Lucro da Altri aumenta 56,9% para quase 70 milhões no primeiro semestre

Desempenho da papeleira foi influenciado pelo volume de produção de fibras, pela evolução das vendas e, principalmente, pelo contexto de alta dos preços nos mercados internacionais.

A Altri encerrou o primeiro semestre do ano com um lucro de 69,6 milhões de euros, uma subida de 56,9% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com um comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Desempenho foi “influenciado pelo volume de produção de fibras, pela evolução das vendas e, principalmente, pelo contexto de alta dos preços nos mercados internacionais”.

As receitas totais atingiram 521,7 milhões de euros nos primeiros seis meses, um crescimento de 41,8% face ao mesmo período de 2021, lê-se no documento. No segundo trimestre, as receitas cresceram 37,8% para 272,5 milhões. O EBITDA atingiu os 130,8 milhões de euros, um aumento de 32,7%, sendo que no segundo trimestre ascendeu aos 69,8 milhões.

“Apesar de um ambiente favorável de preços das fibras celulósicas, o ambiente inflacionista de vários custos variáveis limitou a evolução da margem“, diz a empresa. “Ainda assim, o resultado líquido das operações continuadas do Grupo Altri atingiu cerca de 69,6 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2022, um aumento de 56,9% ao comparar com o período homólogo”.

Procura por fibras celulósicas “manteve-se relativamente estável”

A procura por fibras celulósicas “manteve-se relativamente estável” na primeira metade do ano e, “apesar de a procura pela China continuar a ser afetada por fatores já identificados em 2021, que restringem muitas das relações económicas com o país asiático, nomeadamente fatores logísticos e fatores de saúde, continua a assistir-se a um forte dinamismo na restante região da Ásia e Pacífico, na Ásia/África e Oceânia”.

Na Europa Ocidental assistiu-se a um aumento de 3,3% na procura por fibras, uma evolução que, “conjugada com um nível de stocks reduzido no mercado Europeu, continua a impactar positivamente nos preços das fibras curtas (BHKP)”.

A procura global de pasta apresentou um decréscimo de 0,8% até maio de 2022, sendo que a procura por Pasta Hardwood diminuiu cerca de 0,3% em relação ao período homólogo de 2021, de acordo com o PPPC (World Chemical Market Pulp Global 100 Report – May 2022).

A China continua a apresentar um decréscimo (-6,6%), em grande parte explicado por fatores já identificados em 2021 e que continuam a restringir muitas das relações económicas com o país asiático, nomeadamente fatores logísticos (disponibilidade de navios e custos de fretes) e fatores de
saúde (política Zero Covid).

“Dadas as restrições mencionadas, continuamos a ver a tendência iniciada em 2021 de exportações de vários tipos de Papel da China para a Europa serem afetadas, reforçando a posição dos produtores locais de Papel e respetivos fornecedores de matérias-primas”. Houve uma “dinâmica estável” na Europa Ocidental (+3,3%) assim como na Ásia/Pacífico, excluindo a China.

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