Quem é o teletrabalhador português?

Mais de um milhão de portugueses trabalhou a partir de casa, entre abril e junho. Quem são esses trabalhadores? O INE traça um perfil.

Mais de um milhão de portugueses, 20,6% da população empregada, trabalhou a partir de casa durante o segundo trimestre de 2022. Entre os 1.009,3 profissionais que fizeram teletrabalho de início de abril a final de junho, a maioria (30%) fê-lo a 100%, seguindo-se os que o fizeram de forma regular em modelos de trabalho híbrido. E quem são esses trabalhadores? Sobretudo homens, com idades compreendidas entre 45 e 54 anos e que concluíram o ensino secundário ou superior.

Há uma série de variáveis que influenciam a probabilidade e um profissional estar em teletrabalho, como sexo, grupo etário, nível de escolaridade completo, região de residência, situação na profissão, aponta o INE. E tendo por base um grupo de comparação para cada variável – sexo masculino; grupo etário dos 16 aos 24 anos; nível de escolaridade completo, no máximo, até ao 3.º ciclo do ensino básico; Região Autónoma da Madeira; conjunto dos trabalhadores por conta própria e trabalhadores familiares não remunerados; conjunto dos sectores primário e secundário; grupos profissionais 5 a 9, incluindo as Forças Armadas –, o INE conclui que a probabilidade das mulheres estarem em teletrabalho é menos em 1,3 pontos percentuais (p.p.).

A probabilidade de trabalhar a partir de casa é crescente com a idade, sendo superior para os grupos etários dos 45 aos 54 anos (2,4 p.p.) e dos 55 aos 64 anos (3,2 p.p.) face ao grupo dos 16 aos 24 anos; sendo mais elevada para as pessoas que concluíram o ensino secundário (+3,1 p.p.) ou superior (11,7 p.p.) do que para aquelas que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico.

Em termos de região, é 2,8 p.p. mais elevada na Área Metropolitana de Lisboa do que na Região Autónoma da Madeira.

E no que toca ao tipo de relação contratual é inferior em 2,1 p.p. para os trabalhadores por conta de outrem do que para os trabalhadores por conta própria ou trabalhadores familiares não remunerados.

No que toca ao tipo de atividade laboral, o grupo profissional dos especialistas das atividades intelectuais e científicas consegue aumentar a probabilidade de fazer teletrabalho em 8 p.p. Seguem-se os técnicos e profissionais de nível intermédio e os representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos (7,0 p.p.), Técnicos e profissões de nível intermédio (5,7 p.p.) e Pessoal administrativo (3,4 p.p.), revela o INE.

No lado oposto estão as Forças Armadas, os trabalhadores não qualificados e os operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem.

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