Macron realiza visita de Estado a Portugal no próximo ano

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

António Costa anunciou este sábado que o Presidente francês fará em 2023 uma visita de Estado a Portugal.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou este sábado que o Presidente da França, Emmanuel Macron, fará em 2023 uma visita de Estado a Portugal, e defendeu que os dois países partilham uma visão comum europeia e à escala global.

António Costa falava numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra de França, Elisabeth Borne, no Palácio Foz, em Lisboa, durante a qual não respondeu a uma pergunta sobre se mantinha a confiança política no seu secretário de Estado Miguel Alves na sequência de notícias sobre a ação deste enquanto presidente da Câmara de Caminha.

No próximo ano, teremos a visita de Estado a Portugal do Presidente Emmanuel Macron e, entretanto, os dois governos irão trabalhar para que possamos reforçar cada vez mais as condições de cooperação bilateral, na União Europeia e à escala global. Partilhamos uma visão comum sobre aquilo que deve ser a presença da Europa no conjunto do mundo”, sustentou o líder do executivo português.

Ao nível das relações externas, o primeiro-ministro português referiu-se em particular às relações com os países do continente africano, ideia que foi igualmente mencionada por Elisabeth Borne.

“Juntos continuaremos a trabalhar”, sustentou.

Perante os jornalistas, Elisabeth Borne reforçou depois a tese de que Portugal e França apresentam “uma ambição comum em relação à Europa”.

“Queremos continuar a avançar na governação económica, na transição ecológica e na agenda social. Como afirmou o Presidente Emmanuel Macron desde o primeiro dia, em relação à agressão ilegal da Rússia, estamos dispostos em auxiliar a Ucrânia em todas as dimensões: Económica, humanitária e militar”, destacou.

A primeira-ministra francesa advogou ainda que a força da União Europeia tem de resultar da unidade entre os seus Estados-membros face à Rússia e aos problemas resultantes da intervenção militar por parte do regime de Moscovo na Ucrânia.

“A nossa força resulta da unidade entre europeus. E, desde 24 de fevereiro, essa unidade não esteve em causa. Continuaremos a tomar as medidas necessárias para ajudar o povo ucraniano”, acrescentou.

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França promete a Costa empenho para rápido avanço das interconexões

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

Elisabeth Borne prometeu a António Costa o empenho político do Governo francês no sentido de avançar rapidamente com as interconexões elétricas e do gás à Península Ibérica.

António Costa com a primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, durante a visita ao Museu Nacional de Arte Antiga.António Cotrim/EPA 29 outubro, 2022

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, prometeu este sábado ao líder do executivo português, António Costa, o empenho político do Governo francês no sentido de avançar rapidamente com as interconexões elétricas e do gás à Península Ibérica.

Esta posição sobre as interligações energéticas entre França, Espanha e Portugal foi transmitida por Elisabeth Borne, no Palácio Foz, em Lisboa, numa conferência de imprensa conjunta com António Costa, no âmbito da sua visita oficial a Portugal.

“A França defende o reforço das interconexões elétricas e do gás com a Península Ibérica e na Europa. Tínhamos já um acordo com o nosso vizinho [Espanha] sobre as interconexões elétricas. Recentemente, chegámos a um acordo para as interconexões do gás”, declarou a primeira-ministra francesa.

Além de ter desdramatizado a questão do financiamento europeu em relação aos projetos de interconexões recentemente acordados entre os três governos, Elisabeth Borne disse ter deixado uma garantia ao executivo português.

A França defende o reforço das interconexões elétricas e do gás com a Península Ibérica e na Europa. Tínhamos já um acordo com o nosso vizinho [Espanha] sobre as interconexões elétricas. Recentemente, chegámos a um acordo para as interconexões do gás.

Elisabeth Borne

Primeira-ministra de França

“Assegurei ao primeiro-ministro, António Costa, a nossa determinação no sentido de avançar sobre esta matéria, tal como foi acordado” entre o Presidente Emmanuel Macron e os chefes dos governos de Portugal e Espanha, disse.

Queremos uma Europa mais forte e uma Europa fundada progressivamente na utilização de energias descarbonizadas. Partilhamos o objetivo de os dois países continuarem a proteger os seus povos no atual contexto económico face à explosão dos preços da energia. Defendemos uma ação coordenada e em bloco para obter melhores resultados”, declarou.

Nesta matéria, António Costa salientou que nunca estiveram em causa as interligações elétricas entre França, Espanha e Portugal, assunto em relação ao qual já havia acordo.

