Exclusivo Conheça o programa (provisório) de Portugal para a COP28

Num ano em que, pela primeira vez, Portugal marca presença na COP com um pavilhão em nome próprio, conheça alguns dos nomes que fazem parte da programação.

A EDP, Iberdrola e Fidelidade são algumas das empresas que vão estar representadas no Pavilhão de Portugal, na 28.ª Conferência das Partes (COP28), de acordo com o documento, ainda provisório, a que o ECO/Capital Verde teve acesso. Além de empresas, contam-se também fundações ou organizações sem fins lucrativos. Uma personalidade de peso, Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), poderá também visitar este pavilhão para apresentar um estudo.

No dia 1 de dezembro, um dia após do início da COP, está agendada pelas 15 horas locais a cerimónia de abertura do pavilhão. Mas o programa deste dia e do seguinte vêm acompanhados de uma nota de que estão ainda sujeitos a confirmação – pode haver alterações.

No entanto, nesta versão provisória do programa, lê-se que o The Green Climate Fund (GCF) fará parte desta cerimónia de abertura. Este fundo apresenta-se como “o maior fundo para o clima a nível global”, com a missão de apoiar os países em desenvolvimento a concretizar as respetivas ambições de descarbonização. Criado no âmbito das Nações Unidas, conta com a portuguesa Mafalda Duarte na liderança.

No dia 2 de dezembro, uma presença de peso poderá falar a partir do pavilhão português: Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), deverá apresentar o estudo “Financiar a Energia Limpa em África”, publicado em setembro. Neste estudo, Portugal é mencionado a propósito de estar a considerar converter a dívida contraída por Cabo Verde, 140 milhões de euros, em investimento ambiental no país, e também num fundo para o clima. No mesmo dia, está no programa o evento “Conversão da dívida de Cabo Verde”, onde poderá ser explorado este tema.

A partir daí, as manhãs serão preenchidas sobretudo com painéis, e as tardes com iniciativas. Do mundo empresarial, a seguradora Fidelidade leva o tema “Do eu ao nós: a Transição Colaborativa”, a EY Portugal vai falar sobre “Gerir os desafios do Clima e da Biodiversidade” e a Associação Portuguesa para as Energias Renováveis (APREN) apresenta “O Papel do Hidrogénio Verde na Transição Energética”.

Já no que diz respeito a iniciativas e exibições, algumas das empresas protagonistas serão a Iberdrola, que apresenta a Bateria do Tamega (o sistema de bombagem que permite reutilizar a água para produzir energia na sua barragem), a EDP vai partilhar o projeto Solar Flutuante do Alqueva e a tecnologia de energia eólica offshore flutuante, e a Águas de Portugal também terá palco, mas as iniciativas ainda não estão identificadas. A PRF, que se move na área do hidrogénio verde, apresenta os seus projetos e a consultora Get2C vai debruçar-se sobre “Como acelerar a neutralidade carbónica”.

No programa também consta a sigla EDM, responsável pelo painel “Matérias primas críticas”, pelo “Projeto das 100 aldeias com CER [Comunidades de Energia Renovável]” e ainda por uma outra iniciativa por nomear. No entanto, o ECO/Capital Verde não conseguiu confirmar, até ao fecho desde texto, se a sigla diz respeito à empresa EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro.

No que diz respeito ao tema da mobilidade, vão participar o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), a rede de carregamento de veículos elétricos Mobi.e, a Associação Interacional de Transportes Públicos (UITP) e o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento.

Há espaço ainda para o Fundo LAND – Life And Nature Development, que é um instrumento financeiro que tem a ambição de ser o projeto de referência em Portugal em matéria de regeneração da floresta autóctone e dos ecossistemas e que recentemente assinou um protocolo com o Governo português nesse sentido.

Mas também cabem fundações, como a Calouste Gulbenkian e a Oceano Azul no programa, assim como organizações sem fins lucrativos como a Zero, a Business as Nature ou a ANP/WWF (Associação Natureza Portugal/World Wildlife Fund).

Contudo, sendo o programa a que o Capital Verde teve acesso um programa provisório, apesar de datar deste mês, pode entretanto sofrer alterações.

Um pavilhão para partilhar exemplos

Esta é a primeira vez que Portugal vai ter um pavilhão em representação do país numa COP, tal como foi noticiado pela Lusa no final do ano passado. Segundo a agência, este tipo de presença terá sido decidido pelo próprio ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro. O objetivo, escrevia a agência na altura, seria “dar visibilidade a políticas ambientais maduras”.

Neste sentido, o pavilhão de Portugal “será um espaço de partilha de experiências e resultados nacionais na área da transição energética, da mobilidade e da biodiversidade”, explicava fonte do ministério.

Até ao momento, Portugal participava no âmbito da representação da União Europeia, e era esse o pavilhão que usava para reuniões de trabalho.

 

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