Paula Amorim doa remuneração como presidente da Galp

Paula Amorim doou a respetiva remuneração à Fundação Galp. Em paralelo, o administrador das operações recebeu uma remuneração superior à do ex-CFO, Filipe Silva, promovido este ano a CEO.

O total das remunerações dos administradores não executivos da Galp em 2022 foi de 952.805 euros, sendo a remuneração mais elevada devida a Miguel Athayde Marques, de 102.000 euros, e a mais baixa… zero. A presidente do conselho administrativo, Paula Amorim, doou o montante total da sua remuneração à Fundação Galp.

Já no Conselho de administração executivo, Thore Kristiansen, o administrador executivo da Galp que é responsável pelas operações, recebeu um total de 930.557 euros no ano de 2022, acima dos 682.500 euros que couberam ao atual CEO, Filipe Silva, o qual detinha o cargo de CFO (responsável financeiro) até ao final desse mesmo ano, e assumiu em 2023 o lugar de CEO, após a saída de Andy Brown.

Tanto a remuneração fixa como a remuneração variável anual recebidas por Filipe Silva são mais limitadas que as de Kristiansen. Recebe, respetivamente, 420.000 e 157.500 euros, enquanto o colega aufere 490.000 e 183.750 euros.

Os acionistas da Galp elegem, em assembleia-geral, os membros do Conselho de Administração para o período entre 2023 e 2026, no próximo dia 3 de maio, de acordo com outro comunicado enviado ao mercado. Entre os nomes indicados, além da presidente Paula Amorim e de Filipe Silva, atual presidente executivo da Galp, consta o nome de Maria João Carioca, que renunciou na semana passada ao cargo de administradora financeira da CGD.

A Galp divulgou ainda que os ex-administradores Carlos Costa Pina, Sofia Tenreiro e Susana Quintana-Plaza receberam, no seu conjunto, 1,8 milhões de euros na rubrica “outros”, que no caso destes três administradores inclui compensações relativas ao exercício de 2022.

Carlos Costa Pina recebeu 867.367 de euros depois de ter renunciado ao respetivo cargo na administração executiva da Galp, após dez anos no conselho da petrolífera. A saída aconteceu menos de um mês depois de o Ministério Público ter acusado o ex-secretário de Estado, do Governo de José Sócrates, de crimes de participação económica em negócios, no caso das Parcerias Público-Privadas (PPP) rodoviárias.

Sofia Tenreiro, que assumiu em julho passado o cargo de partner na Deloitte, depois de cerca de quatro anos na administração da Galp, teve direito a 450.000 euros neste âmbito.

Susana Quintana-Plaza, que era a responsável pela operação na administração executiva da Galp, teve direito a uma compensação de 487.862 de euros. Já Carlos Silva, cuja saída da administração foi anunciada ao mesmo tempo da das colegas Tenreiro e Quintana-Plaza, não regista qualquer compensação.

(Notícia atualizada com a correção de que os montantes constantes da rubrica “Outros”, referentes a três ex-administradores, podem não incluir apenas compensações)

 

 

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