Bolsa em queda e juros aliviam de máximos da pandemia

PSI inverteu para terreno negativo com agravar as tensões na Ucrânia. Petróleo puxa pela energia, mas índices europeus também estão em queda. Os juros da dívida aliviam após dia de pressão.

Com a EDP Renováveis e o BCP a cederem mais de 2%, a bolsa de Lisboa inverteu para terreno negativo na sessão desta quarta-feira, que está a ser marcada por um alívio nas taxas de juro das obrigações da Zona Euro, depois do puxão que tiveram ontem por causa dos comentários do presidente da Reserva Federal americana.

O PSI, o principal índice português, cai 0,67% para 5.781,97 pontos, com 11 das 15 cotadas abaixo da linha de água e onde se destacam os desempenhos negativos da EDP Renováveis e do BCP, com quedas de 2,46% e de 2,27%, respetivamente. No caso do banco liderado por Miguel Maya, as ações corrigem depois dos ganhos de 7% na sessão anterior.

Entre os pesos pesados nacionais, também a EDP está em baixa de 1,39% para 4,317 euros, enquanto Galp e Jerónimo Martins registam subidas de 1,77% e 0,79% e amparam as quedas na praça nacional.

Galp em alta

O cenário na Europa não é melhor. Há pouco apetite pelo risco, como demonstra a queda de 0,54% do índice de referência europeu Stoxx 600, com o setor das utilities, tecnologia e banca sob maior pressão vendedora. Madrid, Paris, Frankfurt e Milão também observam perdas entre 0,5% e 1%.

“O setor energético destaca-se pela positiva, impulsionado pelas valorizações dos preços do crude e do brent, perante notícias sobre potenciais sanções ao petróleo russo. De realçar que o Presidente norte-americano e os aliados irão reunir-se amanhã em Bruxelas e devem anunciar novas sanções contra Moscovo e novas medidas destinadas para impedir que o Kremlin evite as sanções existentes”, explicam os analistas da sala de mercados do BCP.

Entretanto, depois da sacudidela da última sessão, os juros da dívida dos governos da Zona Euro aliviam ligeiramente. A taxa associada às obrigações portuguesas baixa da fasquia dos 1,3% (tinha superado essa barreira ontem pela primeira dez desde o início da pandemia) e a yield das bunds – a referência dos investidores – cai para um nível abaixo dos 0,5%.

Comentários mais agressivos do presidente da Fed, Jerome Powell, deram um puxão aos mercados obrigacionistas, mas os investidores estão hoje mais calmos.

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