” que algumas companhias aéreas ainda não tenham devolvido todo o dinheiro que devem às empresas dos dois países correspondentes a reembolsos pela pandemia.

Em comunicado, as duas associações, APAVT e Confederação Espanhola das Agências de Viagens (CEAV), que estiveram reunidas na III Cimeira da Aliança Ibérica das Agências de Viagens, lembram que a “recusa em pagar estes montantes constitui uma violação dos direitos dos passageiros portugueses e espanhóis”.

Como exemplo, em Espanha, referem o caso da Air Europa que, apesar de ter recebido 475 milhões de euros da SEPI (ou seja, dos contribuintes), está “a devolver o valor dos bilhetes cancelados a conta-gotas”, afirmam.

Em comunicado, referem ainda que a CEAV tem “insistido repetidamente na necessidade de associar diretamente os auxílios estatais às companhias aéreas ao cumprimento das suas obrigações para com os passageiros, como também recomendado pelo relatório especial 15/2021: Os direitos dos passageiros aéreos durante a pandemia Covid-19, publicado pelo Tribunal de Contas Europeu”.

A Lusa questionou a associação portuguesa sobre as companhias em causa neste caso, tendo fonte oficial afirmado que “há várias companhias a deverem à APAVT”, sem revelar valores, mas descartando serem TAP e SATA, que já terão praticamente regularizado as contas.

Segundo as duas agências, a recusa em pagar os montantes devidos aos passageiros no prazo previsto nos regulamentos “constitui uma violação dos direitos dos passageiros aéreos desde o início da pandemia e uma clara violação dos regulamentos comunitários, nomeadamente o Regulamento (CE) n.o 261/2004, que estabelece a obrigação de reembolsar no prazo de sete dias, em caso de cancelamento de voos”.

O presidente da CEAV, Carlos Garrido, lembra, citado no comunicado, que “as agências espanholas e portuguesas foram obrigadas a adiantar as restituições correspondentes aos voos incluídos nos pacotes contratados com as companhias aéreas, com os consequentes prejuízos”, o que significa um agravamento da “situação já complicada” no setor.

“Partilhamos do mesmo sentir das nossas congéneres do país vizinho, encabeçado pela CEAV e consideramos que as companhias aéreas não podem ser objeto de situações de favor em relação a outros ‘stakeholders’ da cadeia do turismo, nomeadamente as agências de viagens e os operadores, que se viram confrontados com a obrigação legal de reembolsar os seus clientes, o que fizeram, sem que o mesmo tenha sido imposto às companhias aéreas”, refere, por seu lado, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, acrescentando que “os direitos dos passageiros foram garantidos à custa das agências de viagens e os seus fornecedores fizeram tábua rasa as suas obrigações”.

O presidente da APAVT deixa ainda a mesma crítica de tábua rasa aos “reguladores” e à “própria União Europeia”.

“Se foram lestos a intimar os Estados para forçarem as Agências de Viagens e os Operadores Turísticos a reembolsar, não o foram, definitivamente, em relação às companhias aéreas”, reforça.

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Biden critica atitude “perigosa” da oposição republicana perante dívida

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

“Não cumprir as nossas obrigações de dívida seria uma ferida autoinfligida que arrastaria a nossa economia para um precipício”, advertiu o presidente dos EUA, Joe Biden.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, criticou duramente esta segunda-feira a oposição republicana, acusando-a de jogar um jogo “perigoso” no Congresso quando os Estados Unidos correm o risco de entrar em incumprimento de pagamento da dívida.

“Não se atravessem no caminho”, declarou Biden num discurso proferido na Casa Branca, condenando “a irresponsabilidade” dos republicanos, numa altura em que os democratas se preparam para votar um diploma aumentando a capacidade de endividamento do país, antes da data-limite de 18 de outubro.

O Partido Democrata dispõe de uma maioria demasiado estreita para poder, só com os seus votos, “aumentar o limite da dívida”, uma manobra legislativa que os congressistas republicanos estão decididos a impedir.

Será que posso garantir [que os Estados Unidos não vão atingir o teto da dívida este mês]? Não, não posso garanti-lo. Isso depende de Mitch McConnell (o líder republicano no Senado)”, indicou, reconhecendo que, sem a cooperação dos republicanos, não conseguirá impedir que o país incorra na suspensão de pagamentos este mês.

“Não posso crer que esse será o resultado, porque as consequências seriam demasiado graves”, comentou o Presidente norte-americano, a propósito do iminente incumprimento no pagamento da dívida, que nunca ocorreu na história dos Estados Unidos.

Não cumprir as nossas obrigações de dívida seria uma ferida autoinfligida que arrastaria a nossa economia para um precipício”, advertiu Biden.

Os legisladores já aumentaram ou suspenderam 78 vezes o “limite da dívida” desde 1960.

