Dados económicos não são suficientes para tirar Wall Street do “vermelho”

Os bons dados económicos não foram suficientes para afastar o receio dos investidores relativo a um postura mais agressiva por parte da Fed na condução da política monetária para conter a inflação.

As bolsas norte-americanas terminaram a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, invertendo a tendência do arranque, apesar dos bons dados económicos revelados na economia norte-americana.

O S&P 500 desvalorizou 0,67% para 4.104,35 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuou 0,47% para 32.833,87 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,59% para 12.010,17 pontos.

Dados divulgados esta quarta-feira mostram que apesar de as ofertas de emprego nos Estados Unidos terem recuado em abril, estas permanecem em níveis elevados, numa altura em as empresas enfrentam falta de mão-de-obra e elevados custos de produção. Ao mesmo tempo, foram ainda divulgados dados relativos à atividade industrial que revelam que este indicador acelerou mais do que o esperado em maio, aliviando as preocupações relativas sobre uma recessão iminente.

Apesar dos bons dados económicos, os receios relativos a uma postura mais agressiva por parte da Fed para conter a inflação continuam a pairar sobre os mercados. Na segunda-feira, Christopher Waller, membro do Conselho de Governadores da Fed, admitiu que o banco central deve estar preparado para aumentar as taxas de juro em meio ponto percentual em todas as reuniões até que a inflação seja definitivamente controlada.

Entre as cotadas que se destacaram nesta sessão esteve a Meta, dona do Facebook, cujas ações caíram 2,58% para 188,64 dólares, no dia em que foi conhecido que Sheryl Sandberg vai deixar de ser chief operating officer (COO) da companhia.

Por outro lado, os títulos da Victoria’s Secret avançaram 8,93% para 44,89 dólares, após a marca de lingerie ter registado lucros acima do esperado pelos analistas no primeiro trimestre deste ano.

Também a Salesforce avançou 9,88% para 176,07 dólares, após ter anunciado que as receitas cresceram para 7,41 mil milhões de dólares (6,9 mil milhões de euros) no primeiro trimestre do ano fiscal de 2022-2023, que terminou a 30 de abril, o que representa um aumento de 24% face ao período homólogo. Estes resultados também superaram as expectativas dos investidores.

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