“O compromisso político agora encontrado era onde faltava acordo e havia um bloqueio por causa do trajeto da ligação gasífera. Foi encontrado um acordo, mudando a trajetória que atravessava os Pirenéus por uma solução através de uma ligação marítima entre Barcelona e Marselha”, especificou.

Do ponto de vista político, António Costa aproveitou uma vez mais para responder de forma indireta às críticas feitas pelo PSD.

A ligação de gás “é complementar das interligações elétricas, que sempre estiveram previstas e continuam a estar previstas. Houve a necessidade de fazer um acordo onde havia divergência. E onde não havia divergência o acordo foi mantido”, insistiu.

António Costa adiantou, ainda, que a nova rede terá capacidade para “plena utilização por via do hidrogénio”.

“Espero que na próxima reunião já haja um projeto mais formatado, de forma a obtermos o financiamento através do mecanismo europeu de financiamento das interligações. Este não é um projeto para Portugal, Espanha e França, mas a criação de um grande corredor verde para toda a Europa, em particular para apoiar os países do centro e norte da Europa, que estão neste momento a reorientar as suas fontes de abastecimento de energia, tendo em conta a anterior dependência do gás russo”, acrescentou.

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Projeto-piloto da semana de 4 dias arranca em junho em empresas privadas voluntárias

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

Só numa segunda fase, e “mediante evolução satisfatória do piloto”, a experiência da semana de quatro dias de trabalho “deverá ser estendida ao setor público”.

O projeto-piloto da semana de quatro dias arranca em junho de 2023 em empresas privadas voluntárias, com uma duração de seis meses e sem incentivos financeiros públicos, estendendo-se posteriormente ao setor público, se tiver uma “evolução satisfatória”.

De acordo com o desenho do projeto-piloto a apresentar pelo Governo na reunião de quarta-feira da Comissão Permanente de Concertação Social – a que a agência Lusa teve acesso – só numa “segunda fase”, e “mediante evolução satisfatória do piloto”, a experiência da semana de quatro dias “deverá ser estendida ao setor público”.

Isto porque, segundo o executivo, “uma experiência-piloto dirigida a este setor requer adaptação de instrumentos de avaliação dos impactos e estará sujeita a diferentes condicionantes jurídicas e orçamentais”.

“Progressivamente, e num terceiro momento, existe intenção de criar as condições favoráveis para testar um modelo mais ambicioso que envolva um desenho quase-experimental, em que um grupo empresas adotam a mudança e outro grupo servirá de controlo”, lê-se no documento do Governo.

Inicialmente limitada, então, a empresas voluntárias do setor privado, a experiência-piloto da semana de quatro dias terá a duração de seis meses e será “voluntária e reversível”, não tendo as empresas participantes qualquer contrapartida financeira do Estado, que providenciará apenas “suporte técnico e administrativo para apoiar a transição”.

Segundo o executivo, a experiência “não pode envolver corte salarial e tem de implicar uma redução de horas semanais”.

Uma vez que o Estado não oferece nenhuma contrapartida financeira, não será estipulado um número de horas semanais exatas – “podem ser 32 horas, 34, horas, 36 horas, definidas por acordo entre a gestão e os trabalhadores” – mas a experiência tem de “envolver a grande maioria dos trabalhadores” da companhia, “exceto para grandes empresas, onde pode ser testado em apenas alguns estabelecimentos ou departamentos”.

O cronograma do projeto-piloto prevê que nos próximos meses, até janeiro de 2023, decorram os períodos de manifestação de interesse por parte das empresas e sessões de esclarecimento para lhes “explicar como vai decorrer o estudo”, estando a seleção dos participantes prevista para fevereiro do próximo ano.

Entre março e maio será feita a preparação da experiência-piloto, que arrancará, depois, em junho e se prolongará até novembro. Durante o mês de dezembro de 2023 decorrerá “um período de reflexão”, durante o qual “a gestão vai refletir sobre a experiência e determinar se vão manter a nova organização, voltar à semana de cinco dias, ou adotar um modelo híbrido”.

O Governo estabelece ainda que, se a adesão ao projeto-piloto for menor do que 40 empresas, esta se realizará com todas. Já se a adesão for maior, as empresas poderão ser divididas em dois grupos – um de tratamento e outro de controlo – o que permitirá “uma avaliação mais robusta dos efeitos da semana de quatro dias”.

Embora admitindo que o facto de esta experiência partir de uma autosseleção das empresas “pode enviesar os resultados”, o executivo acredita que os resultados do projeto-piloto serão significativos.

