Secretarias de Estado do Ambiente e Energia separam-se e têm novos rostos

Ana Fontoura Gouveia e Hugo Pires são os novos responsáveis pelas secretarias de Estado da Energia e do Ambiente, respetivamente.

Está confirmado: o lugar deixado vago por João Galamba, ex-secretário de Estado da Energia, vai ser desdobrado em dois – secretaria de Estado da Energia e Clima e secretaria de Estado do Ambiente.

A pasta da Energia é assumida por Ana Cláudia Fontoura Gouveia, como o ECO avançou em primeira mão, e a do Ambiente por Hugo Polido Pires, lê-se numa nota da Presidência. Uma separação que já vinha a ser reivindicada, por se considerar que ambos os pelouros não eram compatíveis.

Aos 40 anos, Ana Fontoura Gouveia é doutorada em Economia pela Nova SBE, onde é Professora Assistente e leciona Finanças Públicas, lê-se na página da faculdade. Nascida na Figueira da Foz, a economista exerce funções de assessora económica no gabinete do primeiro-ministro desde outubro de 2019. Antes da entrada no gabinete político, esteve no Banco de Portugal (2004-2008 e 2018-2019), no Banco Central Europeu (2009-2014), no Ministério da Economia (2015) e no Ministério das Finanças (2016-2017).

Ana Cláudia Fontoura Gouveia, a nova secretária de Estado da Energia e Clima

Hugo Pires assumiu o papel de deputado, pelo PS, desde 2015. Foi coordenador do grupo de trabalho que aprovou a Lei de Bases da Habitação, e fez também parte da Comissão de Ambiente e Energia. Entre 2009 e 2013, foi vereador na Câmara Municipal de Braga, com o pelouro do Urbanismo, Reabilitação Urbana, Juventude e Proteção Civil. É licenciado em arquitetura pela Universidade Lusíada do Porto e tem 43 anos.

Hugo Pires é o novo secretário de Estado do AmbienteHugo Delgado / Lusa

Anteriormente, a secretaria da Energia e Ambiente era chefiada por João Galamba, o qual foi promovido a ministro das Infraestruturas depois de o anterior responsável, Pedro Nuno Santos, se ter demitido na sequência de mais uma polémica da TAP, tutelada pelo mesmo.

O Governo uniu as Secretarias de Estado do Ambiente e da Energia numa única na sua anterior formulação, “um dos aspetos que mereceu uma opinião muito negativa da Zero”, explicava a associação ambientalista esta segunda-feira, em comunicado. Esta quarta-feira, já reagiu, aplaudindo a decisão.

Na opinião da organização, esta junção traduziu-se numa “incapacidade” para dar resposta atempada a temas sobretudo da área do ambiente, como resíduos, qualidade do ar ou avaliação de impacte ambiental. Do lado da energia, assinala, falharam a estratégia nacional de combate à pobreza energética, a aplicação de medidas de poupança energética, a seleção e acompanhamento adequados dos inúmeros projetos de renováveis.

Além do referido, “há muitas matérias claramente conflituantes (…) nomeadamente no que respeita à concertação de aspetos de impacte ambiental com a construção de novas infraestruturas de produção de eletricidade renovável”, aponta a Zero.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h10)

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