Novas contratações saltam 7% na UE no terceiro trimestre
Foram quase oito milhões os europeus que iniciaram funções em novos empregos, entre junho e setembro de 2021. Em causa está um salto em cadeia de 7%.
Quase oito milhões de europeus começaram a exercer funções num novo emprego, no terceiro trimestre de 2021. Em causa está um salto em cadeia de 7%, que é explicado, pelo menos, em parte pela evolução da crise pandémica, indicam os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.
“No terceiro trimestre de 2021, o número de pessoas com 20 a 64 anos que começaram um novo trabalho na União Europeia (pessoas que iniciaram funções no seu emprego atual) quase chegou aos oito milhões, o que representa um aumento de 7% face ao segundo segundo trimestre de 2021″, nota o gabinete de estatísticas europeu, detalhando que os homens conseguiram ter um peso ligeiramente mais significativo entre as novas contratações do que as mulheres (4,1 milhões de homens contra 3,9 milhões de mulheres).
Por outro lado, o Eurostat sublinha que a distribuição das novas contratações por atividades económicas não coincide com a registada ao nível do emprego total. Por exemplo, 24% dos europeus que iniciaram funções num novo emprego ocuparam vagas ligadas aos serviços e vendas, quando tais atividades representam apenas 16% do total de pessoas empregadas, no terceiro trimestre de 2021.
Este foi, de resto, o setor com mais novas contratações, entre junho e setembro, o que é explicado pela evolução da crise pandémica, uma vez que, nesse período, houve um alívio das restrições, abrindo-se caminho ao recrutamento de mais trabalhadores.
Em contraste, ainda que representem 21% do emprego total, os chamados profissionais ocuparam apenas uma fatia de 16% das novas contratações.
Esta sexta-feira, o Eurostat também publicou uma nota sobre as atividades com maior representatividade feminina, em antecipação ao Dia da Mulher.
De acordo com os dados agora conhecidos, no terceiro trimestre, havia mais mulheres do que homens a trabalhar, por exemplo, em atividades ligadas aos domicílios, como o trabalho doméstico. Também na saúde, nas atividade sociais, na educação, no alojamento e restauração, as finanças e nos seguros, a representação feminina ultrapassava a masculina.
Em contraste, as mulheres representavam, no terceiro trimestre, apenas 10% dos trabalhadores da construção e 13% dos trabalhadores das minas e pedreiras.
“Desde o terceiro trimestre de 2011, a presença de mulheres aumentou de modo mais significativo no setor da eletricidade, gás, vapor e ar condicionado, passando de 22% para 28%. O acréscimo mais expressivo deu-se durante a pandemia, com uma subida de quatro pontos percentuais entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2021″, acrescenta o Eurostat.
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