De acordo com o Governo, a avaliação do projeto-piloto “vai centrar-se nos efeitos da semana de quatro dias nos trabalhadores e nas empresas”.

Do lado dos trabalhadores, serão medidos “os efeitos no bem-estar, qualidade de vida, saúde mental e saúde física, bem como o seu nível de compromisso com a empresa, satisfação com o trabalho e intenção de permanecer na organização”, sendo igualmente estudado “o uso de tempo dos trabalhadores nos dias de descanso, para perceber onde e como é usado o tempo não-trabalhado”.

Já do lado das empresas, “o foco genérico vai ser na produtividade, competitividade, custos intermédios e lucros”, avaliando-se “os efeitos nas taxas de absentismo de curta e longa duração, na capacidade de recrutamento, na organização de processos internos, em indicadores financeiros e não financeiros de desempenho (por exemplo, queixas de clientes/utentes), na incidência de acidentes de trabalho e no consumo de bens intermédios, quer matérias-primas, quer gastos de energia”.

A avaliação vai ser feita através de inquéritos (antes, durante e depois da experiência), que “serão desenhados para serem comparáveis com as outras experiências internacionais, mas adaptados à realidade portuguesa”, sendo o objetivo “promover o cruzamento dos dados gerados nestes inquéritos com as bases de dados oficiais”.

A experiência-piloto da semana de quatro dias será coordenada por Pedro Gomes, autor do livro “Sexta-feira é o Novo Sábado”, contando ainda com Rita Fontinha, professora associada de Strategic Human Resource Management na Henley Business School da Universidade de Reading, na equipa externa ao executivo.

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Bolsonaro irrita-se com pergunta de jornalista português: “Não falo espanhol nem portunhol”

  • ECO
  • 29 Outubro 2022

Jornalista da RTP pediu um comentário à preocupação de líderes internacionais em relação ao resultado das eleições. Bolsonaro disse não ter percebido a questão: "Não falo espanhol nem portunhol".

A conferência de imprensa de Jair Bolsonaro após o debate com Lula da Silva ficou marcada por uma situação insólita quando o atual Presidente brasileiro disse a um jornalista português que não entendeu a sua pergunta: “Não falo espanhol nem portunhol”.

A pergunta veio do jornalista correspondente da RTP no Brasil, Pedro Sá Guerra, que questionou Bolsonaro sobre o facto de muitos líderes internacionais estarem preocupados em relação ao resultado destas eleições. “Gostava de saber a sua opinião”, disse o jornalista português.

“Não entendi o que você falou”, respondeu Bolsonaro. Pedro Sá Guerra disse que podia repetir a pergunta e foi interrompido pelo Presidente brasileiro, que atirou: “Se você repetir eu vou continuar a não entender. Eu não falo espanhol nem portunhol”.

Apesar de não ter percebido a questão, Bolsonaro respondeu de seguida que teve reuniões com Biden, esteve com Putin e em conversas “com o mundo árabe”.

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Facebook e companhia arrasam com 3,1 biliões de euros do mercado

Desde janeiro, a capitalização bolsista global das cinco principais tecnológicas americanas sofreu um emagrecimento gigantesco. Para alguns investidores, esta é uma boa oportunidade para investir.

A Meta, empresa dona do Facebook, é de longe a tecnológica entre as cinco maiores com o pior desempenho este ano, com as suas ações a desvalorizarem 71% desde janeiro.

A destruição de valor em redor dos cinco cavaleiros tecnológicos dos EUA tem sido de uma dimensão gigantesca. Desde o início do ano, Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet e Meta fizeram desaparecer do mercado acionista cerca de 3,1 biliões de euros, o equivalente a 14 vezes o PIB de Portugal.

É preciso recuar até ao longínquo ano de 2000, em plena explosão da “bolha das dotcom” para assistir a quedas tão vertiginosas num espaço de tempo tão curto entre as tecnológicas. Nas contas dos investidores, este comportamento tem-se traduzido em perdas substanciais. Sobretudo para os acionistas da Meta, o “cavaleiro” desde grupo mais castigado: desde janeiro, as ações da empresa liderada por Mark Zuckerburg acumulam perdas de 71% e estão a negociar no valor mais baixo desde fevereiro de 2016.

A sangria no setor tecnológico americano não tem deixado ninguém para trás. Mas há umas que sofrem mais do que outras. E o rei desse campeonato é a Meta.

