Líder do Senado dos EUA ‘congela’ perante jornalistas. Médico afasta AVC ou convulsões

  • Lusa
  • 5 Setembro 2023

Na semana passada, durante uma conferência de imprensa, o líder republicano, de 81 anos, ficou paralisado, não conseguindo responder a uma pergunta. Foi o segundo episódio num mês.

Os problemas de saúde do líder republicano no Senado, Mitch McConnell, não revelam “qualquer indício” de AVC ou convulsões, afirmou o médico do Capitólio numa carta divulgada esta terça-feira após uma avaliação médica e consulta com neurologistas.

O gabinete de McConnell divulgou a carta do médico assistente Brian P. Monahan, num momento em que o Senado regressa de umas férias de verão prolongadas e com dúvidas sobre o estado de saúde do líder republicano, há muito em funções. Na semana passada, durante uma conferência de imprensa no Kentucky, o líder republicano, de 81 anos, ficou paralisado, não conseguindo responder a uma pergunta, o que constituiu o segundo episódio do género no espaço de um mês.

Não há provas de que tenha sofrido uma perturbação convulsiva ou um acidente vascular cerebral, um acidente vascular cerebral transitório ou uma perturbação do movimento, como a doença de Parkinson”, escreveu Monahan. O médico disse que os exames implicaram várias avaliações médicas, incluindo uma ressonância magnética do cérebro e “consultas com vários neurologistas para uma avaliação neurológica abrangente”.

As avaliações surgem depois de McConnell ter caído e sofrido uma concussão no início deste ano. “Não há mudanças recomendadas nos protocolos de tratamento enquanto continua a recuperação da queda”, disse o médico. O clínico autorizou McConnell a prosseguir com a sua agenda prevista e o senador começou a trabalhar hoje no seu escritório do Capitólio.

Os episódios alimentaram uma preocupação silenciosa entre os senadores republicanos e uma intensa especulação em Washington sobre a capacidade de McConnell de permanecer como líder. É esperado que McConnell se dirija ao Senado no reinício dos trabalhos de outono, num momento em que os senadores estão a discutir a necessidade de aprovar fundos para evitar qualquer interrupção das operações federais até 30 de setembro, que é o fim do ano fiscal.

Alguns republicanos da Câmara dos Representantes estão dispostos a bloquear os fundos no final do mês se não conseguirem decretar restrições rigorosas às despesas pelas quais estão a lutar e que vão além do acordo que Biden alcançou com o presidente da Câmara dos Representantes republicanos, Kevin McCarthy, no início do verão.

Ao liderar os republicanos no Senado, McConnell é visto pela Casa Branca e pelos democratas como um mediador potencialmente mais pragmático, mais interessado em evitar uma paralisação do governo que poderia ser politicamente prejudicial para o Partido Republicano.

McConnell também deu prioridade ao apoio dos EUA à Ucrânia na sua luta contra a Rússia. A Casa Branca está a propor um pacote de financiamento de 40 mil milhões de dólares para a Ucrânia, mas esta verba está a ser recebida com ceticismo por alguns republicanos relutantes em ajudar no esforço de guerra. Eleito pela primeira vez em 1984, McConnell tornou-se em janeiro no líder do partido no Senado há mais tempo em funções.

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