Sonae Sierra refinancia 50 milhões de euros na CGD com dívida sustentável

Gestora de centros comerciais da Sonae refinanciou junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) um montante de 50 milhões de euros por via da emissão de obrigações ligadas a critérios de sustentabilidade.

A Sonae Sierra refinanciou parte da sua dívida através da emissão de green bonds, obrigações ligadas a critérios de sustentabilidade. Em causa está uma primeira operação de 50 milhões de euros fechada com a Caixa Geral de Depósitos e organizada pela CaixaBI.

Os dois critérios associados às novas obrigações são as emissões de CO2 da empresa e as taxas de reciclagem dos centros comerciais que detém, explica a Sonae Sierra num comunicado divulgado através da CMVM.

A holding, detida em 70% pelo grupo Sonae, assume o “objetivo de continuar a ligar a sua dívida corporativa a critérios de sustentabilidade”. Outras operações semelhantes estarão, assim, a caminho.

“Esta operação enquadra-se na evolução da estratégia de sustentabilidade da Sonae Sierra e é uma conquista que resulta do esforço do trabalho das nossas equipas. É uma forma de reforçar o nosso compromisso com a neutralidade carbónica até 2040 e o nosso alinhamento com um modelo de economia circular, em linha com as melhores práticas internacionais”, comenta o CFO da Sonae Sierra, Luís Mota Duarte, citado na mesma nota.

A Sonae Sierra detém 44 centros comerciais com uma área bruta locável de 2,3 milhões de m2 em 11 países, incluindo o Colombo, sendo ainda responsável pela gestão ou comercialização de 64 outros centros comerciais. Apesar de se assumir como a “primeira empresa do setor imobiliário em Portugal a emitir” green bonds, a empresa não revela no comunicado o juro que vai pagar nem a penalização que esta subjacente ao incumprimento dos critérios a que se propõe.

Na mesma nota, a Sonae Sierra aproveita para dar alguns dados sobre o caminho que tem feito em direção a uma operação mais sustentável. A empresa garante que “só em 2020, a implementação de medidas de gestão de energia, água e resíduos nos seus ativos tornou possível evitar 15 milhões de euros em custos operacionais”.

Em comparação com 2002, o consumo de eletricidade da Sonae Sierra caiu 66% e a percentagem de reciclagem de resíduos disparou 223%. “Desde 2003, o consumo de água diminuiu 32% e, desde 2005, as suas emissões de CO2 tiveram uma redução de 84%”, conclui o grupo.

Em outro comunicado à CMVM, a Sonae Sierra informa da amortização antecipada de um empréstimo obrigacionista. A empresa “procedeu, nesta data, à aquisição e amortização da totalidade das Obrigações por si emitidas, 500 obrigações próprias no valor de €30 milhões”, refere a nota.

(atualização às 22h02 com novo comunicado à CMVM)

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