E para isso muito contribui o tombo superior a 20% das ações na passada quinta-feira, já após o fecho do mercado, assim que foram divulgados os resultados trimestrais da empresa e mostraram umas contas desastrosas, com destaque para uma queda homóloga de 52% dos lucros no último trimestre acompanhado de um grande descrédito em relação ao projeto do Metaverso.

Este episódio gerou inclusive um momento televisivo único, com o carismático Jim Cramer a pedir desculpa aos telespetadores do seu programa “Squawk on the Street” por em junho ter recomendado a compra das ações da empresa, afirmando que Zuckerberg era “simplesmente imparável”.

A completar o pódio dos maiores derrotados está a Alphabet, dona da Google, que regista uma queda de 35% desde o início do ano e a Amazon, que afunda 40% desde janeiro. A pressão sobre os títulos de ambas as companhias foi particularmente intensa nos últimos dias após a divulgação dos resultados trimestrais.

A Alphabet, após apresentar lucros 17% abaixo do estimado pelos analistas, viu as suas ações caírem cerca de 8% e nos dias seguintes foram alvo de uma maré de downgrades por parte dos analistas que acompanham a empresa. Já a Amazon, apesar de ter mostrado um crescimento trimestral de 15% das receitas, não só os números ficaram abaixo das previsões dos analistas como as projeções reveladas pela empresa de Jeff Bezos para o último trimestre do ano fizeram soar os alarmes dos investidores que rapidamente colocaram ordens de venda no mercado, levando os títulos da Amazon a ensaiar uma queda livre superior a 20% “fora de horas”, colocando as ações a cotar a níveis de dezembro de 2019.

A sangria no setor tecnológico americano não tem deixado ninguém para trás. Mas há umas que sofrem mais do que outras. E o rei desse campeonato é a Meta. A empresa dona do Facebook tem sido de tal forma penalizada pelos maus resultados apresentados este ano que nos últimos cinco anos quem investiu na Meta está hoje a contabilizar perdas de 45%, o equivalente a 11,2% ao ano. Mais nenhuma outra tecnológica deste grupo registou perdas a cinco anos.

Fonte: Reuters. Evolução da cotação das ações.

Prejuízos do presente serão oportunidades para o futuro?

Apesar do claro mau momento que o setor atravessa, é importante não esquecer que estas empresas foram também das que mais valorizaram na última década: em média, por cada 1.000 euros aplicados em 2012 num portefólio composto pelos cinco cavaleiros tecnológicos de Wall Street, distribuído equitativamente, hoje esse investimento traduzir-se-ia em 7.345 euros.

Muitos investidores colocam na balança este feito e o momento atual e a leitura que fazem é que se trata de uma oportunidade única para investir nestas empresas, fazendo lembrar a célere frase de Warren Buffett “tenham medo quando os outros têm ganância. Sejam gananciosos quando os outros têm medo”, que o Oráculo de Omaha escreveu há precisamente 14 anos no The New York Times, em plena crise financeira de 2008.

O argumento é dado pelos fundamentais destas empresas. A Alphabet, por exemplo, está a transacionar com um preço 18,9 vezes os lucros por ação, cerca de um terço abaixo da média dos últimos cinco anos. O mesmo sucede com a Microsoft, que segundo este rácio (conhecido como price earnings ratio) está a negociar com um desconto de 17% face à média dos últimos cinco anos.

Para alguns investidores, estas estatísticas são sinais de excelentes oportunidades de negócio. É certo que muitos hedge funds e grandes investidores do mercado têm despejado no mercado muitas ações das cinco tecnológicas, empurrando a cotação dos títulos para quedas vertiginosas. Apesar de ainda serem uma minoria, são também cada vez mais os investidores deste grupo que recomeçam a construir posições nestas empresas, como adiantou há dias o FT Wealth.

Muitos revelam que encontram um paralelismo entre o período atual com o início do boom tecnológico da década que começou em 2011. “2022 tem sido doloroso”, diz Jason Ingle, co-fundador e sócio da Closed Loop Capital, uma empresa de capital de risco em fase inicial, que refere também que hoje “há algumas das mesmas coisas que se viram em 2011 e 2012, que se revelaram enormes oportunidades em vários setores, e sem esses ativos estarem sobreavaliados.”

Também recentemente, o Bank of America (BofA), num relatório enviado aos seus clientes, revelou que na semana passada o montante investido no mercado de ações pela indústria de fundos de investimento alcançou os 22,9 mil milhões de euros. Citando os dados da plataforma EPFR, que acompanha estes movimentos, os analistas do BofA concluem que se trata do valor mais elevado desde março deste ano.

