Avila Spaces cria “Work City” no Atrium Saldanha. Investimento ronda os 500.000 euros

Em "soft opening" desde dezembro, o Avila Work City está pronto para receber freelancers e trabalhadores remotos, mas também empresas que queiram integrar o coworking nos seus modelos de trabalho.

Em soft opening desde dezembro, o Avila Spaces deu finalmente o pontapé de saída. Depois de cerca de dois meses para ajustar a operação às necessidades dos clientes e proceder a algumas alterações, o Avila Work City, dentro do Atrium Saldanha, está finalizado e já com uma taxa de ocupação que ronda os 80%. Ao contrário do plano inicial, mais do que freelancers e trabalhadores remotos, o espaço atrai empresas que usam o cowork como uma espécie de terceiro espaço, complementando o modelo de trabalho híbrido que implementaram. O projeto implicou um investimento de 500.000 euros.

“Achámos prudente ter uma fase de soft opening, depois de obras de adaptação de um espaço concebido inicialmente para o retalho. Estamos muito satisfeitos com os resultados deste projeto e a atual taxa de ocupação de cerca de 80% excedeu as nossas expectativas iniciais”, diz Carlos Gonçalves, CEO da Avila Spaces, à Pessoas.

Desde dezembro até agora foram feitos alguns ajustes ao plano inicial, sobretudo ao nível do lay out do espaço, que, inicialmente, tinha sido quase exclusivamente concebido para freelancers e trabalhadores remotos. “Tivemos necessidade de responder a uma grande procura por parte de empresas nacionais e estrangeiras que procuram os espaços de cowork para colocar em prática os seus modelos híbridos de trabalho”, conta.

Entre os clientes corporativos, Carlos Gonçalves diz que o espaço já conta com a presença de empresas dos mais diversos setores de atividade, bem como de diferentes dimensões, desde startups a multinacionais, sem detalhar nomes de companhias. Em comum têm a necessidade da centralidade e acessibilidade, algo que os espaços de cowork podem facilmente solucionar. “Nos dias de hoje, o tempo é o bem mais valorizado pelas novas gerações, que se recusam a despender mais do que 30 minutos na deslocação para o escritório”, refere.

O cowork já não é um exclusivo dos freelancers e das startups. A pandemia veio acelerar várias tendências e hoje temos empresas de diversas dimensões que se instalam em espaços como o nosso, não só por uma questão de racionalização de custos, mas porque já perceberam que as soluções flexíveis que oferecemos podem constituir um fator de atração e retenção de talento.

Carlos Gonçalves

CEO da Avila Spaces

Mas, estas empresas procuram também o conforto e as facilidades do espaço (ergonomia, cafetaria gratuita, áreas de relaxamento, booths para reuniões e chamadas privadas) e, ainda, espaços onde possam realizar certos eventos sociais e de networking.

Dos freelancers e startups às multinacionais

“O cowork já não é um exclusivo dos freelancers e das startups. A pandemia veio acelerar várias tendências e hoje temos empresas de diversas dimensões que se instalam em espaços como o nosso, não só por uma questão de racionalização de custos, mas porque já perceberam que as soluções flexíveis que oferecemos podem constituir um fator de atração e retenção de talento”, defende o CEO da Avila Spaces.

Aos poucos, e com o regresso aos escritórios e a uma certa “normalidade”, as organizações começam a implementar estratégias de modelo híbrido, as quais conjugam na perfeição com este tipo de espaços. “Temos empresas que adquirem ‘packs de dias’ para os seus funcionários utilizarem o cowork, fugindo do isolamento do home office e aumentarem o foco e a produtividade; até empresas que arrendam salas de reunião durante um dia por semana ou dois dias por mês para realizarem sessões de trabalho com as suas equipas que estão dispersas geograficamente, de forma a manterem a cultura e a conexão emocional entre os seus elementos”, conta.

Muitas destas empresas optaram por não ter espaço de escritório permanente, outras reduziram espaço como consequência do teletrabalho“, acrescenta Carlos Gonçalves.

Já com alguns casos de sucesso lá fora, nomeadamente nos Estados Unidos e no Reino Unido, a integração de espaços de cowork em centros comerciais (o chamado “Work City”) acabou por ser uma tendência reforçada no período da pandemia, com a necessidade de reinvenção dos espaços comerciais, mas também dos centros de escritórios e espaços de cowork, que se depararam (e continuam a deparar) com novos hábitos de consumo, novos segmentos e, sobretudo, novas formas de trabalhar.

“Por um lado, os espaços comerciais encontram uma nova forma de gerar tráfego e rentabilizar zonas que ficaram vagas com o fecho de lojas, para além de oferecerem soluções de trabalho flexíveis e salas de reunião partilhadas a lojistas e empresas que ocupam grandes áreas de escritórios; por outro, a integração de um cowork numa galeria comercial permite oferecer diversas mais-valias aos utilizadores, que passam a ter acesso a mais opções para ocupar tempos livres e fazer pausas”, explica.

O investimento no Avila Work City foi de 500.000 euros, valor que inclui obras de adaptação, equipamentos, tecnologia, mobiliário e recursos humanos. A empresa diz estar “a avaliar algumas oportunidades de expansão”, sem revelar ainda localizações. O principal objetivo este ano é “consolidar a operação no Atrium Saldanha”.

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