Os concelhos que mais e menos casas construíram desde 2017

A região do interior concentra a maioria dos 51 concelhos que registaram uma contração do seu parque habitacional. No canto oposto estão grandes cidades como Porto, Aveiro e Seixal.

A oferta de casas no mercado é um dilema há muito identificado por promotores e especialistas no mercado de habitação. Os números dão força a esse argumento. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, entre 2018 e 2022 venderam-se 10 casas por cada uma que se construi.

A mesma conclusão se retira dos dados da Autoridade Tributária, que apontam para um crescimento médio do parque habitacional em Portugal de apenas 0,29% por ano entre 2017 e 2022. É muito pouco, desde logo considerando que neste período a população residente em Portugal com mais de 15 anos de idade cresceu a um ritmo médio de 0,41%, segundo dados do INE.

A falta de casas é particularmente sentida nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde tanto os preços dos imóveis como as rendas dispararam nos últimos anos. No entanto, é nos municípios do interior que se sente mais a quebra do parque habitacional.

De acordo com cálculos do ECO com base em dados da Autoridade Tributária, são 51 os concelhos (maioritariamente localizados no interior do país) que nos últimos seis anos observaram uma contração do seu parque habitacional, por conta de um volume de construção de casas novas e de reabilitação num grau bem inferior ao número de casas demolidas.

Os municípios de Trancoso e de Aguiar da Beira, ambos no distrito da Guarda, são os casos mais evidentes desta realidade, ao apresentarem uma contração de 1,27% e 1,23% do seu parque habitacional entre 2017 e 2022. Em números absolutos, estas perdas traduziram-se no “desaparecimento” de 589 casas em Trancoso e de 349 habitações em Aguiar da Beira.

No canto oposto estão os municípios de Vizela, no distrito de Braga, e do Porto, que nos últimos seis anos tiveram um crescimento médio do seu parque habitacional de 1,21% e 1,1% por ano, respetivamente. Trata-se de um aumento de 4,2 vezes e 3,8 vezes acima da média nacional.

Conheça em detalhe a evolução do parque habitacional de todos os concelhos de Portugal continental neste mapa que o ECO preparou para si:

Nota: Se está a aceder através das apps do ECO, carregue aqui para aceder ao mapa interativo.

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