BCE avisa Portugal: apoios anti-crise podem agravar inflação
Pacote de apoios às famílias e empresas de Portugal não respeita regras do Banco Central Europeu, revela estudo aos orçamentos do Estado apresentados pelos respetivos países.
O pacote de apoios de Portugal às famílias e empresas está sob mira do Banco Central Europeu (BCE). A entidade liderada por Christine Lagarde entende que a medida não respeita a “regra dos três T”, segundo um estudo divulgado durante esta semana e que avalia os Orçamentos do Estado apresentados pelos países.
A regra do BCE pressupõe que as ajudas sejam bem direcionadas, adaptadas ou desenhadas à medida, e temporárias. No caso de Portugal, a instituição aponta para “riscos de cumprimento parcial” nos progressos na redução do défice e da dívida caso as medidas de apoio relacionadas com a energia não sejam “descontinuadas como planeado”, assim refere o estudo dado a conhecer este sábado pelo Dinheiro Vivo. (acesso livre, conteúdo em português)
Segundo o estudo, Portugal aposta sobretudo em medidas transversais, que corresponderam a 1,5% do PIB em 2022 e a 0,9% em 2023. O BCE entende que os apoios deveriam ser apenas para as famílias e empresas em situação mais frágil, de forma a garantir que “as políticas orçamentais não aumentam as pressões inflacionistas”.
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