Goldman Sachs antecipa subida de 22% do petróleo até março de 2023
O corte de dois milhões de barris de petróleo por dia anunciados pela OPEP+ estão na base na revisão em alta do preço do Brent para este e para o próximo ano.
Este ano, a cotação do barril de Brent contabiliza uma valorização de 38%, quando medido em euros. E dificilmente deverá ficar por aqui. De acordo com uma nota de research enviada esta quinta-feira aos seus clientes, o banco de investimento Goldman Sachs reviu em 10 dólares a cotação do barril de Brent para o último trimestre deste ano e para o primeiro trimestre de 2023.
Segundo o documento, os analistas do Goldman colocam agora o Brent a cotar nos 110 dólares no final deste ano e nos 115 dólares no primeiro trimestre do próximo ano. A confirmar-se as previsões do banco de norte-americano, e atendendo que atualmente o barril de Brent está a cotar nos 94,3 dólares, deveremos assistir a uma subida do Brent de 17% este ano e de 22% até março de 2023.
Apesar da revisão em alta, os valores previstos pelos analistas do Goldman estão abaixo dos máximos alcançados este ano em março, quando o Brent chegou a ser negociado acima dos 130 dólares.
Na base da nova previsão dos analistas do banco norte-americano está a decisão da OPEP+ (países produtores de petróleo e seus aliados) em cortar em dois milhões de barris por dia a produção de petróleo até ao final deste ano. Trata-se no maior corte de produção desde a pandemia de Covid-19.
Mas o Goldman vai ainda mais longe. Caso o corte da produção por parte dos países da OPEP+ se prolongue para lá de dezembro, o preço do barril pode registar um incremento imediato de mais 25 dólares às últimas previsões – 140 dólares no primeiro trimestre do próximo ano e 135 dólares como preço médio para 2023.
“Os amortecedores do mercado petrolífero (stocks de armazenamento e utilização de toda a capacidade potencial) permanece a um nível crítico”, alertam os analistas do banco de investimento, sublinhando que “os elevados preços continuam a ser a solução mais viável de longo prazo para aumentar os stocks no curto prazo e incrementar a capacidade de oferta de petróleo a médio prazo.”
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