Mercer diz que gastos com saúde aumentaram para as empresas
O estudo revela que a maioria das empresas acredita que a acessibilidade e qualidade dos serviços públicos de saúde deteriorou-se, contrastando com os serviços privados que apresentaram melhorias.
Os gastos em saúde pelas empresas aumentaram face ao período pré-pandemia, passando de uma taxa global de 9,7% em 2028 e 2029 para uma de 10,1% em 2021 e 2022. A maioria das empresas (86%) apontam para a inflação como tendo um papel significativo ou muito significativo nesta evolução. Estes são os dados revelados pelo relatório MMB Health Trends 2024, conduzido pela Mercer Marsh Benefits.
O estudo inquiriu 223 seguradoras de 58 países com o objetivo de identificar futuras tendências dos cuidados de saúde assegurados pelas empresas aos seus colaboradores.
Daí se verificou que a maioria das empresas (73%) consideram que a acessibilidade ao setor de saúde público deteriorou, face ao período pré-pandémico e ainda 48% dos inquiridos consideram que também piorou na qualidade. Por outro lado, 28% das empresas consideram que o serviço de saúde privado melhorou a acessibilidade e 40% acredita que a qualidade do mesmo melhorou.
Importa salientar que o cancro é o principal risco a nível mundial e a saúde mental ocupa a 4.ª posição.
Mais de metade das seguradoras (57%) acreditam que os empregadores darão prioridade às melhorias nos planos de saúde para atrair, reter e envolver os colaboradores em detrimento da retenção dos custos.
Já o estudo “Health on Demand 2023” da Mercer revelou a lacuna existente entre as expectativas dos clientes e os serviços prestados pelas seguradoras. Por exemplo, 44% dos colaboradores consideram úteis serviços direcionados para crianças, adolescentes e pais, para apoiar a saúde mental dos jovens, a socialização e questões de aprendizagem, mas apenas 35% das seguradoras oferecem essa cobertura.
Também existem lacunas quanto à oferta de serviços de saúde para mulheres, verificando que 64% das seguradoras na Ásia não oferecem acesso e cobertura contracetiva e quase um quarto (24%) das seguradoras em todo o mundo não oferece cuidados pós-parto.
Para Miguel Ros Galego, Business Leader da Mercer Marsh Benefits Portugal, “as tendências apresentadas neste relatório são valiosas para as empresas que estão a desenhar planos de saúde e de benefícios para satisfazer as necessidades dos seus colaboradores. As práticas das seguradoras, a linguagem das apólices, a flexibilidade, a vontade de inovar e o acesso a grandes conjuntos de dados sobre sinistros conferem-lhes um papel fundamental na definição do futuro dos benefícios dos colaboradores. Mas as empresas devem também moldar os benefícios para satisfazer as necessidades da sua própria força de trabalho, bem como antecipar, conter e mitigar os riscos”.
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