Sindicato da TAP sugere usar indemnização de Alexandra Reis para obras no infantário
SITAVA defende que a companhia deve remodelar a infraestrutura e reabri-la em 2024. SNPVAC sugere que se use o dinheiro que Alexandra Reis vai devolver.
A TAP anunciou na semana passada aos sindicatos o encerramento do infantário da companhia, que funciona 24 horas por dia, e a sua substituição por um acordo com dois colégios. Os sindicatos estão contra o fecho definitivo e defendem obras de requalificação. O SNPVAC sugere que se use o dinheiro da indemnização que Alexandra Reis terá de devolver.
O encerramento do infantário, que fica dentro do chamado reduto TAP junto ao Aeroporto Humberto Delgado, a partir de 1 de agosto, foi comunicada às estruturas sindicais na sexta-feira passada, e foi avançada pela SIC Notícias. A companhia aérea justifica o fecho com a degradação do infantário e a exigência de obras de fundo pela Segurança Social.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) diz que a TAP argumenta ainda que o novo aeroporto de Lisboa irá obrigar a companhia a deixar o atual reduto para ir para perto da futura infraestrutura, daí que não faça sentido fazer obras no atual infantário. Uma posição que contesta num comunicado aos associados: “Mesmo que vá haver um novo aeroporto, estaremos no reduto TAP pelo menos mais dez anos. Portanto, tempo suficiente para amortizar as necessárias obras de requalificação”.
O SITAVA propõe que se aproveitem “as contratações já realizadas de dois infantários a partir de agosto próximo”, para “iniciar nessa altura obras de requalificação”. Os filhos dos trabalhadores regressariam ao infantário remodelado em 2024. “Esta tem que ser a solução e garantimos que, do ponto de vista económico, a TAP também sai a ganhar”, afirma o sindicato.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), também crítica o que diz ser uma “decisão unilateral (mais uma) da Empresa”, “aproveitando a necessidade de obras para apagar de vez a figura do infantário sem qualquer apoio financeiro e excluir de forma definitiva dos diversos Acordos de Empresa”, que estão a ser negociados. E sublinha que no protocolo com os dois infantários externos deixam de estar consagradas as “dormidas e os fim de semana”.
“Sugerimos canalizar os 500.000€ de indemnização da Engª Alexandra Reis para as obras necessárias, tendo em vista o licenciamento do Infantário.
O sindicato que representa os tripulantes também defende a requalificação da estrutura e apresenta uma solução para a custear: “Sugerimos canalizar os 500.000€ de indemnização da Engª Alexandra Reis para as obras necessárias, tendo em vista o licenciamento do Infantário”.
No comunicado aos associados, o SNPVAC diz que solicitou reuniões aos restantes sindicatos do Grupo TAP e espera que a mudança de CEO na companhia traga “outra perspetiva sobre a matéria”.
O SITAVA também aponta à nova liderança: “Essa ideia peregrina de pagar serviços no exterior e rendas de instalações teve a sua época, mas felizmente já se acabou”, termina o comunicado, que tem como título “Na nova realidade a TAP tem de parar a destruição”.
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