Administração do Banco de Fomento quer “refundar” a instituição
O BPF “está a desencadear um reforço de quadros”, sendo que “as vagas publicitadas estão a ter uma grande recetividade junto do mercado e a registar muitas candidaturas", garante ao ECO fonte oficial.
A administração do Banco de Fomento quer refundar a instituição, alterar expressivamente a sua organização e aumentar a sua eficiência e capacitação.
O Plano de Atividades e Orçamento 2023-25, aprovado na assembleia geral de final de julho, foi o ponto de partida para esta reformulação à luz da qual está a ser levada a cabo um amplo reforço de quadros.
“O Plano de Atividades e Orçamento 2023-25, aprovado em Assembleia Geral de final de julho de 2023, prevê alterações expressivas na organização, alavancadas em digitalização, eficiência e capacitação, e visa refundar o BPF”, explicou ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Celeste Hagatong e Ana Carvalho.
O objetivo é “transformar gradualmente” o BPF “num forte banco promocional, reconhecido pelo seu impacto, qualidade e tempestividade de serviço”, acrescenta a mesma fonte ao ECO.
O Plano de Atividades e Orçamento 2023-25, aprovado em Assembleia Geral de final de julho de 2023, prevê alterações expressivas na organização, alavancadas em digitalização, eficiência e capacitação, e visa refundar o BPF.
Recorde-se que o ministro da Economia, António Costa Silva, afastou Beatriz Freitas da presidência executiva do banco, por não estar satisfeito com o desempenho do Banco de Fomento. “Não estou contente com o desempenho do Banco de Fomento, temos de melhorar”, disse o ministro, durante o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023.
Mas “temos de ser justos, reconhecer o que está a funcionar e tentar melhorar o que não está a funcionar”, frisou, acrescentando que o “Banco de Fomento foi criado no meio de uma pandemia” e, “nessas situações muito difíceis, operacionalizou uma linha de nove mil milhões de euros de garantias que ajudou muitas empresas nos tempos mais difíceis”.
O problema é que no mercado, apesar da total remodelação da administração, continua a existir a sensação de que a instituição é ineficiente, demorada na apresentação e implementação de soluções para o mercado e pouco comunicativa.
Ciente das críticas, a administração aprovou este plano de atividades que visa responder às promessas feitas pela chairwoman antes mesmo de tomar, em novembro do ano passado: “Da parte do Banco de Fomento vamos rever, de certeza, todos os processos internos de forma a que as coisas sejam tão rápidas quanto possível”, disse Celeste Hagatong no Congresso da Associação de Hotelaria de Portugal, em Fátima.
O Plano de Atividades e Orçamento 2023-25 (…) visa refundar o BPF para, gradualmente, o transformar num forte Banco Promocional, reconhecido pelo seu impacto, qualidade e tempestividade de serviço.
Para se tornar num banco promocional forte, reconhecido pela qualidade e tempestividade de serviço, a instituição “está a desencadear um reforço de quadros”. Sendo que “as vagas publicitadas estão a ter uma grande recetividade junto do mercado e a registar muitas candidaturas”, garante ao ECO fonte oficial do banco. O ECO pediu mais detalhes sobre este plano, mas não os obteve.
Este reforço dos quadros prende-se também com a necessidade de substituir os colaboradores de diferentes níveis hierárquicos e de diferentes áreas da que continuam a sair. Tal como o ECO avançou, no final de agosto, o diretor de dívida, capital e desenvolvimento de negócio, tido como um dos mais importantes da instituição, apresentou a demissão, levando consigo a sua número dois, e há mais saídas na calha.
Fonte oficial do BPF esclareceu, posteriormente, que “a direção de capital e a direção de dívida, já anteriormente geridas por diretoras experientes, estão a reportar diretamente ao administrador com o pelouro comercial”.
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