Petróleo desliza mais de 1% após aumento dos casos de Covid na China

Aumento do número de infeções no maior importador de petróleo do mundo estão a alimentar os receios de que novos confinamentos travem a procura. Preços da matéria-prima estão a descer mais de 1%.

Os preços do petróleo arrancam a semana em queda, depois de ter sido reportado um aumento no número de casos de Covid-19 na China, o maior importador do mundo. Dados que estão a alimentar os receios de novos confinamentos que venham a ser impostos pelas autoridades chinesas, aliados a uma eventual recessão mundial, travem a fundo a procura.

Pelas 7h20 em Lisboa, o petróleo Brent, referência para as importações nacionais, caía 1,28%, para 105,65 dólares, depois de ter acumulado uma descida de mais de 4% na semana passada, provocando uma descida significativa dos preços dos combustíveis esta segunda-feira. Nos EUA, o WTI descia 1,57%, para 103,16 dólares à mesma hora.

Evolução do preço do Brent

Apesar do nervosismo com uma redução da procura por petróleo, os investidores também colocam no outro prato da balança os possíveis constrangimentos do lado da oferta. As atenções estão voltadas para os planos do Ocidente de impor um preço máximo ao petróleo vendido pela Rússia, de forma a travar o financiamento do Kremlin por esta via, sem prejudicar expressivamente a oferta da matéria-prima.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, tinha alertado que novas sanções ao país terão consequências “catastróficas” para o mercado global de energia. Esta segunda-feira é o dia em que Moscovo fecha oficialmente a torneira do gás à Europa via o gasoduto Nordstream 1, alegando uma manutenção programada de dez dias. Uma garantia que não convenceu o Ocidente, com a Alemanha e outros países europeus a temerem que o gás não volte mais a fluir.

“O maior problema para os mercados neste momento — esqueçam as notícias da Covid-19 e do [Presidente dos EUA, Joe] Biden — é saber se o Nordstream volta” a funcionar. Até haver clareza sobre esse mega evento de risco, vamos continuar neste ciclo bom e mau no mercado do petróleo”, disse à Reuters Stephen Innes, managing partner da SPI Asset Management.

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