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Rússia acusa britânicos de sabotarem gasodutos. Londres rejeita “alegações falsas de escala épica”

  • Lusa e ECO
  • 29 Outubro 2022

Ministério da Defesa russo acusou a Marinha britânica de estar envolvida no planeamento, fornecimento e execução do ato terrorista para minar os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2.

O exército russo acusou Londres de estar envolvida nas explosões de setembro que provocaram roturas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, no mar Báltico, concebidos para encaminhar gás russo para a Europa.

“Representantes de uma unidade da Marinha britânica estiveram envolvidos no planeamento, fornecimento e execução do ato terrorista no Mar Báltico a 26 de setembro para minar os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2”, afirmou o Ministério russo da Defesa na rede social Telegram, sem avançar pormenores.

A Rússia tem reclamado repetidamente que não foi incluída na investigação internacional sobre as fugas e explosões no Nord Stream, que ocorreram após uma suposta sabotagem.

Em reação a esta acusação, o Reino Unido negou as “alegações falsas de escala épica” dos russos. “Para esconder a desastrosa invasão ilegal da Ucrânia, o Ministério da Defesa russo está a recorrer a alegações falsas de uma escala épica”, disse um porta-voz do Ministério da Defesa do Reino Unido. “Esta última história inventada diz mais sobre o que está a acontecer dentro do governo russo do que sobre o Ocidente.”

A justiça sueca anunciou sexta-feira a intenção de realizar uma nova inspeção aos gasodutos, assim como o consórcio Nord Stream, que enviou um navio civil sob bandeira russa.

A 26 de setembro, foram detetadas quatro grandes fugas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2 na ilha dinamarquesa de Bornholm, dois na zona económica sueca e dois na Dinamarca.

As inspeções submarinas preliminares reforçaram as suspeitas de sabotagem, pois os vazamentos foram precedidos por explosões.

Desde o conflito na Ucrânia, a 24 de fevereiro, os dois gasodutos, que ligam a Rússia à Alemanha, estão no centro das tensões geopolíticas, provocadas pela decisão de Moscovo cortar o fornecimento de gás à Europa numa suposta retaliação às sanções ocidentais.

Fora de serviço, no entanto, continham gás quando foram danificados.

Duas das quatro fugas descobertas nos gasodutos no Mar Báltico, em águas internacionais, estão na zona económica exclusiva dinamarquesa, com as outras duas na zona sueca.

As investigações feitas até agora pelas autoridades dos dois Estados confirmaram que os danos foram causados por fortes explosões, o que reforça a hipótese de se tratar de atos de sabotagem.

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Príncipe saudita converte-se no segundo maior acionista do “novo” Twitter

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

"Caro amigo 'Chief Twit'", Elon Musk, juntos até o fim", escreveu na sexta-feira Al Waleed na sua conta no Twitter, depois de Musk anunciar a aquisição da rede social.

O príncipe multimilionário saudita Al Waleed bin Talal tornou-se o segundo maior acionista do ‘novo’ Twitter, depois de o magnata sul-africano Elon Musk ter comprado a rede social.

“Caro amigo ‘Chief Twit'”, Elon Musk, juntos até o fim”, escreveu na sexta-feira Al Waleed na sua conta no Twitter, depois de Musk anunciar a aquisição da rede social.

O príncipe saudita disse que transferiu a propriedade das 34.948.975 ações que detinha no Twitter, para o “novo Twitter”, tornando Al Waleed “o segundo maior acionista depois de Elon Musk”.

O saudita rejeitou, em abril, a oferta de Musk, também CEO da Tesla, de 43 mil milhões de dólares (cerca de 40 mil milhões de euros) para comprar a rede social.

“Não acho que a oferta proposta por Elon Musk chegue perto do valor intrínseco do Twitter, dadas suas perspetivas de crescimento”, disse o príncipe na altura.

Depois de se tornar, na sexta-feira, o único dono do Twitter, Elon Musk, tomou as decisões de demitir a direção e sair da Bolsa de Valores de Nova Iorque, além de anunciar uma nova política de moderação de conteúdos.

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Passe gratuito em Lisboa pode ser recarregado no Multibanco a partir de segunda

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

Apesar de o passe ser gratuito, a Câmara de Lisboa salienta que “o carregamento é indispensável, sendo necessário fazê-lo mensalmente, à semelhança dos demais títulos de transporte”.

