Há mais mulheres no desemprego que não procuram trabalho do que homens
"Doença ou incapacidade" e "outros motivos" são as principais razões que inibem 10,8% das mulheres portuguesas de procurar emprego. Apenas a Eslovénia e a Suécia têm valores mais baixos.
Em 2021, a percentagem de mulheres na União Europeia (UE), entre os 25 e os 54 anos, fora da força de trabalho que não procuravam emprego era muito superior ao valor registado no caso dos homens: 18,5% versus com 8,2%. Portugal, onde a diferença não é tão acentuada, está no top 3 dos países mais igualitários a este nível: 10,8% (mulheres) comparado com 7,6% (homens). “Doença ou incapacidade” e “outros motivos” são as principais razões que inibem as mulheres portuguesas de procurar emprego, revela o Eurostat esta quarta-feira.
Um total de 3,2 pontos percentuais (p.p) separam a percentagem de mulheres e a de homens em Portugal desempregados que não procuram trabalho. No caso das mulheres, “outros motivos” (3,7%), “doença ou incapacidade” (3%), “responsabilidades de cuidados” (2,2%) e “outros motivos familiares” (1,7%) são as principais razões que impedem o grupo de mulheres de procurar trabalho. No caso masculino, os motivos prendem-se com “outros motivos” (4,1%), “doença ou incapacidade” (3%) ou “responsabilidades de cuidados ou outros motivos familiares” (0,5%).
Os valores registados em Portugal são, ainda assim, bastante mais igualitários do que a média da UE. Apenas a Eslovénia e a Suécia estão em posições mais favoráveis, em primeiro e segundo lugares, respetivamente.
Na ponta oposta, com as proporções mais desiguais, está a Itália, a Roménia e a Grécia. Em Itália, 32,3% das mulheres fora da força laboral não estavam à procura de trabalho, comparando com 12,4% de homens.
De uma forma geral, podem ser observadas diferenças significativas nas razões que homens e mulheres fora da força de trabalho com idades compreendidas entre os 25-54 anos têm para não procurarem emprego. As percentagens de mulheres fora da força de trabalho que não procuraram emprego devido a responsabilidades de cuidados (5,7%) e outras razões familiares (2,9%) foram significativamente mais elevadas do que as dos homens.
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