Portugal bate recorde ao ter preço mais baixo de energia mundial no leilão solar flutuante

Um lote atingiu a tarifa mais baixa do mundo, de -4,13 €/ MWh, que é "equivalente a um desconto de 110% à tarifa de referência fixada inicialmente pelo Governo", adianta o Ministério do Ambiente.

No leilão solar flutuante realizado esta segunda-feira, Portugal bateu um novo recorde ao registar o mais baixo preço de energia mundial, segundo anunciou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática. A EDP Renováveis foi a que assegurou mais capacidade adjudicada, enquanto a Finerge conseguiu três lotes.

Neste leilão, “foram atribuídos 183 megawatts (MW), dos quais cerca de 56% foram adjudicados na modalidade de Contrato por Diferenças (103 MW) e os restantes por Compensação ao Sistema Elétrico Nacional (80 MW)”, adianta o Ministério. É nesta modalidade que um lote atingiu a tarifa mais baixa do mundo, no valor de -4,13 €/ MWh, que é “equivalente a um desconto de 110% à tarifa de referência fixada inicialmente pelo Governo”. “Esta tarifa é cerca de 137% inferior à tarifa mais baixa obtida no leilão solar de 2020, considerada à data a mais baixa do mundo (11,14 €/ MWh)”, acrescentam.

A EDP tinha já anunciado esta terça-feira que, através da EDP Renováveis, obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MVAs no Alqueva, no leilão de solar flutuante em Portugal, com um CfD (contrato por diferenças) de -€4/MWh por um período de 15 anos.

Já a Finerge venceu três lotes neste leilão, correspondentes às albufeiras de Paradela (13 MW), Salamonde (8 MW) e Vilar-Tabuaço (17 MW), naquela que foi a primeira vez em que conseguiu assegurar um lote num destes leilões.

Com esta fase do leilão já concluída, o Ministério dá conta de “ganhos para os consumidores de eletricidade na ordem dos 114 milhões de euros a 15 anos, o que equivale a cerca de 7,6 milhões de euros/ ano”. Tal traduz-se num ganho unitário de cerca de 620 mil euros por cada MW adjudicado (15 anos).

Na modalidade de Compensação ao Sistema Elétrico Nacional (SEN) a contribuição média ponderada foi de aproximadamente 47,4 mil euros por MW/ ano, “o que se traduz numa receita fixa e garantida para o SEN na ordem dos 4 milhões de euros/ano”.

Existe ainda um lote, em Castelo de Bode, que apenas teve um licitante, sendo que o concorrente dispõe agora de um prazo de cinco dias úteis para fazer uma oferta de licitação melhorada. Se a oferta corresponder a um valor igual ou superior ao Valor Atual Líquido médio ponderado das ofertas adjudicadas para os diversos lotes submetidos a leilão, “a Direção-Geral de Energia e Geologia deve atribuir ao concorrente o volume de capacidade de injeção indicado na sua oferta para o lote em causa”.

O Ministério agora liderado por Duarte Cordeiro sinaliza que “este é mais um passo na intensificação do aproveitamento dos recursos solares nacionais e na consolidação da aposta de fontes renováveis”.

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