Bolsas norte-americanas fecham no “vermelho” com inflação em foco

As bolsas norte-americanas encerraram a sessão no "vermelho" com os investidores a temerem que a Fed tenha de apertar ainda mais do que o previsto a política monetária para combater a inflação.

Os principais índices norte-americanas terminaram a sessão desta terça-feira em terreno negativo, numa altura em que os investidores temem que a inflação possa acelerar e que os preços do petróleo estão em alta.

O S&P 500 desvalorizou 0,68% para 4.129,87 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuou 0,72% para 32.973,90 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,39% para 12.083.82 pontos. Ainda assim, em termos mensais, o balanço é positivo para o S&P 500 e para o l Dow Jones, que avançaram 0,01% e 0,04%, respetivamente, ao passo que o Nasdaq caiu 2,05%.

Esta terça-feira, o presidente dos EUA reuniu-se com o presidente da Fed e com a secretária do Tesouro dos EUA, numa altura em que a taxa de inflação do outro lado do Atlântico toca máximos de 40 anos. À saída, o porta-voz da Casa Branca sinalizou que Joe Biden garantiu que não vai influenciar as decisões da Fed, que a “reunião foi muito construtiva” e que foram ainda abordadas as previsões de crescimento económico global.

Os investidores estiveram ainda a digerir as declarações de Christopher Waller, membro do Conselho de Governadores da Fed, que admitiu na segunda-feira que o banco central deve estar preparado para aumentar as taxas de juro em meio ponto percentual em todas as reuniões até que a inflação seja definitivamente controlada. Estas declarações fizeram disparar as yields norte-americanas, que tocaram máximos de uma semana.

Em foco nesta sessão esteve também a subida dos preços do petróleo, depois de a União Europeia (UE) ter chegado a um acordo para banir as importações do “ouro negro” à Rússia, exceto os fluxos via oleoduto, estando em causa cerca de dois terços das importações europeias a partir do país de Vladimir Putin.

Esta terça-feira foi ainda revelado que alguns membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estão a discutir a hipótese de suspender a Rússia de participar num acordo de produção de petróleo, segundo a Reuters. Por outro lado, os investidores também percecionam um aumento da procura, com algum alívio de restrições da Covid-19 na China.

Foram ainda divulgados dados relativos à confiança dos consumidores nos EUA, que recuou ligeiramente em maio, penalizada pela inflação e pela subida das taxas de juro, que forçou os americanos a tornarem-se mais cautelosos nas suas compras, principalmente nos bens de maior valor, como carros e casas.

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