Mediadores preocupados com venda de seguros nos CTT e por Contabilistas
A APROSE ABERTA, reuniões distritais promovidas pela associação dos agentes e corretores, esteve em Setúbal e ouviu críticas aos bancos, correios e contabilistas pela venda de seguros.
Depois de Leiria, a APROSE ABERTA, reunião distrital com mediadores de seguros, sócios ou não, da Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros (APROSE), teve lugar em Setúbal e, neste segundo evento do género, as críticas à venda de seguros por parte dos bancos estenderam-se à preocupação pela comercialização de seguros aos balcões dos correios e por contabilistas, que consideram entidades “sem conhecimento para o poder fazer”, ouviu-se.
A direção da APROSE insistiu na importância de haver um aconselhamento profissional a quem compra seguros, afirmando que “os clientes têm de conhecer as vantagens de uma compra aconselhada, em contraponto com os riscos que existem quando não recorrem a um mediador”. Os profissionais da mediação sublinharam mesmo a necessidade de uma maior supervisão e fiscalização, “de forma a garantir que quem vende seguros tem conhecimentos suficientes para o fazer”.
A direção da APROSE reforçou as críticas e preocupações relacionadas com a atuação da banca na venda de seguros. Mais concretamente, “no poder da banca para condicionar as decisões do Cliente na contratação de seguros, muitas vezes “através de más práticas de mercado, como concorrência desleal, com exigências por parte da banca para o cliente adquirir vários produtos de que poderá não necessitar e mencionou as dificuldades que os balcões dos bancos criam, por exemplo, quando os Clientes querem efetuar uma transferência dos Seguros Vida”.
Segundo a APROSE, os participantes no seminário mostraram-se, igualmente, preocupados com a venda de seguros em balcões dos CTT ou por parte de Contabilistas, já que, também nestes casos, “não haverá conhecimento necessário para a venda destes produtos”.
No final do encontro, o Presidente da APROSE, David Pereira, referiu que “este foi mais um seminário com resultados bastante positivos, já que permitiu um contacto mais direto com os profissionais do setor, de forma a ouvir as suas preocupações diárias e, sem qualquer surpresa para nós, confirmámos que, também em Setúbal, os mediadores manifestaram a total necessidade de haver um aconselhamento profissional, a bem dos interesses dos Clientes, que nem sempre estão cientes das vantagens de recorrer a um mediador”.
David Pereira referiu ainda a importância destas sessões “serem abertas a todos, associados e não associados da APROSE, salientando o contributo que dão nestes seminários, que “é fundamental para o trabalho da Associação”, conclui.
A APROSE ABERTA vai prosseguir com outros encontros, em todos os distritos do país, sendo o próximo em Aveiro, no dia 16 de fevereiro. Segundo a associação, o objetivo é, no final, “reunir num único documento, todos os contributos, preocupações e problemas, registados nas diversas realidades locais e regionais, e incorporá-los no Plano de Ação da Associação, na tentativa de ajudar na sua resolução”.
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