Mediadores pressionam deputados sobre venda de seguros pelos bancos
A associação de corretores e agentes contesta os lucros da banca em seguros de Vida e Multirriscos associados ao Crédito à Habitação. Vai propor soluções aos grupos parlamentares. Começam pelo PS.
Após a inesperada entrega de um estudo a João Nuno Mendes, secretário de Estado das Finanças e a Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, quando do seu recente congresso, a direção da APROSE, associação representativa dos corretores e agentes de seguros em Portugal, vai começar a ser recebida pelos grupos parlamentares para apresentar esse mesmo estudo que contesta a ação da banca quanto a preços e forma de vender seguros Vida e Multiriscos associados ao Crédito à Habitação.
O primeiro encontro promovido pelos diretores David Pereira e Nuno Catarino está previsto para esta quarta feira, dia 14 de junho, com Miguel Cabrita, coordenador do Grupo Parlamentar do PS na Comissão de Orçamento e Finanças. A direção da APROSE pretende apresentar um estudo que realizou sobre lucros excessivos da banca na subscrição de seguros de Vida e Multirriscos associados ao Crédito à Habitação, bem como “propostas de abordagem para apoiar as famílias portuguesas num momento em que se deparam com enorme pressão sobre os créditos à habitação própria permanente”, afirma a associação.
“Num momento em que cada vez mais se sente o aumento das taxas de juro e dos custos do crédito à habitação, assinalamos que os bancos continuam a vender contratos de financiamento com supostos descontos no spread caso o cliente contrate outros serviços” refere a APROSE aludindo a cartão de crédito, domiciliação do ordenado e a apólices de seguros de vida e multirriscos.
Para a associação, o estudo demonstra que “os bancos estão a colocar margens excessivas nesses produtos, acima do valor que as próprias seguradoras praticam no mercado concorrencial em que estão habituadas a atuar”.
A este propósito a APROSE afirma que vai apresentar casos concretos. “Para uma família com dois co-proprietários que tenham financiado um imóvel no valor de 241.500 euros, durante 30 anos, a poupança anual com a contratação do seguro fora do “pacote bancário” seria de 543,01 euros.
Dos casos analisados pela APROSE, associação conclui estar “a falar de poupanças entre 15 e 30 mil euros ao longo da vida dos contratos, em empréstimos de jovens e da classe média portuguesa”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Mediadores pressionam deputados sobre venda de seguros pelos bancos
{{ noCommentsLabel }}