Trata-se do limite máximo legal autorizado pelo Congresso em matéria de empréstimos. Atualmente fixado um pouco acima dos 28.000 biliões de dólares (cerca de 24.000 biliões de euros), o Departamento do Tesouro estima que será atingido a 18 de outubro.

O Governo teria então, de um dia para o outro, de parar de viver a crédito e cortar na despesa, o que lançaria na recessão um país que há décadas funciona com défices, como um grande número das economias avançadas.

Um incumprimento de pagamento da dívida dos Estados Unidos teria também consequências imprevisíveis no sistema financeiro e na economia internacionais, dominados pelo dólar e alimentados pelos títulos do Tesouro norte-americano.

No entanto, os líderes do Partido Republicano, tradicionalmente favorável à disciplina fiscal, opõem-se a suspender o teto da dívida, e os democratas precisam de pelo menos dez votos republicanos no Senado para poder aprovar a medida.

Estão a ameaçar usar o seu poder para impedir que façamos o nosso trabalho, que é salvar a economia de um acontecimento catastrófico. Penso que isso é francamente hipócrita, perigoso e lamentável”, sentenciou Biden.

“Têm que deixar de jogar à roleta russa com a economia norte-americana”, acrescentou.

O chefe de Estado alertou que uma suspensão dos pagamentos “ameaçaria o estatuto do dólar como a divisa de reserva da qual o mundo depende” e que faria baixar a notação de solvência dos Estados Unidos, além de aumentar “as taxas de juro das hipotecas, créditos automóveis ou cartões de crédito”.

Explicou que, dez minutos antes do seu discurso na Casa Branca, lera uma carta de McConnell em que este lhe pedia que tentasse elevar o teto da dívida só com os votos democratas, através de um mecanismo legislativo chamado “reconciliação”, que permite aprovar de forma excecional projetos com uma maioria simples (mais votos a favor do que contra).

Embora não o tenha descartado completamente, Biden mostrou-se cético quanto a essa possibilidade, porque tal exigiria programar “centenas de votações” no Senado que poderiam “não ter nada que ver com o limite da dívida”.

Assegurou que conversará com McConnell e continuará a negociar para cumprir o objetivo que se propôs atingir: que o Congresso possa aprovar ainda esta semana uma medida que suspenda o teto da dívida.

O Governo só pode emitir dívida até ao limite estabelecido pelo Congresso, que tem o poder de elevar esse teto consoante considere conveniente.

Os Estados Unidos nunca tiveram que recorrer à suspensão de pagamentos da sua dívida soberana, mas estiveram perto em 2011, com Barack Obama na Casa Branca.

Na altura, isso desencadeou um enorme caos nos mercados financeiros, o que levou a que a Standard & Poor’s baixasse a notação de solvência do país.

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Saldo do IVAucher a zeros nos primeiros dias após adesão

Contribuintes acumularam saldo no IVAucher. Chegada a hora de o gastar, saldo aparece a zeros para alguns contribuintes. Valor só é disponibilizado dois dias após a adesão.

Durante três meses pediram fatura com número de contribuinte. Foram acumulando o imposto de valor acrescentando (IVA) no IVAucher, mas com a chegada da fase em que poderiam gastar viram o saldo simplesmente desaparecer. Há contribuintes a serem confrontados com este saldo nulo, situação que, dizem as Finanças, é de natureza técnica, ficando o valor disponível dois dias depois da adesão ao programa.

O montante acumulado em IVA era visível, mas de um momento para o outro o valor disponível para descontar passou a ser de zero para alguns contribuintes. Ao ECO chegaram alguns exemplos de contribuintes que veem zero euros de saldo tanto no portal do E-Fatura como na app, mas também no site da Saltpay, a empresa gestora do programa IVAucher.

Apesar do “montante disponível” ser de zero euros, são indicadas as faturas que foram consideradas para o programa. No caso infra, enviado ao ECO por um dos contribuintes a quem está a ser apresentado um valor de zero euros, o saldo deveria ser, na realidade, de 27,12 euros.

O ECO contactou a linha de apoio da Autoridade Tributária, tendo sido informado de que chegaram outros contactos exatamente com o mesmo problema, tendo sido aconselhado a reportar a situação através do E-Balcão. Questionadas, as Finanças, explicam que se trata de uma questão técnica no período pós adesão ao programa.

“Por motivos de natureza estritamente técnica, o saldo IVAucher poderá ficar disponível para utilização apenas dois dias após o momento da adesão dos consumidores. Durante este período que medeia a adesão e a disponibilidade do saldo para utilização, os saldos são colocados a zero previamente à divulgação do saldo final do consumidor“, diz o Ministério das Finanças ao ECO.

O ministério de João Leão explica que “um contribuinte que tenha consultado inicialmente o seu saldo no Portal das Finanças, por exemplo, que entretanto tenha aderido ao IVAucher e agora tenha verificado que o seu saldo está a zero, encontra-se na fase normal que antecede a disponibilização do saldo final”.

