Pensionistas da Segurança Social recebem pensão e meia até 8 de outubro. Pensionistas da Caixa Geral recebem a 19 de outubro
O primeiro-ministro garantiu que “não há truque nenhum” nas pensões, mas sim “um suplemento extraordinário que pagamos em outubro”. Costa não quer "discutir qual vai ser o aumento em 2024”.
O primeiro-ministro revelou que os pensionistas da Segurança Social vão receber o suplemento extraordinário correspondente a meia pensão até 8 de outubro, ao passo que os reformados que recebem a reforma através Caixa Geral de Pensões receberão o bónus até 19 de outubro.
“Até ao próximo dia 8 de outubro todos os pensionistas da Segurança Social receberão pensão em meia. No dia 19 de outubro todos os pensionistas da Caixa Geral de Pensões receberão pensão e meia”, disse o primeiro-ministro, António Costa, em entrevista ao Jornal das 8, na TVI.
O primeiro-ministro garantiu ainda que nenhum pensionista vai ficar a perder comparativamente com os restantes portugueses que vão receber o cheque de 125 euros, destinado a não pensionistas com rendimentos mensais brutos até 2.700 euros. “Creio que não há nenhuma pensão em que o suplemento extraordinário seja inferior aos 125 euros”, acrescentou o Chefe de Governo, acrescentando que “não há truque nenhum”, mas sim “um suplemento extraordinário que pagamos em outubro”.
“O que não poderíamos fazer de forma responsável era ter um ano de inflação absolutamente extraordinário e atípico, como este, e transformá-lo num efeito permanente”, disse António Costa, que insistiu ter sido muito “claro” na sua intervenção sobre pensões ao garantir que “até ao final de 2023, os pensionistas recuperarão o poder de compra perdido este ano”. No ano seguinte, o primeiro-ministro diz que não se vai “pôr neste momento a discutir qual vai ser o aumento em 2024”.
Além disso, António Costa revelou ainda que o Governo apresentou uma proposta à Assembleia da República (AR) que “será discutida na próxima sexta-feira para fixar o montante das pensões para 2023”. “Se nós aplicássemos sem mais a lei, sem esta alteração que vamos propor à AR especificamente para 2023, nós introduziríamos como um acréscimo permanente no sistema de pensões mais dois mil milhões de euros”, afirmou o primeiro-ministro, voltando a referir-se à necessidade de assegurar a estabilidade da Segurança Social.
Desde 2015, disse, o Governo socialista conseguiu acrescentar 26 anos à sustentabilidade da Segurança Social, mas se esses dois mil milhões se tornassem um valor permanente – na aplicação estrita da lei, em 2023 –, “o país perdia 13 anos de pensões”. Para António Costa “isto não seria justo, equilibrado e responsável”.
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