Energéticas e bancos russos em queda livre, rublo afunda

Caos, medo, vertigem: o crash na bolsa de Moscovo depois de iniciada a ofensiva militar em território ucraniano. A moeda russa também está sob pressão.

A bolsa de Moscovo chegou a afundar 50% esta manhã, com os investidores a castigarem fortemente os títulos das energéticas e dos bancos, que estiveram a perder metade do valor numa questão de poucas horas. Também a moeda russa está sob intensa pressão e cai para mínimos de sempre.

O crash no índice MOEX obrigou a que as negociações fossem suspensas temporariamente quando estava a cair mais de 30%. A suspensão foi levantada pouco tempo depois e os investidores voltaram a despejar ações no mercado, levando o índice cair perto de 45%. Há poucos minutos estava a recuar cerca de 25%.

Não há “sobreviventes” na razia que se está a fazer sentir nas ações russas. Energéticas Rosneft e Gazprom estiveram a perder metade do valor, uma queda vertiginosa que nem a subida do petróleo e do gás natural está a ser capaz de impedir. O Sberbank e o Bank VTB afundam mais de 30%.

O índice RTS já esteve a cair 49% para 610,33 pontos, quando tinha fechado a sessão anterior nos 1.204,11 pontos.

O rublo também está sob pressão e atingiu um mínimo histórico esta quinta-feira, negociando nos 89,98 por dólar.

Face à desvalorização da moeda, o banco central russo está intervir no mercado para dar suporte ao rublo e à banca, aumentando a oferta de dólares nas operações com os bancos dos três mil milhões de dólares para os cinco mil milhões e anunciando um leilão de 874 mil milhões de rublos para dar liquidez aos bancos. Também decidiu alargar a lista de títulos que aceita como colateral para fornecer liquidez ao sistema.

As forças russas atingiram com mísseis várias cidades ucranianas nas últimas horas e as forças estão a avançar na costa Sul esta quinta-feira, de acordo com os oficiais e vários media, depois de o Presidente Vladimir Putin ter autorizado o que chamou de operação militar especial. Já há relatos de mortes e vítimas. Bruxelas já prometeu sanções “pesadas” contra Moscovo.

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