Procura por transportes públicos aumenta até agosto mas ainda aquém dos valores pré-pandemia
Apesar de ter aumentado 83% face a 2021, o MAAC revela que a procura ainda se encontra 23% abaixo daquela verificada em 2019.
A procura por transportes públicos continuou a aumentar nos primeiros oito meses deste ano, tendo registado um crescimento de 83% no número de passageiros no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Soflusa/Transtejo, face ao ano passado. Ainda assim, os valores não ultrapassam os números pré-pandemia.
De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira, pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), os valores sugerem que apesar de a recuperação ter-se mantido pelo oitavo mês consecutivo, ainda se encontra longe dos números verificados em 2019, altura em que a operação destes transportes não se encontrava condicionada pelas restrições da covid-19, tal como se verificou em 2020 e 2021.
“Apesar do acréscimo do número de passageiros, a procura por estes meios de transporte coletivos ainda está aquém da verificada no período homólogo de 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia de covid-19″, lê-se no comunicado do Governo.
Por exemplo, em Lisboa, o metro contabilizou, nos primeiros oito meses de 2019, 117.796 passageiros e, no mesmo período de 2022, o total de passageiros situou-se nos 84.358, ou seja, menos 28%. O mesmo aconteceu com o Metro do Porto e a Soflusa/Transtejo, ainda que a variação no número de passageiros entre 2019 e 2022 tenha sido inferior (-9% e -20%, respetivamente). Feitas as contas, o número total de passageiros verificado até agosto de 2022 traduziu-se numa quebra de 23% quando comprado com o período homólogo de 2019.
Tal como nos últimos três anos, maio continuou a ser em 2022 o mês com o maior número de passageiros, 19.623, enquanto janeiro foi o período onde a procura mais abrandou, tendo sido contabilizados 13.003 passageiros.
Recorde-se que no âmbito de impulsionar a utilização de transportes públicos, numa altura em que a inflação pressiona o rendimento dos portugueses, o MAAC avançou com um congelamento às tarifas dos passes até ao próximo ano, “assegurando a devida compensação às empresas que prestam o serviço e às autoridades de transportes”.
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