Viajante, inventor, pendular… Que tipo de profissional acha que é?
As empresas mudaram e, com elas, as pessoas. As suas necessidades, expectativas e desejos são diferentes. Cabe agora às organizações adaptarem-se, sob pena de perderem competitividade.
A pandemia fez com que o trabalho híbrido ou remoto fosse um modelo muito mais frequente na generalidade das empresas, com várias a adotarem estas novas formas de trabalhar com muito mais naturalidade e a pensarem mantê-las mesmo num cenário pós-pandemia. Mas não foram só as companhias que mudaram. Foram, sobretudo, as pessoas.
As necessidades específicas no que respeita a questões de gestão, local de trabalho, tecnologia e socialização estão diferentes. “Compreender os vários perfis de profissionais pode ajudar as organizações a adaptarem-se melhor e a criarem um ambiente de trabalho mais colaborativo e produtivo”, defende o ManpowerGroup, em comunicado.
Conheça os sete tipos de profissionais que o grupo especializado em recrutamento identifica, e de que forma as empresas podem reter e motivar cada um deles.
Viajantes
Os colaboradores que estão, tipicamente, em funções de liderança ou que requerem viagens frequentes. Nesse sentido, muitos dividem o seu tempo entre o escritório, os escritórios dos clientes e outros espaços, onde podem trabalhar, como por exemplo cafés ou hotéis.
“O equilíbrio entre o trabalho e a saúde, o bem-estar e a família torna-se importante para estes profissionais, especialmente no pós-pandemia. As empresas podem ajudar estes colaboradores, que estão sempre em trânsito, a sentirem-se seguros, proporcionando acesso a espaços de trabalhado partilhado, de acesso controlado, tais como os que oferecem alguns hotéis ou coworks“, assegura o ManpowerGroup.
Nómadas
Já os nómadas ambicionam equilibrar a vida profissional e pessoal, bem como realizar experiências e conhecer pessoas novas. “Tendem a preferir ambientes que alimentam as suas personalidades extrovertidas e sentem-se mais produtivos ao estarem na presença de outros. Estes colaboradores preferem modelos de trabalho mais flexíveis – a partir de qualquer local, como são exemplo os espaços de coworking.”
Para irem ao encontro das suas preferências, as organizações podem dar-lhes a escolher, primeiramente, o modelo em que querem trabalhar – remoto, híbrido ou presencial – e, depois, que país e região querem ter como base, disponibilizando o apoio para a sua recolocação e acesso a espaços de coworking.
Inventores
Os inventores valorizam a colaboração presencial feita em segurança, “sentem falta do escritório como um hub de criatividade e socialização e preferem manter os métodos tradicionais de trabalho, em vez de dependerem apenas dos dispositivos digitais”. Estes profissionais preferem assim espaços que encorajam a inovação, a aprendizagem e a formação de equipas de uma forma que a tecnologia não pode replicar.
Para responder às necessidades destes colaboradores, “as empresas podem oferecer uma abordagem tipo ‘hotelaria’, em que as pessoas reservam um espaço no escritório, permitindo encontros entre pequenos grupos e com maior segurança”, sugere o ManpowerGroup.
Recém-chegados
Para estes, que são os elementos mais recentes da equipa ou aqueles que sentem que perderam parte importante do processo de onboarding, devido ao regime remoto, a ligação presencial é “vital”.
Para que estes profissionais se sintam mais confortáveis na organização e confiantes nas suas carreiras, “as empresas devem oferecer locais físicos para formação e outras oportunidades de aprendizagem”.
Pendulares
Apesar de estarem habituados a realizar deslocações diárias entre casa e o trabalho, num horário tradicional, de cinco dias por semana, os trabalhadores “pendulares” esperam uma maior flexibilidade no pós-pandemia, adianta o ManpowerGroup.
Para estes colaboradores, o incentivo mais acertado pode passar pela criação de espaços de escritório satélite próximos dos locais de residência, para diminuir o tempo e distância da deslocação, destaca a recrutadora. Outra solução é adotar um modelo mais versátil que permita aos colaboradores dirigirem-se ao escritório apenas alguns dias por semana, aquilo que seria a implementação de um modelo híbrido.
Linha da frente
Embora o trabalho dos profissionais da linha da frente — da cadeia de abastecimento, da indústria, dos cuidados de saúde e de outros serviços essenciais — possa envolver tecnologias avançadas, as suas funções são desempenhadas maioritariamente de forma presencial.
“Desta forma, estes colaboradores procuram tecnologias, como por exemplo apps desenhadas à medida, como é o caso da Beekeper, que lhes permitam dar e receber informação sem necessidade de acesso direto aos sistemas e espaços corporativos.”
Rotineiros
Habituados à rotina do dia a dia, estes profissionais preferem um local de trabalho fixo, que lhes proporcione um melhor controlo dos seus horários e melhores níveis de produtividade, como acontece com o teletrabalho. “Esperam ter o menor nível de perturbação possível e poder permanecer no mesmo local”, detalha a empresa de recursos humanos.
“A pensar neste perfil, as empresas podem considerar pacotes de benefícios que incluam equipamento e ferramentas de última geração para tornar o espaço de trabalho em casa confortável e eficiente.”
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Viajante, inventor, pendular… Que tipo de profissional acha que é?
{{ noCommentsLabel }}