Exclusivo 60% dos contratos na Sitel Portugal já são remotos. Empresa quer contratar 3.000 pessoas
Atualmente, 60% dos contratos celebrados pela Sitel Portugal já são remotos. Antes da pandemia a percentagem era nula. A companhia pretende contratar 3.000 pessoas em 2023.
Mais de metade dos contratos na Sitel Portugal já preveem o trabalho remoto, abrangendo um total de 2.400 pessoas. Os restantes colaboradores estão a trabalhar num modelo híbrido Sendo que, apenas 300, num universo de cerca de 4.000 pessoas, vão todos os dias ao escritório. A companhia prevê contratar até 3.000 novos colaboradores em 2023.
“Desde o modelo pandémico que iniciamos o contrato work at home, porque percebemos, rapidamente, que iniciava uma nova realidade. Neste momento, temos contrato de work at home com colaboradores a trabalhar full remote. 60% da nossa carteira está nessa modalidade. E 40% dos nossos colaboradores, embora estejam também work at home, já têm um modelo híbrido. Dos 4.000, cerca de 300 estamos presencial, o que é mínimo“, revela a diretora de RH regional de Portugal, Espanha, Grécia e Itália da Sitel, Cristina Teófilo, à Pessoas.
Antes da pandemia, os contratos de trabalho remoto não existiam. “Nunca tínhamos considerado essa possibilidade”, diz. “A pandemia trouxe muita coisa má, mas trouxe também uma nova realidade ao mercado de trabalho. Quando nos apercebemos da dificuldade que era colocar o colaborador a trabalhar a partir de casa, começámos, em termos tecnológicos, a agrupar uma série de requisitos que nos permitiram transferir as pessoas para o seu espaço de casa com regras de segurança que permitem, hoje em dia, que o cliente tenha confiança, porque viu que a segurança na sua rede mantém-se, a produtividade e a qualidade do seu serviço continua igual… E a Sitel inovou rapidamente com sistemas tecnológicos que permitem acompanhar as equipas da mesma maneira, tendo a agilidade que se tem no modelo presencial.”
Ainda assim, Cristina Teófilo mostra-se mais adepta dos modelos híbridos. “Preocupa-me muito a parte social”, admite. “É no meio de trabalho que existe a criação da amizade, da partilha, da entreajuda. (No regime remoto) cada um está no seu quadradinho. Existe, obviamente, um sistema tecnológico que permite, na hora, a gestão e o acompanhamento do colaborador. Existem fóruns para os colaboradores da equipa e equipas transversais comunicarem. Mas não deixa de ser virtual.”
Foi precisamente a pensar nisso, e na promoção do bem-estar dos colaboradores, que a empresa criou o conceito de MAXHub. Estes empower centers, como lhes chama o Sitel Group, são, no fundo, flagship que, não só refletem o fato de que a empresa se está a transformar e a trazer inovação na sua adaptação ao novo modelo de trabalho, mas também garantem o bem-estar dos colaboradores.
No início de outubro, a Grécia inaugurou o seu primeiro MAXHub, em Atenas, e, em Portugal, o escritório do Porto está a sofrer algumas adaptações para tornar-se mais atrativo. Será o primeiro MAXHub a nascer em Portugal. “O colaborador tem de se sentir atraído para vir para a empresa, porque o seu dia a dia já está a ser feito em casa. O trabalho dele é em casa. Qual é a vantagem de ir para a empresa?”, questiona. “Os nossos colaboradores partilharam connosco o que procuram na empresa e, com isso, decidimos virar um pouco o conceito.”
Estamos a trabalhar na criação de benefícios que permitam ao colaborador ter outro tipo de suporte que não seja só o salário, como podem ser parcerias com supermercados ou com outros estabelecimentos de bens de consumo essencial, que ajudem [as pessoas] a fazer face a esse aumento do custo de vida.
A Sitel considera, agora, que os escritórios são plataformas que devem oferecer, sobretudo, conforto. “Obviamente que ele [o colaborador] também o terá em casa, mas ao vir à empresa pode beneficiar de ginásio, salas de formação diferenciadas, espaços para deixar os filhos. Na Grécia, os nossos espaços de trabalho já são menores do que os espaços de lazer.”
Contratar até 3.000 pessoas em 2023
Já no que toca a contratações, os planos para 2023 mantêm-se fortes. “Prevemos contratar entre 2.600 a 3.000 novos colaboradores em Portugal”, avança Cristina Teófilo. O valor está em linha com aquela que tem sido a média de contratações da companhia.
Questionada sobre planos de aumentos salariais, a responsável diz que ainda não há “decisões fechadas”, mas garante que a empresa está a trabalhar para “criar melhores condições para o colaborador”. “O custo de vida, a questão da eletricidade e a inflação são temas que nos preocupam muito. Estamos a trabalhar na criação de benefícios que permitam ao colaborador ter outro tipo de suporte que não seja só o salário, como podem ser parcerias com supermercados ou com outros estabelecimentos de bens de consumo essencial, que ajudem [as pessoas] a fazer face a esse aumento do custo de vida”, conclui.
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