Aprovado plano de quase mil milhões de euros para eficiência hídrica no Alentejo

Do plano constam cerca de 70 medidas de curto e médio prazo, 56% das quais dirigem-se ao setor agrícola.

O Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de ministros, seguindo agora para discussão pública. Esta resposta à escassez de água está orçamentada em 993 milhões de euros, indicou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

“Aprovámos para discussão pública o Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo”, que abrange as regiões hidrográficas do Sado, Mira e Guadiana, anunciou o governante, salientando que envolve um conjunto de medidas “que permitam, no médio a longo prazo, a resiliência e a adaptação do território”.

Do plano constam cerca de 70 medidas de curto e médio prazo. Mais de metade dirige-se ao setor agrícola, que fica com 80% do total de verbas. Já 11% das medidas incidem sobre os setores da indústria e do turismo, devendo ambos reduzir o consumo em 10% na sequência do plano. 30% do total das medidas são de eficiência energética e 45% de adaptação.

O ministro destacou a criação de uma ligação entre a barragem do Alqueva e Monte da Rocha, que são, respetivamente, uma das barragens com maior disponibilidade hídrica e uma das mais secas. Está a decorrer neste momento o processo de adjudicação do projeto, indicou ainda.

Duarte Cordeiro fez também referência a dois projetos de “grandes dimensões” na barragem de Santa Clara. Um deles, avaliado em 30 milhões de euros, para a diminuição de perdas de água na agricultura; o outro, de 36 milhões de euros, para abastecimento público dedicado.

Por fim, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião descentralizada do conselho de ministros, em Évora, Duarte Cordeiro voltou a referir o estudo que está a ser desenvolvido para a construção de duas dessalinizadoras: uma na zona do Mira e outra em Sines.

Este é o segundo plano de eficiência hídrica a ser desenvolvido, a seguir ao do Algarve. Além destas duas zonas, Trás-os-Montes, Tejo, Ribeiras do Oeste e a zona Centro foram identificadas no ano passado como outras zonas de maior stress hídrico. Cada uma destas regiões deverá ter, no futuro, o seu próprio plano de eficiência hídrica.

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