Autoeuropa volta a negociar aumento de salários na próxima semana

Após greve e chumbo de pré-acordo no referendo, administração e comissão de trabalhadores da fábrica de Palmela reúnem-se na próxima segunda-feira para discutir condições.

Administração e comissão de trabalhadores da Autoeuropa vão voltar à mesa das negociações na próxima segunda-feira. A reunião vai decorrer depois do chumbo, em referendo, da proposta de aumento dos salários em 5,2%, com as duas partes a discutir novamente o documento, anunciou nesta sexta-feira a comissão de trabalhadores em comunicado.

No início da semana, foi chumbada, com 51,9% dos votos, a proposta de aumento dos salários com efeitos a partir de dezembro deste ano. A comissão de trabalhadores da Autoeuropa tinha acordado com a administração da fábrica de Palmela no final de novembro um aumento salarial extraordinário de 3,2%, que acrescia aos 2% já acordados, a partir de dezembro.

Ou seja, os trabalhadores chumbaram uma proposta que permitiria a quem ganhou 1.148,50 euros em janeiro — a que acresceram 287,13 euros de subsídio de turno — um aumento para 1.208,50 euros mais 302,13 euros de subsídio a partir de dezembro, num aumento global de 75 euros.

Também para a próxima semana estão previstos plenários pelos sindicatos. Por exemplo, o SITE-Sul, associado à CGTP, convocou reuniões para a próxima terça e quarta-feira. Este sindicato considera que a proposta “tem de ser melhorada” e que “todos os envolvidos neste processo devem tirar as devidas ilações do resultado da votação”.

Antes das negociações, a comissão de trabalhadores pedia um aumento de 5% em dezembro com retroativos a julho e uma nova atualização em janeiro do próximo ano, que tivesse em conta os valores da inflação deste ano e o acordo laboral. Por sua vez, a administração da Autoeuropa comprometeu-se a pagar um prémio extraordinário de 400 euros a todos os trabalhadores no vencimento de dezembro.

Esta é a segunda vez que a administração da Autoeuropa volta à mesa da negociações: no final de novembro, o regresso deu-se depois de uma greve parcial a 17 e 18 de novembro, que motivou uma guerra de números.

Para 2022 está previsto que a fábrica de Palmela consiga o segundo maior número de produção de sempre, atingindo as 230 mil unidades.

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