CUF compra grupo de Penafiel com um hospital e seis clínicas

Criado há quatro décadas e com 300 trabalhadores, a Arrifana de Sousa está presente em Penafiel, Lousada, Marco de Canaveses, Paredes, Alpendurada e Vila Meã. CUF passa a somar 31 unidades no país.

Vai passar para as mãos da CUF o Grupo Clínica Médica Arrifana de Sousa, que engloba um hospital com dois blocos operatórios e ainda seis clínicas nas localidades de Penafiel, Lousada, Marco de Canaveses, Paredes, Alpendurada e Vila Meã, empregando um total de 300 pessoas. O negócio, que ainda aguarda luz verde da Autoridade da Concorrência, reforça a presença no Norte do país por parte da empresa liderada por Rui Diniz desde janeiro de 2021.

Rui Diniz, presidente da Comissão Executiva da CUF

Já foi assinado o contrato de compra e venda com os anteriores acionistas, que iniciaram atividade neste setor em 1982 com um pequeno espaço de prestação de cuidados de saúde de medicina geral e familiar e de enfermagem em Penafiel. Este movimento representa a chegada da CUF à região do Tâmega e Sousa, onde residem mais de meio milhão de pessoas, pouco mais de um mês após ser autorizada a compra das clínicas AtlantiCare.

Sem revelar o valor do investimento, a CUF indica em comunicado que esta compra assenta numa “estratégia de expansão e consolidação que se mantém firme na intenção de continuar a chegar a cada vez mais territórios e pontos do país, consolidando a sua rede integrada de cuidados de saúde a nível nacional, de modo a responder às necessidades da população”.

“A CUF dará continuidade a esta história de sucesso, contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico de uma região que, por si só, é já muito dinâmica e dispõe de recursos humanos muito qualificados. Para tal, contribuirá a qualidade do trabalho desenvolvido até aqui pela atual equipa da Clínica Médica Arrifana de Sousa, com a qual [esperamos] continuar a contar no futuro”, acrescenta o grupo, que passa a ter 31 unidades no país.

Reclamando a liderança nacional na “prestação privada de cuidados de saúde de qualidade”, com mais de 14 mil funcionários, a rede da CUF era até agora composta por 24 hospitais e clínicas em 15 municípios: Lisboa, Porto, Almada, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra, Torres Vedras, Santarém, Leiria, Coimbra, Viseu, S. João da Madeira, Matosinhos, Montijo e Lagoa, nos Açores.

Para 18 de setembro está agendada a apresentação formal do Hospital CUF Açores, outra aquisição recente, numa cerimónia que vai contar com a presença do presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, da presidente da Câmara Municipal da Lagoa, Cristina Calisto, do presidente do Conselho de Administração da CUF, Salvador de Mello, e do presidente da Comissão Executiva da CUF, Rui Diniz.

Em maio, a Câmara da Covilhã anunciou a aprovação pela autarquia de um pedido de informação prévia (PIP) para a edificação de uma nova unidade de saúde para acolher um hospital da rede CUF, num investimento avaliado em 40 milhões de euros. Segundo o município, “o projeto nasceu no âmbito de uma parceria entre a Forumlar, proprietária do futuro edifício, a Edivisa, do Grupo Visabeira, responsável pela construção do hospital”.

De acordo com os números oficiais, a CUF realizou no ano passado mais de 2,5 milhões de consultas, 45 mil teleconsultas, cerca de um milhão de exames de imagiologia, 402 mil urgências, 58 mil cirurgias, perto de 4 mil partos, 44 mil sessões de radioterapia e ainda mais de 14 mil sessões de quimioterapia.

No primeiro semestre deste ano, o grupo CUF registou lucros de 25,4 milhões de euros, mais 63,7% do que no mesmo período do ano anterior. A melhoria dos resultados consolidados foram explicados à CMVM com o “crescimento generalizado da atividade assistencial, que permitiu incrementar os proveitos operacionais e diluir os custos fixos”, e a “gestão rigorosa dos custos operacionais, nomeadamente ao nível dos fornecimentos e serviços externos e das áreas centrais”.

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