O recarregamento do passe gratuito para Lisboa poderá, a partir de segunda-feira, ser realizado através do Multibanco pelos maiores de 65 anos e jovens estudantes entre os 13 e 23 anos abrangidos, anunciou a Câmara Municipal.

“A partir de segunda-feira, 31 de outubro, os lisboetas elegíveis para a gratuitidade do passe Navegante urbano (maiores de 65 anos) e do Navegante municipal Lisboa (jovens estudantes aderentes ao 4_18 ou ao sub23) passam a poder recarregar o título no Multibanco, evitando assim quaisquer deslocações aos espaços de atendimento ao cliente dos operadores”, avançou a autarquia lisboeta em comunicado.

Apesar de o passe ser gratuito, a Câmara de Lisboa salienta que “o carregamento é indispensável, sendo necessário fazê-lo mensalmente, à semelhança dos demais títulos de transporte”.

“Na prática, se, até aqui, os maiores de 65 anos e os jovens com idades entre os 13 e 23 anos se viam obrigados a proceder ao carregamento do passe Navegante num espaço de atendimento ao cliente, a introdução desta possibilidade na rede SIBS, vem somar aos mais de 300 agentes Payshop cerca de 12.000 caixas Multibanco, alargando massivamente a rede de carregamento”, destaca.

De acordo com a autarquia, “a disponibilização destes novos serviços de carregamento com assinatura Navegante, desenvolvidos em parceria com a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) enquadram-se na promoção de uma mobilidade cada vez mais eficiente, seja em termos ecológicos, seja em termos económicos e sociais”.

Para este ano, prevê-se que a medida represente uma despesa no montante máximo de 6,266 milhões de euros e, para os anos económicos de 2023, 2024 e 2025, uma verba de até 14,9 milhões de euros para cada ano.

Em 21 de abril, a Câmara de Lisboa aprovou, por unanimidade, a proposta de transportes públicos gratuitos na cidade, que prevê um acordo entre o município e a empresa TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa, válido até 31 de dezembro de 2025, e que estabelece a gratuitidade para jovens entre os 13 e os 18 anos, estudantes do ensino superior até aos 23 anos, incluindo a exceção dos inscritos nos cursos de medicina e arquitetura até aos 24 anos, e maiores de 65 anos, em que o requisito comum para todos é terem residência fiscal no concelho.

A medida começou por estar disponível para os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos a partir de 25 de julho deste ano e alguns dias depois, em 16 de agosto, abriram as inscrições para os estudantes entre 13 e 23 anos, para que pudessem beneficiar dos passes gratuitos a partir do mês de setembro.

De fora deste apoio ficam os alunos de cursos profissionais não contemplados numa lista de estabelecimentos de ensino definidos no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e repetentes do secundário com mais de 18 anos, devido aos critérios definidos numa portaria do Governo.

Relativamente aos maiores de 65 anos, a gratuitidade nos transportes coletivos aplica-se nas redes da Carris, Metropolitano de Lisboa e CP, “em que seja válido o título Navegante Urbano na modalidade ‘3.ª idade’”.

Para estudantes entre 13 e 23 anos, abrange as redes das empresas Carris, Metropolitano de Lisboa, CP e Fertagus, através dos títulos Navegante Municipal nas modalidades 4_18 e sub23, e adesão é para quem tem domicílio fiscal no concelho de Lisboa e que apresentem também a declaração de matrícula emitida pelo estabelecimento de ensino na cidade.

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UE estima ativos russos congelados superiores a 17 mil milhões

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

A UE adotou oito pacotes de sanções contra a Rússia, desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro. Ucranianos querem que o dinheiro "congelado" deve ser redirecionado para a reconstrução pós-guerra.

O comissário de Justiça da União Europeia (UE), Didier Reynders, estimou que as sanções do bloco contra a Rússia pela invasão da Ucrânia levaram à paralisação de ativos de cidadãos russos superiores a 17 mil milhões de euros.

“Estamos a falar dos bens de cerca de 90 pessoas, mais de 17 mil milhões de euros bloqueados em sete estados membros, incluindo cerca de 2.200 milhões na Alemanha”, explicou o comissário belga em declarações aos meios de comunicação do grupo de média alemão Funke.

A UE adotou oito pacotes de sanções contra a Rússia, desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, enquanto os políticos ucranianos insistem que o dinheiro “congelado” deve ser redirecionado para a reconstrução pós-guerra na Ucrânia.

