Resoluções de ano novo? Maioria dos portugueses deseja um salário superior

A inflação é o principal motivo que justifica o desejo de aumento salarial, seguindo-se a inexistência há muito tempo de uma atualização salarial.

A principal aspiração profissional dos portugueses para 2023 prende-se com aumentar os seus rendimentos. A maioria dos profissionais (64%) gostaria de receber um salário mais elevado este ano, sendo a inflação o principal motivo (56%), seguido pelo facto de não ser alvo de aumento de salário há um período de tempo (20%). Entre os desejos destaca-se ainda o reconhecimento e a felicidade no trabalho, revela um recente estudo da Michael Page.

“O reconhecimento profissional surge como uma situação que gostariam de ver valorizada, com 44% dos inquiridos a desejar mais reconhecimento pelas suas chefias e organizações”, afirma a recrutadora, em comunicado.

Melhorar o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional continua a ser, também, uma prioridade (52%), bem como a formação, outro fator apontado pelos profissionais, com 28% a afirmar que pretende investir no seu desenvolvimento profissional no decorrer deste ano. Paralelamente, a alegria e divertimento no trabalho surge como um dos drivers para 2023, referidos por 28% das pessoas.

Relativamente às horas de trabalho, o estudo mostra que 39% dos profissionais estaria disposto a trabalhar mais horas por semana, “se as condições de trabalho melhorassem”.

Questionados sobre a possibilidade da semana de quatro dias, 68% concorda desde que se mantenham as condições salariais, enquanto 38% aprova, “mas apenas se a chefia ajustar os processos de trabalho”. Por outro lado, 13% dos profissionais consideram a proposta irrealista, “pois implicaria demasiadas mudanças estruturais”.

Na lista das cinco principais expectativas para as chefias em 2023 destacam-se as boas oportunidades de progressão de carreira (42%), boa coesão entre colegas e um horário de trabalho flexível (40%), boas competências de liderança dos seus superiores a par com uma comunicação clara e transparente (32%).

O estudo “Resoluções de Ano Novo”, elaboradora pela Michael Page, reuniu a opinião de 500 entrevistados.

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