"Por motivos de natureza estritamente técnica, o saldo IVAucher poderá ficar disponível para utilização apenas dois dias após o momento da adesão dos consumidores. Durante este período que medeia a adesão e a disponibilidade do saldo para utilização, os saldos são colocados a zero previamente à divulgação do saldo final do consumidor.”

Fonte oficial do Ministério das Finanças

Este período de dois dias não era do conhecimento público, mas vai passar a ser. “Por forma a garantir a completa apreensão por parte dos consumidores aderentes, será disponibilizada no site www.ivaucher.pt uma mensagem informativa que clarifique que o saldo fica disponível no prazo máximo de dois dias após a adesão“.

Meio milhão de contribuintes registados

O saldo disponível, uma vez passado este prazo de dois dias, já pode ser gasto, devendo ser utilizado até ao final do ano. O desconto do IVA acumulado apenas pode ser feito nos setores abrangidos, sendo que são elegíveis os estabelecimentos de restauração, alojamento e espaços de cultura (cinemas, teatros e outras salas de espetáculo) cujo CAE principal conste da lista do programa, se o comerciante estiver registado no IVAucher.

Estão registados, atualmente, mais de meio milhão de consumidores neste programa criado pelo Governo como forma de incentivar o consumo no pós-pandemia, procurando que as poupanças acumuladas durante os confinamentos possam agora dar um impulso extra à retoma, beneficiando especialmente os setores mais afetados. A forma de identificar os estabelecimentos que já aderiram ao IVAucher é procurar o selo IVAucher nos estabelecimentos de restauração, alojamento e cultura.

Nesses locais, faz-se o pagamento de forma normal, com um cartão dos bancos aderentes. Depois, é do saldo IVAucher do NIF associado ao cartão de pagamento que será descontado o benefício, pelo que o cartão tem de ser do consumidor. Além de usar diretamente os cartões bancários, também poderá utilizar a aplicação para smartphones MB Way, da SIBS, para usufruir dos descontos, bastando que o cartão associado seja de um banco aderente.

Assim, o consumidor paga a totalidade da fatura, e é depois reembolsado até um máximo de 50% do valor da despesa, no prazo de dois dias úteis na conta bancária associada ao cartão de pagamento utilizado. Desta forma, se for jantar a um restaurante e a conta for de 20 euros, o desconto pode ser de até 10 euros, dependendo do saldo que acumulou.

O IVAucher irá devolver aos contribuintes 82 milhões de euros, valor que é cerca de 40% do previsto inicialmente pelo Governo, podendo este montante ser gasto junto dos mais de 4.500 comerciantes que já aderiram ao programa. Este número que corresponde a cerca de 20 mil terminais de pagamento onde já está disponível a possibilidade de utilização do benefício.

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200 mil alunos do secundário foram testados à Covid-19. Taxa de positivos foi de 0,15%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Outubro 2021

Rastreio à Covid-19 em 200 mil alunos do 10.º ao 12.º ano registou uma taxa de 0,15% de casos positivos. Segue-se a testagem dos alunos do 3.º ciclo do ensino básico, que decorre até 15 de outubro.

Cerca de 200 mil alunos do ensino secundário foram testados à Covid-19 nas últimas duas semanas, revelando uma taxa de casos positivos de 0,15%, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Educação.

Entre 20 de setembro e 1 de outubro, “foram realizados perto de 200 mil testes a alunos do 10.º ao 12.º ano, tendo o índice de positividade continuado a revelar níveis muito baixos – 0,15%”, refere em comunicado o gabinete do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Esta foi a segunda fase do calendário de rastreio à Covid-19 que tem sido realizado junto da comunidade escolar desde o início do ano letivo. Na primeira fase de testes, que decorreu de 6 a 17 de setembro, registou-se uma taxa de positividade de 0,12% entre cerca de 180 mil professores e pessoal não docente.

Por fim, a terceira e última fase desta testagem em massa nas escolas tem início esta segunda-feira, com a realização de testes à Covid-19 aos alunos do 3.º ciclo do ensino básico até 15 de outubro.

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#facebookdown. As reações ao apagão no rival Twitter

  • Tiago Lopes
  • 4 Outubro 2021

Com o WhatsApp, o Facebook e o Instagram em baixo, os utilizadores do Twitter não perderam tempo para mostrar a sua criatividade.

As redes sociais WhatsApp, Facebook e Instagram, que pertencem ao grupo administrado por Mark Zuckerberg, estão neste momento em baixo. Vários utilizadores das aplicações estão a sinalizar problemas nas apps, quer na versão móvel, quer na versão web, para computador.

Como já é habitual quando estas aplicações registam falhas, é na concorrência, neste caso no Twitter, que os utilizadores dão conta dos problemas do rival. Os problemas que estão a afetar as aplicações do universo de Mark Zuckerberg são os tópicos do momento no Twitter com as hashtags #whatsapp, #facebookdown e #instagramdown.

 

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