A esse respeito, o comissário estimou que é possível redirecionar, desde que seja comprovado que o dinheiro tem origem em atividades criminosas.

“Nesse caso, é possível canalizá-lo para um fundo de compensação para a Ucrânia“, explicou Reynders, antes de esclarecer que o valor bloqueado “não é nem remotamente suficiente para financiar um processo de reconstrução nacional”.

Da mesma forma, Didier Reynders lembrou que a este montante devem ser adicionados os 300 mil milhões de euros de reservas em moeda estrangeira do banco central da Rússia, um valor que “pelo menos é possível manter bloqueado como garantia de que a Rússia se compromete voluntariamente a participar do processo de reconstrução”.

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📹 HaDEA – O plano “conectar a Europa”

  • ECO
  • 29 Outubro 2022

Tornar a Europa mais ligada digitalmente é uma das prioridades-chave. Apesar desta aparente necessidade de conectividade, existe ainda uma lacuna significativa no financiamento privado e público.

Este financiamento da União Europeia alavanca o investimento privado e público em infraestruturas digitais de interesse europeu comum. A Agência de Execução Europeia da Saúde e do Digital (HaDEA) implementou um financiamento de 1,6 mil milhões de euros entre 2021 e 2027. Saiba mais no vídeo:
http://videos.sapo.pt/DlhLdvIa3US7m9rCVmFN

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Último debate das eleições no Brasil em que ninguém quis perder e cada um falou para os seus

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

Bolsonaro e Lula esgrimiram argumentos e acusações mútuas no último debate antes das eleições de domingo em que cada um falou para o seu eleitorado e onde ninguém quis perder.

Em quase duas horas e meia de debate foram vários os temas abordados por Jair Bolsonaro e Lula da Silva: economia, covid-19, meio ambiente, saúde, criação de empregos, relações com um ex-deputado que na semana passada disparou sobre polícias, aborto, combate à pobreza, constituição e até viagra.

Mas, quando um candidato questionava o outro raramente obtinha resposta sobre o tema específico. Tanto Lula e Bolsonaro preferiram discursar apenas sobre as suas agendas.

Lula começou por acusar Bolsonaro de não ter aumentado o salário mínimo durante o seu mandato e relembrou as subidas constantes durante o seu Governo (2003-2010). “Esse homem, durante quatro anos, não deu um centavo de aumento do salário mínimo”, acusou Lula.

Bolsonaro então fez um anúncio: garantiu para o próximo ano novo salário mínimo de 1.400 reais (265 euros), um aumento de cerca de 35 euros face ao atual.

Depois, cada um acusou o outro de mentiroso: “Não vai responder? Mentiroso”, disse Bolsonaro.

“O povo sabe quem é mentiroso e que você prometeu muita coisa e não cumpriu”, rebateu Lula.

Chegaram depois as acusações de corrupção com Bolsonaro a chamar Lula de “descondenado” e de “bandido”, com Lula, por outro lado, a mencionar alegados casos de corrupção na compra de 51 imóveis com dinheiro vivo por parte da família Bolsonaro.

Você só está aqui porque tem um amigo no supremo tribunal”, disse Bolsonaro acrescentando: “Aqui não tem o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] para te proteger”.

“Porque você não completou as obras e levou água para o Nordeste? Levou foi grana para o seu bolso”, disse Bolsonaro, num apelo aos votos na região nordeste, um ‘bastião’ do Partido dos Trabalhadores.

Fui julgado por um juiz mentiroso, ganhei 26 processos na Justiça Federal, ganhei dois na ONU e ganhei na Suprema Corte. Eu sou um cidadão idóneo. Agora você que tem 35 processos, que um procurador qualquer dia vai procurar e já tem seis criminais. Se prepare. O povo sabe quem é mentiroso, o povo sabe quem é que roubou”, respondeu Lula.

"Fui julgado por um juiz mentiroso, ganhei 26 processos na Justiça Federal, ganhei dois na ONU e ganhei na Suprema Corte. Eu sou um cidadão idóneo. Agora você que tem 35 processos.”

Lula da Silva

O ex-Presidente brasileiro procurou depois ligar o atual Presidente brasileiro ao ex-deputado, apoiante de Bolsonaro, que na semana passada procurou resistir a um mandado de captura emitido pelo STF [Supremo Tribunal Federal] depois de ter publicado uma série de ataques verbais e ameaças contra uma das juízas do Supremo Tribunal.

“Lula, fica aqui rapaz”, pediu Bolsonaro com tom jocoso. Lula respondeu: “Não quero ficar perto de você”.

Jair Bolsonaro passou depois a criticar o Tribunal Superior Eleitoral, sugerindo que os juízes estariam a beneficiar Lula durante o processo eleitoral.

Bolsonaro e a sua campanha alegam que dezenas de rádios deixaram de transmitir a sua propaganda gratuita, à qual todos os candidatos têm direito, uma conclusão assegurada através da contratação de duas auditorias que investigaram o caso.

“Vive todo santo dia a atacar ministros do Supremo Tribunal Federal, todo dia ofende ministros do STF. De vez em quando, vem algum militar do seu governo dizer para você parar com os ataques”, atacou depois Lula.

Bolsonaro voltou depois aos temas conservadores, sobre o aborto drogas e ideologia de género, procurando ligar Lula a esses temas.

Lula, tu és abortista, favorável à liberalização das drogas, ideologia de género”, acusou.

Lula depois leu uma frase alegadamente proferida por Bolsonaro no qual falava em pílulas abortivas. Bolsonaro respondeu: “Isso foi há 30 anos (…). Eu posso ter mudado. Mas você disse há alguns dias que é a favor do aborto. Assuma que você é abortista, Lula“.

"Lula, tu és abortista, favorável à liberalização das drogas, ideologia de género.”

Jair Bolsonaro

O ex-chefe de Estado brasileiro trouxe para o debate a compra excessiva de viagra por parte do Exército brasileiro. Bolsonaro respondeu que o viagra não era só para disfunção erétil e que era para “tratamento de próstata”. De seguida provocou Lula: “Você usa?”

O tema da pandemia também foi utilizado por Lula para atacar Bolsonaro dizendo que um dia teria de pagar pelos milhares de mortes pelas quais foi responsável pela sua política negacionista.

Muitos perderam a vida por causa do comportamento irresponsável do Presidente da República“, disse.

Entre muitos pedidos de resposta quase sempre negados por ambos os candidatos, o mais peculiar foi mesmo um pedido de resposta por parte do mediador.

“Como fui citado também, na dinâmica do primeiro bloco, pelo candidato Bolsonaro, permita-me fazer um esclarecimento muito breve. Eu de facto disse, na entrevista do Jornal Nacional, que o candidato Lula não deve nada à Justiça. Mas, como jornalista, eu não digo coisas da minha cabeça. Eu disse isso baseado em decisões fundamentadas do Supremo Tribunal Federal. Eu queria só fazer esse esclarecimento, lembrando que inclusive algumas dessas decisões são bem recentes”, afirmou o jornalista William Bonner.

Luiz Inácio Lula da Silva venceu a primeira volta das eleições com 48,4% dos votos e Jair Bolsonaro, que procura a reeleição, recebeu 43,2%, pelo que os dois candidatos enfrentam-se numa segunda volta marcada para domingo.

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Musk anuncia criação de um “conselho de moderação de conteúdos” para Twitter

  • Lusa
  • 29 Outubro 2022

O Twitter vai formar um conselho de moderação de conteúdos "com pontos de vista muito diversos", anunciou o novo proprietário da rede social, Elon Musk.

O novo proprietário da rede social Twitter, Elon Musk, anunciou a criação de um “conselho de moderação de conteúdos” que vai ficar incumbido de decidir o restauro de determinados perfis suspensos pela administração anterior daquela plataforma.

“O Twitter vai formar um conselho de moderação de conteúdos com pontos de vista muito diversos. Nenhuma decisão importante de conteúdo ou redefinição de contas será feita antes que este conselho se reúna”, escreveu Musk naquela rede social.

O anúncio foi feito alguns momentos após vários órgãos de comunicação social dos EUA terem ecoado a notícia de que o rapper Kanye West – agora Ye – havia recuperado o acesso à sua conta.

O Twitter decidiu suspender o perfil do cantor no início de outubro após a reprodução de comentários antissemitas.

Os comentários de Ye levaram-lhe ao fim de contratos com várias marcas, incluindo a desportiva alemã Adidas.

Musk – diretor-executivo da Tesla e da SpaceX – concluiu a compra do Twitter por um valor de 44 mil milhões de dólares (valor semelhante em euros) e demitiu os principais gestores.

Desta forma, os acionistas da empresa vão receber 54,20 dólares (cerca de 54,4 euros) por cada ação e a rede social passará a ser propriedade do filantropo, que já anunciou planos para alterar as políticas de moderação de conteúdos do Twitter, apostando numa “maior liberdade de expressão”.

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